Balanço histórico da Guerra da Coreia – por Dermot Hudson

Em 11 de julho de 2019, o Centro de Estudos da Política Songun do Brasil, em conjunto com o Centro de Estudos da Ideia Juche – Brasil e com a Associação de Amizade com a Coreia do Reino Unido, realizou, na UERJ, um importante seminário com a presença do Dr. Dermot Hudson da Inglaterra. O evento, chamado «Guerra da Coreia: revisitando a “guerra esquecida”», reuniu muitas pessoas em um dia histórico para o Rio de Janeiro e para o Brasil em que foi possível entender profundamente mais detalhes sobre a Guerra da Coreia de 1950-1953 que possui pouco ou nenhum livro ou bibliografia em português sobre.

Você pode ler o informe completo do evento AQUI.

O Centro de Estudos da Política Songun do Brasil publica agora na íntegra o discurso do Dr. Dermot Hudson. O discurso foi traduzido por Alessandra Brittes, da Revista Intertelas.

Confira:

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Discurso para o Seminário Guerra da Coreia: revisitando a “guerra esquecida”

Dr. Dermot Hudson*

Tradução: Alessandra Brittes (Revista Intertelas)

Rio de Janeiro, 11 de julho de 2019

Obrigado por me convidar para falar no seu seminário. É uma grande honra estar aqui com os camaradas e amigos do Centro de Estudos da Política Songun do Brasil e uma grande honra estar na Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Hoje vou falar sobre a Guerra da Coreia ou, como é chamada na Coreia Popular, a Guerra de Libertação da Pátria. Em 16 dias, farão 66 anos desde que o general norte-americano Mark Clark assinou o Acordo de Armistício Coreano e cansadamente declarou: “Ao executar as instruções de meu governo, ganhei a distinção nada invejável de ser o primeiro comandante dos Estados Unidos na História a assinar um armistício sem vitória”. O propósito da minha fala neste seminário é responder duas ideias falsas sobre a Guerra de Libertação da Pátria. A primeira e maior que está contida nos livros de História e repetida inúmeras vezes é que a Coreia do Norte foi responsável pela eclosão da guerra. A segunda é que a guerra não foi uma derrota para os EUA. É claro que existem outros mitos e mal-entendidos, alguns que adoram grandes países menosprezam os esforços autossuficientes do povo coreano, liderados pelo Grande Generalíssimo Kim Il Sung e atribuem a vitória da RPDC a outros países. No entanto, hoje vou me concentrar nos dois grandes mitos.

Eu acho que é relevante começar apontando que a Coreia é um país e não dois. Antes de 1945, não havia Coreia do Norte ou do Sul. A Coreia, desde os tempos antigos, era uma nação e um povo. Em 1945, um coronel americano, um Dean Rusk, que mais tarde tornou-se uma figura importante na política dos EUA, traçou uma linha com uma régua e um lápis em um mapa da Coreia, no Paralelo 38, desconsiderando fronteiras naturais como rios e condados e províncias. As tropas dos EUA invadiram a Coreia do Sul no dia 8 de setembro de 1945 e criaram um Estado fantoche. Assim, a Coreia, uma nação pacífica, unida e homogênea, foi dividida pelas ações dos imperialistas ianques. É claro que é impossível invadir o seu próprio país. No entanto, a questão de quem provocou a Guerra da Coreia é uma questão chave, pois ainda é usada para demonizar a Coreia do Norte e foi invocada como pretexto para os EUA lançarem uma das guerras mais bárbaras da História. Uma guerra em que os EUA mataram 4,2 milhões de coreanos.

Os imperialistas norte-americanos, líderes do imperialismo mundial e dos reacionários internacionais, provocaram uma guerra na Coreia no dia 25 de junho de 1950, instigando seus fantoches sul-coreanos a atacar a jovem República Popular Democrática da Coreia. Os imperialistas dos EUA estavam famintos por lucros e conquistas. Os imperialistas dos EUA travaram uma guerra injusta e agressiva contra o povo coreano. Os imperialistas dos EUA lançaram uma guerra de conquista contra a Coreia do Norte, uma guerra para destruir o sistema democrático popular baseado no ideal Juche na RPDC, bem como para destruir o socialismo na Ásia e no mundo.

Os EUA há muito cobiçavam a Coreia. No século 19, eles enviaram várias expedições à Coreia. Em 1866, o “General Sherman” dos EUA navegou o Rio Taedong acima, em direção a Pyongyang, mas foi destruído devido à luta do povo local liderado por Kim Ung U (bisavô do Presidente Kim Il Sung). Eles enviaram outros exploradores para a Coreia e cometeram saques.

Os EUA concluíram o chamado “Tratado Coreano dos EUA” com o governo feudal coreano em 1882. Os EUA apreenderam as minas de ouro na Coreia. Embora, no início do século 20, a Coreia se tornasse uma colônia japonesa, os ianques detinham as concessões de mineração de ouro no país. Os EUA eram, na verdade, contra a independência da Coreia. Durante as negociações em Teerã, Yalta e Potsdam, entre as três grandes potências, os EUA propuseram que a Coreia fosse colocada sob “tutela” por 40 anos. A tutela seria essencialmente apenas outra forma de colonialismo.

Depois que a Coreia foi libertada, em 1945, as tropas dos EUA ocuparam a Coreia do Sul no dia 8 de setembro, quase três semanas após o Japão ter sido derrotado em 15 de agosto. Inicialmente eles governaram através de uma administração militar direta e depois através do regime fantoche de Syngham Rhee. Rhee era um déspota fascista, corrupto e odiado pelo povo sul-coreano. Rhee foi desacreditado por ter desviado fundos do movimento de independência coreano na década de 1920. Rhee era fanaticamente anticomunista. Eis o que um escritor americano disse sobre Syngham Rhee: “ele é dois séculos antes do fascismo – um verdadeiro Bourbon.”

Os EUA tomaram a terra na Coreia do Sul que pertencia aos japoneses e se tornou o maior senhorio do sul da Coreia. Na Coreia do Sul, os Comitês Populares foram dissolvidos pelas tropas de ocupação dos EUA, o Partido Comunista foi banido. Esquerdistas e patriotas foram brutalmente reprimidos. As tropas de Rhee, juntamente com as tropas dos EUA, reprimiram revoltas na Ilha de Jeju, matando pelo menos 30.000 pessoas, e o motim do exército em Ryosu.

A República Popular Democrática da Coreia foi fundada em 9 de setembro de 1948. Os EUA consideravam-na como um espinho, um incômodo em seu lado, desde o início. Os EUA não queriam um regime socialista no norte da Coreia. Além disso, a Península Coreana tinha uma posição estratégica e era a cabeça de ponte no nordeste da Ásia e, de fato, todo o continente asiático. Ao conquistar a RPDC, os EUA teriam tropas na fronteira da República Popular da China e da URSS. A existência da Coreia do Norte bloqueou o trampolim dos EUA no nordeste da Ásia. A vitória da Revolução Chinesa deu um novo ímpeto aos EUA para se moverem militarmente contra a Coreia do Norte.

