Todo o mundo conhece Yuri Alexeievich Gagarin da ex-União Soviética, cosmonauta que viajou ao Cosmos pela primeira vez na História humana. O Cosmos que era considerado para a humanidade como um mundo desconhecido e misterioso, acolheu como seu primeiro visitante Gagarin que estava na astronave “Vostok” no dia 12 de abril de 1961. Desde então se passou muito tempo e hoje a Ciência cósmica do mundo conquistou um desenvolvimento vertiginoso.
O camarada Lucas Rubio, Presidente do Centro de Estudos da Política Songun do Brasil, realizou no último dia 27 de março uma transmissão ao vivo no canal do YouTube do CEPS-BR falando sobre a situação do Coronavírus na Coreia Popular e explicando quais as ações do governo evitaram a entrada da Covid-19 no país.
Muito se diz pelas mídias sociais e de informação, além de discussões, que a República Popular Democrática da Coreia (RPDC) é uma ditadura. Essa afirmação é utilizada geralmente para invalidar o país em sua soberania e legitimidade, comparando o seu regime inclusive com o de passados governos fascistas, como os de Mussolini e Pinochet, por exemplo.
Em 17 de março de 1949, em Moscou, durante a primeira visita oficial do Presidente do jovem Estado coreano Kim Il Sung, foi assinado o Acordo de Cooperação Econômica e Cultural entre a URSS e a RPDC.
Assim, pela primeira vez na longa história da Coreia, era concluída a assinatura de um documento com uma potência estrangeira com base nos princípios de igualdade, respeito mútuo e benefício mútuo.
Como um Estado socialista, a República Popular Democrática da Coreia, a “Coreia do Norte” que conhecemos, possui um código penal que pune severamente crimes sexuais (como estupro e pedofilia) com a morte do criminoso ou trabalhos forçados.
Além disso, a construção social do socialismo coreano, por meio da cultura e do trabalho, combate o sexismo e ambienta o cidadão para conviver em harmonia na sociedade popular, respeitando o próximo como membro de sua própria família.
A seguir, alguns artigos do Código Penal da Coreia do Norte que tratam de crimes sexuais:
Artigo 261º (Prostituição)
Uma pessoa que tenha praticado várias vezes a prostituição será punida com pena de trabalho de 5 anos. No caso de agenciador de prostituição a pena será de pena de morte.
Artigo 293º (Estupro)
Um homem que viola uma mulher usando violência ou ameaças ou tirando proveito dela será punido com pena de morte.
Artigo 294º (Forçando as mulheres subordinadas a ter relações sexuais)
Um homem que obriga uma mulher subordinada a ter relações sexuais com ele deve ser punido com pena de morte.
Artigo 295º (Interações sexuais com menores)
Uma pessoa que tenha relações sexuais com um menor com idade inferior a quinze anos será punida com pena de morte.
A República Popular Democrática da Coreia é um legítimo Estado socialista que não tolera a violação das trabalhadoras e das crianças sob nenhuma hipótese, diferente da sociedade capitalista onde crimes como esses, infelizmente, ocorrem todos os dias!
Ficou curioso para ler todo o código penal da Coreia do Norte? O CEPS-BR já publicou esse documento e você pode ler clicando aqui.
_________________ Lucas Rubio Presidente do Centro de Estudos da Política Songun – Brasil
Embora muitas pessoas achem que a religião na Coreia do Norte, especialmente o Cristianismo, seja proibida ou seguidores de alguma fé sejam perseguidos, aprisionados ou executados, a verdade é que a liberdade de prática de fé é totalmente legal e garantida constitucionalmente.
O artigo 68 do capítulo 5 da Constituição da República Popular Democrática da Coreia assegura:
“O cidadão tem liberdade de crença religiosa. Esse direito é garantido com a permissão de construir edifícios e celebrar cerimônias com fins religiosos. (…)”
O mesmo artigo, em seguida, porém, adverte algo importante:
“(…) Não se pode aproveitar a religião para introduzir forças estrangeiras ou perturbar a ordem estatal e social.”
Dessa forma, não se permite de forma alguma que a religião seja usada como meio de exploração monetária das pessoas nem como instrumento de intervenção estrangeira nos assuntos internos do país sobre os quais somente o próprio povo coreano tem autoridade para decidir.