Naqueles dias, ao invés de se referir à “contenção” do comunismo, os EUA falaram sobre a “reversão” do comunismo. John Foster Dulles, Secretário de Estado dos EUA, era um conhecido arquiteto dessa política. Dulles tinha ganho muito dinheiro por meio de negócios com o Partido Nazista alemão nos anos 1930. Dulles escreveu um livro chamado “Guerra ou Paz”, defendendo a “libertação” dos países socialistas. Ele disse: “devemos deixar claro (…) na Europa Oriental e na Ásia, que não aceitamos o status quo (…) e a eventual libertação é um elemento essencial e duradouro, parte da nossa política externa”. Em outras palavras, os objetivos dos EUA eram esmagar o socialismo por meio da força, seja força militar direta, ou outros tipos de força.

Internamente, os EUA baniram o Partido Comunista e desencadearam uma onda de histeria anticomunista conhecida como Macarthismo, na qual até mesmo liberais não comunistas foram perseguidos.

As opiniões dissidentes foram esmagadas com as pessoas sendo expulsas de empregos, difamadas na mídia e, em alguns casos, presas (no exemplo mais extremo, Ethel e Julius Rosenberg, dois comunistas americanos, foram executados com acusações forjadas de espionagem).

Os EUA embarcaram em um programa de aumento do gasto militar. Externamente, tornou-se muito expansionista, estabelecendo bases militares em todo o mundo, inclusive na Coreia do Sul.

A RPDC, uma democracia jovem no Extremo Oriente, era vista pelos formuladores de políticas dos EUA como o principal campo de testes para a “reversão”. Os imperialistas dos EUA teriam melhores chances de ganhar uma guerra física contra o mundo socialista na Ásia do que tentar travar uma guerra na Europa contra a União Soviética. Pois, na Europa, os soviéticos tinham uma zona de amortecimento entre eles e os EUA e seus aliados. Se os EUA e a OTAN destruíssem militarmente a Alemanha Oriental, ainda assim teriam que invadir a Polônia antes que pudessem colocar tropas na fronteira da URSS, mas invadindo a RPDC poderiam ter tropas nas fronteiras da União Soviética de uma só vez. Tal perspectiva deve ter sido muito tentadora para os maníacos da guerra dos EUA.

Os imperialistas norte-americanos que decidiram tomar a República Popular Democrática da Coreia como o primeiro alvo de ataque para realizar o sonho selvagem da dominação mundial, após a ocupação ilegal da Coreia do Sul, elaboraram um plano para a guerra na Coreia e fizeram todos os preparativos para ela. Eles armaram desesperadamente o exército de marionetes sul-coreano com meios de guerra modernos e elevaram suas capacidades de guerra para usá-las como a força de choque na guerra de agressão contra a RPDC.

De acordo com um documento oficial divulgado pelo Congresso dos EUA, eles entregaram mais de 145.000 rifles, cerca de 2.000 metralhadoras e submetralhadoras, mais de 2.000 peças de vários calibres, 4.900 veículos ímpares, 79 navios de guerra e outros somente para o exército fantoche sul-coreano em 1949. É notável que a marinha marionete sul-coreana foi amplamente expandida.

O número de tropas fantoches sul-coreanas que estavam armadas com tais equipamentos e meios de guerra e treinados da maneira americana chegou a mais de 100.000 em setembro de 1949. As tropas fantoches sul-coreanas eram controladas pelos EUA através do “Grupo Consultivo Militar Americano” na Coreia do Sul. Em 26 de janeiro de 1950, os EUA concluíram o Tratado de Defesa Mútua EUA-Coreia do Sul. Em 14 de abril de 1950, uma diretiva secreta do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, a NSC 68, autorizou o início da Guerra da Coreia.

Os imperialistas dos EUA posicionaram a maior parte do exército de marionetes sul-coreano no front, ao longo do Paralelo 38, e incessantemente perpetraram provocações armadas contra a Coreia do Norte. Em 1949, o exército fantoche sul-coreano invadiu áreas da RPDC, como o Monte Songak, o Monte Unpha e outras áreas, causando muitos danos e vítimas. A RPDC foi atacada em um total de 2.617 vezes. Os EUA e a Coreia do Sul construíram ou expandiram bases aéreas, portos, estradas e outros na Coreia do Sul de uma forma extensiva. Ao mesmo tempo, elaboraram um plano predeterminado para ocultar a agressão armada, após a eclosão da Guerra da Coreia, em uma tentativa de transferir a responsabilidade pela provocação à guerra para RPDC.

O Secretário de Estado dos EUA, John Foster Dulles, o principal defensor e autor da estratégia anticomunista “Reversão” dos EUA, visitou a Coreia do Sul em junho de 1950, poucos dias antes do início da guerra. Sua visita não pode ter sido uma coincidência. Isso é reforçado pelo fato de que Dulles chegou a visitar as áreas da linha de frente. Dulles encontrou-se com o desacreditado governante fantoche sul-coreano Syngham Rhee. Rhee falou várias vezes publicamente sobre “marchar para o norte” e reunificar a Coreia. Dulles levou o ministro da defesa sul-coreano consigo para inspecionar o Paralelo 38. Isso foi 6 dias antes do início da guerra. Dulles disse ao exército de marionetes sul-coreanos: “nenhum inimigo forte, qualquer que seja, poderia opor-se a vocês. Mas, espero que se esforcem cada vez mais, porque não está tão longe o dia que terão de mostrar o seu poder, a sua força para o seu próprio bem”.

Dirigindo-se a “Assembleia Nacional” marionete sul-coreana ele disse: “Vocês não estão sozinhos. Vocês nunca estarão sozinhos enquanto continuarem desempenhando dignamente a parte de vocês no grande projeto pela liberdade dos seres humanos”. O que isso significou? Foi basicamente a luz verde para as marionetes sul-coreanas inflamarem a Guerra de Libertação da Pátria. Depois de visitar a Coreia do Sul, Dulles parou em Tóquio e se reuniu com o General Bradley e o General Douglas McArthur, bem como o Secretário de Defesa dos EUA Johnson. Mais uma vez esta reunião não pode ter sido uma coincidência. No dia 22 de junho, Dulles declarou, de maneira um tanto codificada e enigmática: “os Estados Unidos em breve tomarão algumas medidas positivas”. Era evidente que a reunião era para finalizar a provocação da Guerra da Coreia.

Um livro de especialistas ex-soviéticos e de um ex-comandante da RPDC, chamado “Ecos da Guerra da Coreia”, aponta que em 1950, o exército de marionetes sul-coreano tinha 95.000 soldados, a maioria dos quais foram posicionados ao longo do Paralelo 38, ou próximo a ele, enquanto a Coreia do Norte tinha cerca de 74.000 tropas. Alguns números, na realidade, ampliaram o tamanho do exército fantoche de Syngham Rhee para 150.000 tropas. Isso significaria que eles superavam em número do Exército Popular da Coreia (EPC) em 2 para 1. A população da Coreia do Sul era quase o dobro da RPDC, então teria sido difícil para a Coreia do Norte “invadir” o sul. A população dos EUA era quase 20 vezes maior do que a da RPDC e o seu território é muitas vezes superior à da RPDC. Os EUA saíram vitoriosos na Segunda Guerra Mundial e venceram muitas guerras.

A RPDC era um país jovem que acabara de criar forças armadas regulares e construir fábricas de munições. A RPDC escolheria assumir o poder do “Grande Império Americano”? A resposta é não. Também é inconcebível que a União Soviética, que havia perdido 20 milhões de pessoas durante a Segunda Guerra Mundial, e a recém-fundada República Popular da China optassem por apoiar uma guerra da RPDC.

O próprio McArthur disse que na época da eclosão da Guerra da Coreia a RPDC não havia mobilizado completamente seu exército. O relatório do comando de McArthur no dia 30 de julho de 1950 afirma que apenas 6 divisões do EPC foram mobilizadas no dia em que a guerra estourou. Outras fontes como o Capitão do Exército Britânico Julian Tunstall apontaram que “em 25 de junho o exército de Rhee tinha seis divisões totalmente equipadas logo abaixo ou bem perto do Paralelo 38… Até agora, pode-se julgar que o EPC tinha duas divisões de força de combate a menos no Paralelo 38 ou próximo dele”.

Outras fontes, como a CIA e os serviços de inteligência sul-coreanos, afirmam que não havia provas, antes de 25 de junho de 1950, de que a Coreia do Norte tivesse preparado forças para um ataque no sul. Ri Song Ga, ex-comandante da 8ª Divisão do exército de marionetes sul-coreanos, afirmou que “nós tivemos que ir para a batalha no amanhecer de 25 de junho”. No dia 23 de junho, forças sul-coreanas de marionetes iniciaram um bombardeio de artilharia nas áreas ao norte do Paralelo 38. No início da manhã de 25 de junho, as forças sul-coreanas, sob o comando do Grupo Consultivo Militar Americano, iniciaram o ataque à Coreia do Norte. O 17° Regimento do exército de marionetes sul-coreano avançou em Taetan e Pyoksong e a 1ª Infantaria atacou na área de Kaesong. Eles avançaram 12 km no território da RPDC. A Coreia do Norte exigiu que parassem de uma vez, mas foi ignorada, então a República Popular Democrática da Coreia lançou uma contraofensiva. Deve-se notar que a Coreia do Norte só lançou a contraofensiva após advertir a Coreia do Sul para suspender seu ataque.

O “New York Tribune” de 26 de junho de 1950 informou que “as tropas sul-coreanas atravessaram o Paralelo 38, que forma a fronteira, para capturar a cidade industrial de Haeju, ao norte da linha”. A própria rádio sul-coreana informou que suas tropas capturaram Haeju. Claramente, teria sido impossível aos sul-coreanos capturá-la, a menos que tivessem atacado primeiro. O conhecido jornalista norte-americano John Gunther escreveu em seu livro, “Riddle of McArthur”, que um oficial da equipe de funcionários dos EUA em Tóquio no dia 25 de junho foi chamado ao telefone e voltou e sussurrou: “uma grande história acabou de ser publicada. Os sul-coreanos atacaram a Coreia do Norte”.

Cerca de 650 mulheres e crianças dos EUA foram evacuadas pelo navio norueguês Reinford às 3h da manhã. As fontes americanas descrevem que a guerra teria começado às 6h da manhã, então como os EUA saberiam com antecedência para planejar a evacuação de seus cidadãos? O próprio Choe Dok Sin, ex-comandante do Exército Sul-coreano, Ministro das Eelações Exteriores Sul-coreano e Embaixador Sul-coreano na ONU, afirmou que viu a ordem secreta de Syngham Rhee (ditador-fantoche sul-coreano) para começar a guerra. Os EUA exigiram uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU. Este foi realizado sem a presença da União Soviética, nem da República Popular da China, que, naquele período, foi mantida fora de seu assento legítimo. Ninguém da RPDC foi autorizado a apresentar o seu caso perante o Conselho. Em vez disso, o Conselho de Segurança publicou uma resolução culpando a Coreia do Norte por iniciar a guerra e autorizou o uso da força de nações membros da ONU. Efetivamente, o Conselho de Segurança da ONU era apenas um tribunal canguru para o imperialismo dos EUA. Basicamente, era uma justificativa legal para os Estados Unidos envolverem vários outros Estados em guerra. A resolução em si era realmente contrária à carta da ONU que estipula que a organização não poderia intervir nos assuntos internos de nações soberanas; no caso da Península Coreana, havia dois governos estabelecidos, então qualquer conflito não era um conflito entre diferentes nações, mas essencialmente uma guerra civil entre governos rivais, de modo que a ONU estava intervindo a favor de um lado.

A prova apresentada para culpar a Coreia do Norte foi simplesmente um telegrama do embaixador dos EUA em Seul, John S. Muccio. Este telegrama é um documento muito subjetivo e incompleto que se refere a “relatórios”, e etc. Como embaixador dos EUA na Coreia do Sul e o embaixador do principal beligerante na Guerra da Coreia, Muccio dificilmente poderia ter sido uma testemunha objetiva e imparcial! Mais ao ponto, ele não estava no Paralelo 38 naquele dia, portanto, sua assim chamada “informação” nada mais era do que reivindicações recicladas dos sul-coreanos e militares dos EUA. Na verdade, acredita-se que o “telegrama” de Muccio foi preparado com antecedência e devidamente usado como evidência.

No entanto, outro indício de quem deu início à Guerra da Coreia foi o fato de os EUA admitirem que sua “resolução da ONU” havia sido preparada antecipadamente. O Secretário de Estado adjunto John D. Hickerson disse: “nós tínhamos o esqueleto de uma resolução, mas feita de uma forma bastante preliminar”. Como os diplomatas norte-americanos saberiam que uma guerra começaria na Coreia e preparariam uma resolução? Além disso, a velocidade com que a ONU, que se deslocava lenta, morosa e burocraticamente, rapidamente agiu para convocar uma reunião e levar a resolução adiante é algo bastante surpreendente, especialmente quando se considera que estavam na era anterior à internet, e-mail e Skype. Normalmente, pode levar dias, semanas e até meses para obter uma resolução por meio do Conselho de Segurança da ONU. Em uma audiência do Congresso, os EUA admitiram que suas forças armadas entraram em ação antes que a resolução fosse aprovada.