Além disso, o artigo 66, no mesmo capítulo, ainda ressalta:
“Todo cidadão maior de 17 anos tem direito de eleger e ser eleito, sem distinção de sexo, nacionalidade, profissão, prazo de residência, propriedade, instrução, filiação partidária, ponto de vista político e CRENÇA RELIGIOSA. (…)”
As imagens desse artigo trazem algumas fotografias de igrejas cristãs na Coreia do Norte.
Algumas retratam uma missa em andamento na Catedral Changchung, no bairro de Songyo-guyok, nos arredores da cidade de Pyongyang. Essa igreja católica, originalmente, foi construída no século XIX, porém foi totalmente destruída por um bombardeio americano durante a Guerra da Coreia (Guerra de Libertação da Pátria) em 1950. Em 1988 ela foi reconstruída com doações dos fiéis copiando o estilo original. Hoje ela é a sede da Diocese de Pyongyang, que foi estabelecida em 1962.
A fachada da Catedral Católica de Changchung, na Coreia do Norte.
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Representantes da Catedral de Jangchung da Coreia do Norte se encontram pessoalmente com o Papa João Paulo II no Vaticano, década de 1980.
Em algumas fotos, pode-se ver também a Catedral Católica Ortodoxa da Santíssima Trindade, administrada pela comunidade da igreja ortodoxa na Coreia. Ela começou a ser construída em 2003 e em 2006 foi aberta ao público. Ela está localizada no bairro Jongbaek-dong, distrito de Rangrang.
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Também está retratada a Igreja Pongsu, igreja cristã protestante, erigida em 1988 e realocada em uma nova construção, maior e com capacidade para 1.200 pessoas, em 2008.
A igreja protestante Bongsu.
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Outra igreja presente nas imagens é a igreja evangélica Chilgol, fundada em 1899 e também destruída durante a guerra, em 1950, sendo reconstruída na década de 1980.
Fachada da igreja protestante Chilgol.
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Outro grande mito sobre o cristianismo na Coreia do Norte é que pessoas que são pegas portando bíblias são fuziladas ou enviadas para a prisão. Essa é outra mentira. Bíblias não são livros proibidos na Coreia do Norte e são impressas com normalidade no país, sendo distribuídas nas igrejas para a realização dos serviços religiosos. No nosso post temos fotos de algumas delas.
Um exemplar de uma Bíblia Sagrada impressa na República Popular Democrática da Coreia, a Coreia do Norte. Diferente da ideia que temos, bíblias não são proibidas na Coreia do Norte e qualquer um pode circular livremente com elas.
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A maioria do povo norte-coreano, entretanto, não professa nenhuma fé e os que possuem religião, em sua maioria, são chondoístas, budistas ou adeptos de filosofias e religiões milenares tradicionais da Coreia e Ásia. A Coreia é uma nação milenar com mais de 5.000 anos de História e sua civilização foi construída com alicerces totalmente diferentes do Ocidente e não gostar do fato de que não há em cada esquina coreana uma igreja cristã é etnocentrismo e não faz qualquer sentido.
Logo, o número de cristãos é um pouco baixo, o que não significa, claro, que não existam.
Vale citar que muitas das vezes uma das raras oportunidades de norte e sul-coreanos se verem por um período extenso são durante as visitas de chefes religiosos cristãos da Coreia do Sul à igrejas norte-coreanas. Muitas caravanas de fiéis sul-coreanos também visitam a Coreia do Norte para rever antigos familiares (que ficaram divididos no outro Estado após a partilha da Coreia). Essas pessoas advogam pela causa da Reunificação da Coreia e são muito criticadas na Coreia do Sul, que não costuma tolerar com boas vistas relações, sejas elas quais forem, com os norte-coreanos.
O reverendo Franklin Graham dos Estados Unidos durante uma missão evangélica na Coreia do Norte.Oficial do Conselho Mundial de Igrejas durante uma visita à RPDC. Na primeira foto, ele se encontra com Kim Yong Nam, na época o chefe-de-Estado da Coreia do Norte e membro do Presidium da Assembleia Popular Suprema. Abaixo, o oficial oferece um serviço religioso.
Portanto, as notícias, muitas vezes absurdas – e que chegam a relatar execuções públicas com rolos compressores -, não passam de falsificações, boatos, fake news e ações de mau gosto que buscam distorcer a imagem da Coreia do Norte como um ‘inferno na Terra’.