Os EUA lançaram grandes contingentes de forças armadas para a guerra, incluindo as forças armadas de seus países satélites. Para minha eterna vergonha, a Grã-Bretanha enviou tropas para lutar contra o povo coreano do lado dos EUA. Jovens britânicos eram basicamente bucha de canhão para o imperialismo dos EUA. É significativo que o Reino Unido tenha lutado não só ao lado do imperialismo dos EUA, mas também do Apartheid Sul-africano, dos esquadrões da morte da Colômbia, da Grécia fascista, da Etiópia de Haile Selaissie e de outros regimes muito reacionários, contra governos independentes, progressistas, democráticos e anti-imperialistas. Assim, a Guerra da Coreia foi totalmente reacionária, impedindo a luta de libertação do povo coreano e a reunificação da Coreia.

De fato, o papel britânico na Coreia nos últimos 150 anos tem sido muito vergonhoso. Foi a Grã-Bretanha que secretamente ajudou o Japão a invadir e colonizar a Coreia. O governo de Clement Attlee, que é elogiado em alguns lugares, na verdade foi responsável por render a independência da Grã-Bretanha, levando o Reino Unido para a OTAN e também expurgou comunistas do serviço público, sendo um cúmplice voluntário na agressão contra o povo coreano. Attlee enviou jovens para lutar na Coreia contra o Exército Popular da Coreia comandado pelo Grande Líder Marechal Kim Il Sung. A fim de pagar o custo de envio das tropas para a Coreia, as taxas de prescrição foram aumentadas.

Entre as forças britânicas enviadas para a frente coreana estavam os Royal Ulster Rifles, que tinham reprimido o povo irlandês e cometido muitas atrocidades durante as contendas com a Irlanda do Norte. O exército britânico reteve a reunificação da Coreia na década de 1950 e também reteve a reunificação da Irlanda.

O segundo mito é que os EUA não foram derrotados. A razão pela qual a Guerra da Libertação da Pátria ou a Guerra da Coreia é frequentemente chamada de “guerra desconhecida” é em razão de os EUA não gostarem de reconhecer a sua derrota. O historiador militar de extrema-direita e extremamente anticomunista dos EUA, Bevin Alexander, que foi oficial do Exército dos EUA durante a Guerra da Coreia, referiu-se à Guerra de Libertação da Pátria como “a primeira guerra que perdemos”. A Guerra de Libertação da Pátria foi uma luta verdadeiramente hercúlea e titânica que viu o povo coreano derrotar o imperialismo dos EUA pela primeira vez na história do mundo. Foi uma luta de Davi contra Golias.

Quando a guerra estourou no dia 25 de junho de 1950, as chances de sobrevivência da jovem Coreia, não incluindo a chance de derrotar o imperialismo dos EUA, pareciam muito pequenas, porque os EUA tinham uma população 20 vezes maior que a RPDC e um território quase 100 vezes maior que o da RPDC. Além disso, os EUA travaram mais de 100 guerras de agressão e emergiram como vitoriosos na Segunda Guerra Mundial. Como parte das forças Aliadas, os EUA enfrentaram o Japão Imperial, a Alemanha Nazista e a Itália Fascista. Os EUA surgiram como o líder de seu próprio imperialismo. Tinha uma enorme máquina militar e um império global de bases militares em todo o mundo. Os EUA foi e é o baluarte do colonialismo moderno, gendarme internacional e estrangulador da independência e libertação nacional. Ainda, a RPDC não só teve que lutar contra os EUA, mas também contra as forças marionetes sul-coreanas, que tinham exércitos de 15 países satélites dos EUA e os japoneses lutando secretamente na Coreia usando os uniformes do exército fantoche sul-coreano.

O povo coreano liderado pelo Grande Líder revolucionário e herói nacional Marechal Kim Il Sung, um verdadeiro gênio estratégico militar e brilhante comandante de ferro, sempre vitorioso, enfrentou uma feroz luta anti-imperialista, luta anti-EUA contra o imperialismo do próprio EUA, e contra as forças aliadas dos norte-americanos de reação internacional. Foi uma feroz luta de classes contra os inimigos do povo. Os EUA travaram uma guerra verdadeiramente racista e genocida. A ordem dos comandantes dos EUA era atirar em todos e em tudo que levava a cor branca e a maioria dos civis coreanos usava branco. Não foi coincidência que George Lincoln Rockwell, o fundador e líder do Partido Nazista Americano, serviu como tenente-comandante das forças imperialistas dos EUA durante a guerra.

A Guerra de Libertação da Pátria foi uma guerra justa de libertação nacional, bem como uma luta feroz anti-imperialista e uma luta de classes contra os inimigos do povo. Foi uma guerra sagrada para a reunificação coreana. Foi ao mesmo tempo uma guerra para defender a independência e a liberdade do povo coreano. Também foi uma guerra para defender a paz e a segurança e o posto avançado oriental do campo socialista. Como poderia um pequeno país como a Coreia do Norte lutar contra os EUA e seus fantoches e vassalos? A resposta estava na poderosa liderança revolucionária do Marechal Kim Il Sung, na Ideia Juche e na Ideia Songun, bem como no heroico espírito de auto sacrifício do povo coreano e do jovem Exército Popular da Coreia. O povo coreano lutou no espírito de autoconfiança e fortaleza guiados pelo ideal Juche. O Grande Líder Marechal Kim Il Sung declarou: “Devemos resolver nossos problemas não importa quem está nos ajudando e que ajuda recebemos. A vitória deve ser conquistada pela nossa força”. Os esforços do povo coreano concentraram-se principalmente em derrotar os agressores imperialistas dos EUA.

Algumas pessoas gostam de chamar a atenção para a assistência internacionalista dada aos coreanos, em particular, pela China e pela URSS. Claro que é verdade que tal assistência foi dada e não apenas por grandes países, mas por todos os países socialistas. Além disso, nos países capitalistas, a classe trabalhadora e o movimento revolucionário opuseram-se à guerra, realizando manifestações e greves. No Reino Unido, o Partido Comunista da Grã-Bretanha e o “trabalhador do dia-a-dia” opuseram-se à guerra, assim como alguns parlamentares trabalhistas, como o famoso parlamentar galês S. O. Davies. Mesmo nos EUA houve protestos contra a guerra. Nos países coloniais oprimidos, os povos revolucionários intensificaram suas lutas anti-imperialistas. Em particular, as forças revolucionárias da Malásia e da Tailândia intensificaram sua luta armada. No entanto, a melhor ajuda e assistência internacionalista não tem efeito, a menos que as forças revolucionárias de uma dada unidade unam-se e travem uma luta poderosa. A história conhece muitos exemplos de revoluções que receberam assistência irrestrita, mas deram em nada porque as forças revolucionárias internas não eram fortes o suficiente e a faltou qualidade de liderança.