VÍDEOS
A seguir, a indicação de alguns vídeos sobre o tema:
1. Vídeo de um turista que visitou a igreja católica e a filmou por dentro na Páscoa de 1988, ano de reinauguração do templo:
2. Culto evangélico completo realizado na Igreja Chilgol, Coreia do Norte:
3. Entrevista do autor, Presidente do Centro de Estudos da Política Songun do Brasil, explica sobre a questão religiosa na Coreia do Norte:
4. Entrevista que um fotógrafo estrangeiro fez com um dos responsáveis da catedral católica de Pyongyang:
5. Vídeo de uma equipe de TV sul-coreana que visitou a igreja em 2002 e gravou um pequeno documentário com muitas imagens da missa:
No dia 24 de setembro de 2018, o Rodong Sinmun, o jornal central do Partido do Trabalho da Coreia, publicou um artigo intitulado «Conheçamos primeiro a RPDC para conhecer o mundo!».
Parte do artigo fala sobre Lucas Rubio e Lenan Cunha, os brasileiros, um deles do Centro de Estudos da Política Songun do Brasil, que estiveram na Coreia Popular em setembro de 2018 para as comemorações pelos 70 anos de fundação da República Popular Democrática da Coreia.
Lucas Rubio lembra:
“Enquanto nós do CEPS-BR estávamos nos fotografando com a bandeira do Brasil na frente do Monumento ao Partido do Trabalho da Coreia, em 12 de setembro de 2018, uma jornalista nos abordou perguntando se seria possível fazer uma entrevista conosco, o que, é claro, nós aceitamos. Ela nos fez várias perguntas, principalmente sobre a razão pela qual nós havíamos ido para a RPDC e nossas opiniões sobre o país, o que estávamos achando da experiência. Ela era bem atenciosa às nossas palavras e gostou tanto do que falamos que resolveu colocar como título da matéria uma frase dita pelo camarada Lenan Cunha. Quando voltamos ao Brasil, em fins de setembro, pudemos ler o artigo que saiu no mais prestigiado jornal da Coreia do Norte e que permanece até hoje, praticamente um ano depois de publicado, na capa do site deles na internet.”
A seguir, publicamos o artigo que foi traduzido direto do coreano pelo blog A Voz do Povo de 1945:
«Conheçamos primeiro a RPDC para conhecer o mundo!»
História de amigos de vários países que participam das festividades por ocasião da celebração do 70º aniversário de fundação da República.
Rodong Sinmun, Pyongyang, 29 de setembro de Juche 107 (2018)
Por ocasião do 70º aniversário de fundação da República, vários amigos estrangeiros visitam nosso país e participam de várias celebrações. Nós nos encontramos com alguns deles em algumas ocasiões.
O grande Dirigente camarada Kim Jong Il disse como segue:
“Nosso país é um país onde solidificou-se a unidade monolítica entre o Líder e as massas populares”.
No dia 10 de setembro, no Palácio Cultural do Povo, nos encontramos com Elena Babich, chefe da delegação da União das Mulheres Kim Jong Suk da Rússia.
Ela revelou, sem hesitar, seus sentimentos de amizade com o povo coreano.
“É para mim uma grande honra e alegria visitar Pyongyang por ocasião do 70º aniversário da fundação da República Popular Democrática da Coreia.”
Nos últimos anos, Elena participou como representante no comitê preparatório para celebrar o Dia da Estrela-Luz (16 de fevereiro), e ativamente engajou-se na disseminação da Ideia Juche. Visitou nosso país na ocasião do 100º aniversário do grande Líder (2012) e ficou profundamente emocionada por participar das celebrações.
“Naquela ocasião eu vi pela primeira vez o respeitado camarada Máximo Dirigente (Kim Jong Un) e ouvi seu discurso, e dessa vez, quando eu o vi novamente, foi uma grande felicidade para mim e uma importante oportunidade confirmar seu poder e coragem de realizar façanhas de justiça da humanidade também no futuro.”
Sua admiração ardente pelo respeitado camarada Máximo Dirigente é facilmente compreendida pelo fato de ter escrito um livro sobre Kim Jong Suk, a heroína de guerra antijaponesa, por ocasião do 70º aniversário da fundação da RPDC.
Elene Barbich visitou a RPDC várias vezes, mas aprendeu um pouco mais em cada visita. Ela disse apaixonadamente: “Eu pude ver por mim mesma como o povo coreano está firmemente unido em torno de seu líder participando de várias celebrações, e observando as pessoas armadas com a Ideia Juche apoiando o respeitado Máximo Dirigente camarada Kim Jong Un durante a manifestação cívica.”