O Grande Líder, o camarada Kim Il Sung, sempre enfatizou que o resultado da guerra não é determinado apenas por armas, mas sim pela ideologia daqueles que detêm as armas. Durante a Guerra de Libertação da Pátria foram aplicadas táticas totalmente novas baseadas na Ideia Juche. Por exemplo, o Exército Popular da Coreia desenvolveu uma guerra de túneis, um novo conceito. Em um artigo, o escritor coreano Han Ho Suk escreveu que “a experiência da Coreia do Norte na escavação de túneis para a guerra foi demonstrada durante a Guerra do Vietnã. A Coreia do Norte enviou cerca de 100 especialistas em guerra de túneis para o Vietnã para ajudar na escavação dos túneis de 250 km das tropas do Vietnã do Norte e Vietcong no Vietnã do Sul. Os túneis foram fundamentais para a vitória vietnamita”.

No dia 25 de junho de 1950, de madrugada, as armas ressoaram e jatos de fogo dispararam. As marionetes sul-coreanas avançaram quilômetros dentro do território da Coreia do Norte. O exército de marionetes sul-coreanos, sob o comando direto do Grupo Consultivo Militar do EUA, lançou uma invasão armada ao longo do Paralelo 38 em um plano de guerra pré-concebido. As marionetes sul-coreanas iniciaram sua agressão contra a Coreia do Norte durante toda a extensão do Paralelo 38, penetrando um ou dois quilômetros de profundidade nas direções de Haeju, Kumchon e Cholwon. As marionetes sul-coreanas gabaram-se em suas transmissões radiofônicas que capturaram Haeju (o que nega categoricamente o relato dos historiadores ocidentais e sul-coreanos que a Coreia do Norte tenha atacado primeiro). O destino da Coreia do Norte estava na balança, o que ela poderia fazer contra a investida das marionetes sul-coreanas, apoiadas pela maior potência militar da História? O Grande Líder Marechal Kim Il Sung convocou o encontro do Gabinete da RPDC e exigiu que as marionetes sul-coreanas parassem de agredir imediatamente. Os bonecos sul-coreanos recusaram-se a fazê-lo. Assim, o Grande Líder Marechal Kim Il Sung, declarando que os ianques tinham julgado mal os coreanos, ordenou que o Exército Popular da Coreia e as Forças Populares de Segurança da Coreia passassem para uma contraofensiva imediata.

Assim, o EPC e as Forças Populares de Segurança da Coreia (FPSC) passaram a uma contraofensiva imediata, empurrando as marionetes sul-coreanas de volta. Isso foi algo sem precedentes na História da guerra! Geralmente, quando um Estado é atacado ou invadido por outro Estado, leva algum tempo até adotar uma postura defensiva e resistir à agressão. No entanto, graças ao pensamento e estratégia militar revolucionários originais, oriundos da Ideia Juche, as forças da RPDC puderam lançar uma contraofensiva decisiva, após parar as marionetes sul-coreanas nos seus postos e não lhes permitirem espaço algum para respirar. O Grande Líder Marechal Kim Il Sung acumulou preciosa experiência durante os 15 anos de luta armada contra os imperialistas japoneses. Ele desenvolveu táticas militares originais orientadas pelo ideal Juche, algo que nunca havia sido visto antes.

No terceiro dia da guerra, 28 de junho, Seul, a capital das marionetes sul-coreanas, foi libertada pelo EPC. Isso foi desastroso para as marionetes sul-coreanas que se orgulhavam de “tomar café em Haeju, almoçar em Pyongyang e jantar em Sinuiju”. Contudo, não foi o que aconteceu. Em vez disso, a RPDC vitoriosa dizimou as forças fantoches sul-coreanas e libertou a Coreia do Sul. As odiadas máquinas reacionárias coloniais foram destruídas e a terra foi distribuída gratuitamente aos camponeses. Os EUA começaram a bombardear fortemente toda a Coreia e atraíram forças de guerra de alguns países satélites. Isso não impediu o avanço do Exército do Povo Coreano, orientado pelo ideal Juche, comandado pelo Grande Líder Marechal Kim Il Sung. O EPC destruiu os ianques em Osan. Barcos torpedeiros da Marinha do EPC afundaram cruzadores e contratorpedeiros americanos.

O Grande Líder, o Marechal Kim Il Sung, comandou pessoalmente a batalha de libertação de Taejon. A 24º Divisão dos EUA foi totalmente destruída na batalha de Taejon, em 20 de julho, no que foi o 20º dia após sua chegada à Coreia do Sul. O jovem Exército Popular prendeu o próprio Dean, que foi o primeiro comandante da divisão das forças de agressão imperialistas dos EUA a ser feito prisioneiro na Guerra da Coreia. Foi um grande feito do heroico Exército Popular da Coreia ter capturado um general ianque. No primeiro estágio da guerra, o Exército Popular da Coreia liberou 90% do território da Coreia do Sul e 92% da população. Uma realização verdadeiramente notável que foi alcançada pelas forças armadas revolucionárias autossuficientes da Coreia Popular, sob o comando do Grande Líder Marechal Kim Il Sung.

Os EUA lançaram na guerra números sem precedentes de tropas e quantidades de materiais. Na verdade, 73 milhões de toneladas de materiais de guerra foram usados na guerra.

A guerra durou até 27 de julho de 1953, quando os EUA se ajoelharam e assinaram o Acordo de Armistício. Durante os três anos da Guerra de Libertação da Pátria, os imperialistas dos EUA perderam mais de 1.567.000 homens, incluindo mais de 405.000 das suas próprias forças armadas e uma enorme quantidade de equipamentos de combate e suprimentos de guerra, incluindo mais de 12.200 aeronaves, mais de 560 navios de guerra e navios em geral, mais de 3.200 tanques e veículos blindados de diferentes tipos, mais de 13.350 caminhões e 7.690 peças de artilharia de vários tipos. A perda sofrida pelos imperialistas dos EUA foi quase 2,3 vezes maior do que a que sofreram nos quatro anos da Guerra do Pacífico durante a Segunda Guerra Mundial. Até mesmo estatísticas oficiais dos EUA mostraram que durante cada um dos três anos da Guerra da Coreia, eles perderam o dobro do número de soldados perdidos em cada ano da Guerra do Vietnã.

O ex-secretário de Estado dos EUA Marshall disse que “o mito foi destruído. Nós não somos um país forte como os outros pensavam”. O infame senador J. R. McCarthy admitiu que “sofremos uma séria derrota na Coreia”. A observação de McCarthy me leva a pensar se Ethel e Julius Rosenberg foram realmente executados (em 19 de junho de 1953, um mês antes da derrota dos EUA) como bodes expiatórios para a derrota dos EUA na Guerra de Libertação da Pátria. Como o Grande Líder Generalíssimo Kim Il Sung disse: “nesta grande luta, nosso povo lutou decididamente como um em mente, sob a liderança correta do Partido e do Governo e, assim, resistiu honradamente às severas provações da guerra e obteve uma vitória histórica, infligindo uma derrota ignominiosa ao imperialismo dos EUA e seus cães de corrida.”

Os imperialistas dos EUA também sofreram derrotas políticas e morais irrecuperáveis. Foi uma grande vitória para o povo coreano e abriu uma nova era de luta anti-imperialista e anti-EUA.

Na verdade, a Coreia foi a guerra antes do Vietnã! O secretariado executivo da Organização de Solidariedade com os Povos da Ásia, África e América Latina disse, em 19 de junho de 1968: “sob a soberba liderança do Marechal Kim Il Sung, o Exército Popular e o povo da Coreia, que herdou as tradições da gloriosa Luta Armada Anti-japonesa, combateu heroicamente e derrotou o imperialismo norte-americano, em defesa da liberdade, da pátria e dos ganhos da revolução, contribuindo grandemente para a luta anti-imperialista de libertação nacional dos povos do mundo, para a luta pelos direitos humanos, pela paz na Ásia e no mundo. Esta vitória histórica do povo coreano mostrou que nenhuma força na terra pode pôr de joelhos um povo que luta pela independência e liberdade de seu país”.

A vitória na Guerra de Libertação da Pátria deveu-se à notável e brilhante arte de comando do Grande Líder Generalíssimo Kim Il Sung, um gênio estratégico militar e sempre brilhante comandante de ferro.


* O Dr. Dermot Hudson é Presidente do Grupo de Estudos da Ideia Juche da Inglaterra, Presidente da Associação para o Estudo da Política Songun do Reino Unido, Presidente da Associação de Amizade com a Coreia – KFA – do Reino Unido, Presidente do Comitê Britânico de Solidariedade pela Paz e Reunificação na Península Coreana e Secretário Geral Honorário do Comitê Internacional para o Estudo da Política Songun. Além disso, é Doutor em Ciências Sócio-Políticas pela Universidade Kim Il Sung da República Popular Democrática da Coreia.

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Centro de Estudos da Política Songun – Brasil

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KIM JONG UN dirige lançamento de nova arma tática

O Máximo Dirigente da Coreia Popular testou uma nova arma em resposta às provocações da Coreia do Sul que insiste em exercícios militares com os EUA. A seguinte nota foi divulgada pela Agência Central de Notícias da Coreia e o CEPS-BR a reproduz a seguir:

Kim Jong Un, Presidente do Partido do Trabalho da Coreia e da Comissão de Assuntos Estatais da República Popular Democrática da Coreia e Comandante Supremo das Forças Armadas da RPDC, organizou e dirigiu no dia 25 de julho de 2019 o lançamento de demonstração do poder da arma teledirigida tática de novo tipo.

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O Máximo Dirigente do Partido, do Estado e das forças armadas supervisou pessoalmente o lançamento como parte da demonstração de força para enviar uma advertência severa às forças belicistas do círculo militar sul-coreano que, apesar da repetida advertência, introduzem as armas de ataque de ponta em solo sul-coreano e tentam organizar os exercícios militares.

Ele saiu à posição de fogo com os quadros diretivos do ramo de ciências de defesa nacional e averiguou em detalhes o modo operacional do sistema de nova arma, que vai ser implantada para as operações, observando os processos preparatórios de disparo. Seguidamente, subiu ao posto de observação e dirigiu o disparo de demostração.

Nesta ocasião foram verificados novamente e de maneira satisfatória os índices da capacidade combativa do sistema do novo armamento tático.

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Ademais, como foi proposto, este disparo desata bastante inquietude e angústia entre algumas forças a que foi dirigido.

Kim Jong Un observou com muita atenção todo o curso de lançamento e disse que hoje puderam conhecer melhor a superioridade e a perfeição do sistema da arma.

Sobretudo, mostrou satisfação de que tenha podido confirmar pessoalmente e assegurar-se da capacidade de reação rápida com fogo deste sistema e as especificações da órbita de voo à baixa altura e do tipo saltante do projétil teleguiado tático, que não seria fácil de interceptar, e seu poder combativo.

“O desenvolvimento e a posse de tal sistema sofisticado tem a importância de grande acontecimento para o desenvolvimento de nossas forças armadas e a preservação da segurança militar do Estado”, ressaltou.

Ao explicar ao quadros acompanhantes e aos diretivos de ciências de defesa nacional a situação molestosa da parte Sul da Península Coreana, precisou que os equipamentos bélicos de último modelo, que introduzem agora os belicistas do círculo militar sul coreano apostando sua vida, são inocultáveis armas de ataque e não se pode justificar nem encobrir seu objetivo.

“Para preservar a segurança de nosso Estado, são a maior prioridade grande e atividade imprescindível os testes para o desenvolvimento contínuo e desdobramento de combate dos poderosos meios físicos capazes de reduzir à sucatas já no tempo inicial, se nos pareça necessário, essas armas que constituem ameaça iniludível para a segurança nacional”, enfatizou.

“Sob os olhares do mundo, as autoridades sul-coreanas manuseiam os documentos como declaração conjunta ou acordo orquestrando o ‘aperto de mãos da paz’, porém por trás das cortinhas tomam a conduta de padrão duplo fazendo coisas suspeitas como introduzir armas de ataque ultramodernas e empreender os exercícios militares conjuntos”, disse.

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“Sendo assim, estamos obrigados a desenvolver constantemente os sistemas de armas superpotentes para eliminar as ameaças potenciais e diretas sobre a segurança de nosso Estado que existem no Sul da Coreia”, ressaltou.

Ao ensinar aos quadros diretivos dos setores da indústria bélica e de ciências de defesa nacional o rumo de investigação dos importantes sistemas de armas estratégicas e táticas que se deve desenvolver um após o outro, planejou os meios para consolidar ainda mais as forças de autodefesa nacional.

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“Junto com a notícia do fogo de demonstração de poder de hoje, envio ao Sul (da Coreia) a mensagem de conselho de que o governante sul-coreano retome prontamente a postura correta como em abril e setembro do ano passado, ao parar as ações suicidas como a introdução de armas sofisticadas e os exercícios militares dando-se conta a tempo do perigo para as perspectivas de desenvolvimento da situação”, apontou.