“A história na qual o líder e o povo estão firmemente unidos como um só e estão cheios de confiança no futuro da Coreia Juche, aumentou minha admiração pelo país do Juche, onde o líder e o povo estão unidos em uma só mente.”
Os encontros com amigos de vários países seguiram ao longo do dia.
Amigos estrangeiros visitaram no mesmo dia o Monumento à Fundação do Partido, o monumento à era do Partido do Trabalho da Coreia.
Enquanto em frente ao Monumento à Fundação do Partido muitos deles tiravam foto, atraiu a atenção dois jovens tirando uma foto segurando a bandeira do Brasil.
Eles eram Lucas Rubio, Presidente do Centro de Estudos da Política Songun do Brasil, e Lenan Menezes, membro da mesma organização.
Ficamos felizes em sermos informados que Lucas Rubio, presidente do Centro de Estudos da Política Songun, fundou a organização no ano passado na comemoração ao Dia da Estrela-Luz na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
Em sua primeira visita ao nosso país, eles expressaram seus sentimentos profundos sobre o povo coreano que vive em uma boa sociedade.
Lucas Rubio disse que o povo coreano tem a soberania em suas mãos e desfruta de todos os seus direitos, mas que os povos de muitos países do mundo estão vivendo sem seus direitos básicos, e que a causa desta diferença são os diferentes sistemas sociais.
Lenan Menezes explicou dessa maneira o motivo pelo qual escolheu nosso país para realizar sua primeira visita ao exterior:
“A Coreia é um país único e especial no mundo.
Pode-se dizer que é o único lugar onde todas as políticas servem ao povo.
A atenção do mundo agora está focada na RPDC e eu tenho curiosidade sobre este país desde minha infância.
Então eu vim aqui com a ideia de conhecer a RPDC primeiro e então conhecer o mundo…”
Conheçamos primeiro a RPDC para conhecer o mundo!
Sua história atingiu nossos corações.
Atualmente, as forças hostis estão desesperadas em promover por todos os meios a política anti-RPDC, mas muitas pessoas no mundo que amam a justiça estão tentando ter uma compreensão correta do nosso país e estão expressando forte apoio e solidariedade às nossas façanhas justas.
Os dois jovens disseram que o ato de segurarem a bandeira nacional de seu país e tirar fotos em frente ao Monumento à Fundação do Partido significa que o povo brasileiro se solidariza e apoia a República Popular Democrática da Coreia.
No peito de Lucas Rubio havia uma insígnia dos Grandes Líderes, que tem uma história por trás disso.
Ele disse que pediu continuamente à sua guia para que lhe desse uma insígnia com a imagem dos Grandes Líderes, para que pusesse perto do coração.
Ele disse que enfim seu desejo foi atendido.
Diante dos nossos olhos, a bandeira da RPDC, que está tremulando no céu na Praça Kim Il Sung, demonstra com grande clareza a infinita dignidade da pátria e a glória do povo, e o poderio de autoconfiança da Coreia socialista foi ainda mais solidificado.
O dia 21 de julho de 2019 foi dia de eleições na República Popular Democrática da Coreia. Na data, se elegeram deputados para os comitês populares de províncias, cidades ou condados, ou seja, foram eleições locais. Há alguns meses foram realizadas as eleições nacionais para a Assembleia Popular Suprema.
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Na RPDC, as eleições são motivo de grande orgulho nacional e são celebradas de 5 em 5 anos com grande preparação antecipada. As zonas eleitorais (escolas, pátios de fábricas, ginásios, teatros) são decoradas com bandeiras nacionais, pôsteres e flores e as urnas são alocadas. Do lado de fora, são dispostas as listas com os candidatos e as fotografias.
Embora o exercício de votar não seja obrigatório, o comparecimento é sempre muito alto e os jornais e canais de TV realizam intensas campanhas para que os trabalhadores participem do que eles chamam de “fortalecimento do Poder Popular”. O governo também produz cartazes de incentivo.
As eleições desse domingo (21) foram para escolher os deputados às assembleias populares das províncias (ou cidades diretamente subordinadas ao centro), das cidades (ou municípios) e dos distritos.
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O Marechal Kim Jong Un, líder da Coreia Popular, também participou das eleições logo cedo. Depois de votar, ele se encontrou com os candidatos que votou a favor (na RPDC, as eleições funcionam com você aprovando ou reprovando os nomes dos candidatos que se apresentaram para o cargo) e conversou com eles, estimulando o trabalho político local deles.