“Embora lhe caia muito mal, o governante sul-coreano não deverá cometer o erro de ignorar a advertência remitida hoje de Pyongyang.”

Presenciaram o disparo Jo Yong Won, Ri Pyong Chol, Hong Yong Chil, Yu Jin, Kim Jong Sik, Ri Yong Sik e outros quadros do CC do PTC.

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Com informações de KCNA
Centro de Estudos da Política Songun – Brasil

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Opinião: o que significa o lançamento do novo submarino norte-coreano?

Lucas Rubio, Presidente do Centro de Estudos da Política Songun do Brasil, fez pública uma nota sobre a notícia divulgada no dia 23 de julho de 2019 pela mídia estatal da Coreia Popular que dá conta da inspeção do Marechal Kim Jong Un a um novo submarino construído recentemente. A nota é publicada a seguir:

Há alguns anos, não recordo se dois ou três, eu fiz uma matéria que dava um dado interessante de que a República Popular Democrática da Coreia (a Coreia do Norte) era a dona da mais numerosa frota de submarinos do mundo. Algumas pessoas questionaram os dados (tirados das próprias fontes americanas) e tentaram subestimar essa força potencial muito estratégica e importante que são os submarinos.

Pois há poucos dias a mídia estatal da Coreia do Norte divulgou imagens do Marechal Kim Jong Un visitando um estaleiro onde está sendo concluído o mais novo e moderno submarino construído totalmente na própria Coreia com tecnologia nacional. Acho que vale citar que desde 2015 a Coreia do Norte possui mísseis capazes de serem lançados de submarinos adaptados (mísseis da série Pukguksong-1). E o novo submarino, ao que tudo indica, já foi concebido em seu desenho original tendo a capacidade de suportar mísseis (até mais que os antigos adaptados).

Resta o mistério se a propulsão é nuclear ou não (a RPDC também detém tecnologia de manejo nuclear).

 

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O que podemos pensar a partir dessa notícia?

1. A Coreia do Norte pode ser o que você quiser, menos desatenta ou ingênua. Por mais que esteja negociando uma trégua com seus antigos inimigos, como os EUA, ela segue, apesar de tudo, investindo na modernização de suas forças militares (lembram daquele famoso ditado “se quer paz, prepara-te para a guerra”?).

2. A nota oficial da imprensa nessa manhã divulgou que Kim Jong Un elogiou os cientistas, técnicos e operários envolvidos na construção do submarino por terem “construído um submarino de novo tipo ao estilo coreano”. Isso significa que a RPDC não só sabe muito bem absorver velhos mecanismos (os antigos submarinos eram aquisições soviéticas) como também passa a manejar a tecnologia para seus interesses e necessidades.

3. A Política Songun (valorização dos assuntos militares) segue vibrante na Coreia de Kim Jong Un.

4. A Coreia do Norte não é um país de miseráveis atrasados e dependentes de “ajuda chinesa e russa”. Ela possui uma indústria bélica, científica e tecnológica tamanha que é capaz de fazer um submarino (e qualquer um sabe que construir um submarino – ainda mais um potencialmente nuclear – não é o mesmo que construir um carro, por exemplo).

5. Provavelmente os mísseis submarinos coreanos Pukguksong-1 já estão sendo adaptados ou já estão prontos para carregar ogivas nucleares.

Agora é só esperar essa máquina ir pra água e brincar um pouco com a cara do imperialismo.

O socialismo coreano é isso aí: “ninguém pode deter a marcha do progresso econômico e científico e a Coreia está determinada a fazer o que ela quer!”

Aula de soberania.

E o Brasil segue com o projeto do submarino atrasado e seus idealizadores presos ou humilhados perante o público ao invés de serem exaltados.

(Detalhe curioso: o Marechal Kim Jong Un, segundo a nota, inspecionou e tomou parte das obras desde o início. Isso implica que em 2018, quando ele apertou a mão de Trump pela primeira vez, ele a apertou já tendo em mente que estava pronto para qualquer cenário possível.)

Leia o informe oficial da Agência Central de Notícias da Coreia sobre o assunto AQUI.

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Lucas Rubio
Presidente do Centro de Estudos da Política Songun – Brasil

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KIM JONG UN supervisiona conclusão de novo submarino

Kim Jong Un, Presidente do Partido do Trabalho da Coreia e da Comissão de Assuntos Estatais da República Popular Democrática da Coreia e Comandante Supremo das Forças Armadas da RPDC, inspecionou um submarino recém-construído no dia 23 de julho de 2019.

O submarino, feito sob a direção minuciosa e atenção especial do Máximo Dirigente, cumprirá sua missão na zona operacional do Mar Leste e se encontra a ponto de entrar em operação.

Durante a revista, o Comandante Supremo averiguou as especificações táticas e operacionais e os armamentos de combate instalados.

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Mostrou-se muito contente de que o submarino tenha sido desenhado e construído para cumprir perfeitamente a tentativa estratégico militar do Partido ainda que em circunstâncias distintas.

“Como nosso país é banhado pelo mar pelo Leste e Oeste, a capacidade operacional do submarino é um importante componente das forças de defesa nacional”, ressaltou o Marechal, instruindo para incrementá-las ao prestar muita atenção ao desenvolvimento de submarino e outros equipamentos armados das forças navais.

Explicando a ideia estratégica do Partido sobre o uso de submarino e sua operação subaquática, ensinou a tarefa imediata e as outras estratégicas que são necessárias para a implementação desta ideia no setor de ciência da defesa nacional e na indústria de construção de submarinos.

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“Este êxito brilhante da construção do poderoso submarino ao estilo coreano é resultado do nobre patriotismo e fidelidade dos funcionários, cientistas, técnicos e trabalhadores do ramo da ciência da defesa nacional e da fábrica de industria bélica que vem lutando intensamente para aumentar as forças de defesa nacional, em acato à política do partido de dar prioridade às ciências e tecnologias de defesa nacional”, destacou.

“Igualmente, constitui outra demonstração contundente do potencial da indústria bélica de nosso país que vai logrando um desenvolvimento vertiginoso”, apontou em tom orgulhoso.

Acompanharam-o nesta ocasião Jo Yong Won, Hong Yong Chil, Yu Jin, Kim Jong Sik, Ri Jong Sik, Choe Myong Chol, Jang Chang Ha e outros quadros diretivos do Comitê Central do PTC e do setor de ciências de defesa nacional.

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Com informações de KCNA
Centro de Estudos da Política Songun – Brasil

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Realizadas eleições locais na Coreia do Norte

O dia 21 de julho de 2019 foi dia de eleições na República Popular Democrática da Coreia. Na data, se elegeram deputados para os comitês populares de províncias, cidades ou condados, ou seja, foram eleições locais. Há alguns meses foram realizadas as eleições nacionais para a Assembleia Popular Suprema.