Imagens históricas: os Líderes Kim Il Sung e Kim Jong Il votando nas eleições locais.
Quer saber mais sobre as eleições na RPDC? O portal de notícias “A Voz do Povo de 1945” publicou vários materiais e fotografias bem interessantes sobre o processo:
O Centro de Estudos da Política Songun – Brasil editou o Código Penal da República Popular Democrática da Coreia em português e o publica a seguir.
O Código Penal da RPDC especifica os atos que são considerados crimes e as punições equivalentes.
Na Coreia Popular, as punições mais comuns são as de trabalho forçado. Diferentemente dos países capitalistas, onde os presos são mantidos em cárcere e inertes, na RPDC os prisioneiros pagam por seus crimes desenvolvendo trabalhos de construção para se desculpar ao país e ao povo.
Você pode fazer o download do documento CLICANDO AQUI ou lê-lo diretamente abaixo:
O Presidente Kim Il Sung foi o líder do povo coreano nos anos da Guerra Anti-Japonesa. Durante quase 20 anos, na primeira metade do século XX, ele liderou o movimento revolucionário que lutou corajosamente contra a ocupação do Japão na Coreia, ocupação esta que contava com requintes de crueldade por parte dos imperialistas japoneses: o povo coreano era racialmente visto como inferior e por isso a cultura coreana foi proibida, contando inclusive com a anulação do uso da língua coreana e o sequestro de mulheres coreanas para servirem como escravas sexuais dos soldados japoneses.
Depois de alcançar a libertação da Coreia em 1945, o Presidente Kim Il Sung fundou, em 1948, a República Popular Democrática da Coreia, o verdadeiro Estado da Coreia e, apenas dois anos depois, em 1950, mais uma vez liderou o povo coreano na luta contra o imperialismo, dessa vez o imperialismo dos EUA.
Nas décadas após a guerra, o Presidente Kim Il Sung e a Coreia Popular apoiaram inúmeros movimentos mundiais de libertação anti-colonial e anti-imperialista na Ásia, África e Américas. Um dos movimentos que a Coreia mais apoiou foi o movimento negro nos EUA liderado pelo Partido dos Panteras Negras.
O Partido dos Panteras Negras considerava a luta do povo coreano contra o racismo e imperialismo japonês e americano como um grande exemplo e mantinha intensa admiração pela Revolução Coreana.
No ano novo de 1969, os Panteras Negras enviaram uma carta para o Presidente Kim Il Sung e ele respondeu pessoalmente, enviando uma mensagem não só para os remetentes mas também para todo o povo negro dos EUA.
A carta do Presidente Kim Il Sung foi publicada no jornal central do Partido dos Panteras Negras, volume VI, edição número 8, em 24 de janeiro de 1970, com o título de «Telegrama do camarada Kim Il Sung – o respeitado e amado líder dos 60 milhões de coreanos». O conteúdo da carta está adornado por uma fotografia de um gigantesco monumento coreano em homenagem à Batalha de Pochonbo, mostrando os revolucionários liderados pelo Presidente.
Nós do Centro de Estudos da Política Songun do Brasil reproduzimos a carta, traduzida, a seguir:
Eu expresso meus sinceros agradecimentos ao seu Partido pelas saudações revolucionárias que me foram enviadas no ano novo.
No ano passado, o seu partido e o povo negro progressista da América corajosamente repeliram a sempre intensa opressão e perseguição fascista dos imperialistas dos EUA e conquistaram uma grande vitória na luta pela liberdade, democracia e pelos seus direitos vitais.
O povo coreano assiste com profunda simpatia e expressa solidariedade mútua com sua justa luta para abolir o sistema amaldiçoado de discriminação racial dos imperialistas dos EUA e conquistar a liberdade e a emancipação.
Convencidos de que os laços militantes entre o povo coreano e o povo negro progressista da América se fortalecerão e se desenvolverão no novo ano na batalha contra o imperialismo norte-americano, nosso inimigo comum, desejo a vocês novos êxitos em sua luta.
KIM IL SUNG
Primeiro Ministro do Gabinete da República Popular Democrática da Coreia.
17 de janeiro de 1970
Página do jornal central dos Panteras Negras com a carta do Presidente Kim Il Sung. Veja em resolução melhorclicando aqui.Capa de uma edição da revista “Panteras Negras” de 1969 que também traz uma matéria sobre o revolucionário coreano Kim Il Sung
____________________ Lucas Rubio Presidente do Centro de Estudos da Política Songun – Brasil