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Na RPDC, as eleições são motivo de grande orgulho nacional e são celebradas de 5 em 5 anos com grande preparação antecipada. As zonas eleitorais (escolas, pátios de fábricas, ginásios, teatros) são decoradas com bandeiras nacionais, pôsteres e flores e as urnas são alocadas. Do lado de fora, são dispostas as listas com os candidatos e as fotografias.

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Embora o exercício de votar não seja obrigatório, o comparecimento é sempre muito alto e os jornais e canais de TV realizam intensas campanhas para que os trabalhadores participem do que eles chamam de “fortalecimento do Poder Popular”. O governo também produz cartazes de incentivo.

As eleições desse domingo (21) foram para escolher os deputados às assembleias populares das províncias (ou cidades diretamente subordinadas ao centro), das cidades (ou municípios) e dos distritos.

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O Marechal Kim Jong Un, líder da Coreia Popular, também participou das eleições logo cedo. Depois de votar, ele se encontrou com os candidatos que votou a favor (na RPDC, as eleições funcionam com você aprovando ou reprovando os nomes dos candidatos que se apresentaram para o cargo) e conversou com eles, estimulando o trabalho político local deles.

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Imagens históricas: os Líderes Kim Il Sung e Kim Jong Il votando nas eleições locais.

Quer saber mais sobre as eleições na RPDC? O portal de notícias “A Voz do Povo de 1945” publicou vários materiais e fotografias bem interessantes sobre o processo:

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Centro de Estudos da Política Songun – Brasil

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CEPS-BR participa de seminário sobre Carlos Marighella

No dia 18 de julho de 2019, o Centro de Estudos da Política Songun do Brasil esteve presente na mesa de um seminário oferecido pela Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini e pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT). Lucas Rubio, Presidente do CEPS-BR, representou a organização.

O seminário, cujo convidado principal era Paulo Gomes, antigo militante da ALN e hoje um dos dirigentes da Liga Latino-America dos Irredentos, falou sobre uma grande figura da luta do povo brasileiro: Carlos Marighella.

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Em sua fala, Lucas Rubio abordou brevemente sobre a importância da preservação da memória de luta nacional e do justo reconhecimento dos grandes heróis do povo brasileiro e também falou sobre como isso acontece na República Popular Democrática da Coreia e como deve ser inspiração para o Brasil.

Também foi abordada a importância da defesa da Revolução Coreana e da solidariedade dos brasileiros com a causa revolucionária do Juche.

Daniel Mazola, da Tribuna da Imprensa Sindical, estava na plateia.

O seminário contou com cobertura ao vivo pela TV Comunitária do Rio de Janeiro.

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Centro de Estudos da Política Songun – Brasil

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Realizado seminário sobre a Guerra da Coreia

(Rio de Janeiro, 13 de julho de 2019) O Centro de Estudos da Política Songun do Brasil promoveu no dia 11 de julho de 2019 o seminário chamado «Guerra da Coreia: revisitando a “guerra esquecida”». O evento ocorreu na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) por conta do 66º aniversário de assinatura do armistício da Guerra da Coreia.

Aproximadamente 200 pessoas compareceram ao seminário. Na plateia, diversas organizações estavam presentes, como a Liga Latino-Americana dos Irredentos, a Associação Cultural José Martí do Rio de Janeiro, a Frente Nacional Trabalhista (FNT), o Centro de Estudos Asiáticos da Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Unidade Popular Pelo Socialismo (UP). A Edições Nova Cultura também esteve presente, vendendo várias publicações de cunho teórico e historiográfico sobre diversos processos revolucionários pelo mundo.

O evento contou com a cobertura especial da TV Comunitária do Rio de Janeiro (TVC), canal 6 da Net, da Revista Intertelas e da Tribuna da Imprensa Sindical. A Revista Intertelas também foi a responsável pela tradução do discurso do Dr. Dermot Hudson do Reino Unido, convidado principal do evento.

No primeiro momento, os membros da mesa entraram no auditório e foram recebidos com palmas pela plateia. Lucas Rubio, Presidente do CEPS-BR, saudou os presentes e apresentou os membros da mesa do seminário.

Compuseram a mesa:
Alexandre Rosendo, do Centro de Estudos da Ideia Juche – Brasil e representante do NovaCultura.INFO;

Lucas Rubio, Presidente do Centro de Estudos da Política Songun do Brasil e Porta-Voz do Movimento Juvenil por uma América Latina Independente;

Dermot Hudson, Presidente do Grupo de Estudos da Ideia Juche da Inglaterra, Presidente da Associação para o Estudo da Política Songun do Reino Unido, Presidente da Associação de Amizade com a Coreia – KFA – do Reino Unido, Presidente do Comitê Britânico de Solidariedade pela Paz e Reunificação na Península Coreana e Secretário Geral Honorário do Comitê Internacional para o Estudo da Política Songun;

Raphael Puig, tradutor e intérprete.

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Tiveram início as intervenções.

Alexandre Rosendo, do CEIJ-BR, foi o primeiro a falar. Em sua fala, introduziu aos presentes o contexto histórico da Coreia no início do século passado e explicou sobre a luta do povo coreano, liderado pelo Grande Líder General Kim Il Sung, contra a colonização japonesa, chegando ao momento da ocupação americana no sul da Península Coreana e a fundação da República Popular Democrática da Coreia em setembro de 1948. Ele também falou sobre o livro «História da Revolução Coreana», publicada pela Edições Nova Cultura e que teve um dos capítulos escrito pelo CEPS-BR. O livro foi lançado e apresentado ao público pela primeira vez durante o seminário.

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Depois, falou o Dr. Dermot Hudson, Doutor em Sócio-Política pela República Popular Democrática da Coreia, Presidente do KFA Reino Unido e especialista no assunto há 30 anos. Traduzido simultaneamente por Raphael Puig, o Dr. Dermot falou sobre o contexto pré-Guerra da Coreia, explicando porque o conflito é chamado de Guerra de Libertação da Pátria na RPDC. Deu importantes detalhes históricos e números sobre as movimentações militares dos EUA e das marionetes sul-coreanas e derrubou mitos como o de que foi a Coreia do Norte a iniciar a Guerra da Coreia e o de que os EUA venceram a guerra.

O Dr. Dermot expôs a grande, heroica e resistente luta do povo coreano, que atuou em conjunto sob a liderança do Grande General Kim Il Sung, do Exército Popular da Coreia e do Partido do Trabalho da Coreia. Somente o trabalho do povo unido foi capaz de barrar a potência militar mais hostil do mundo.

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Ele também relembrou o dia 27 de julho de 1953, o dia em que os Estados Unidos se ajoelharam e assinaram o armistício da Guerra, admitindo que não conseguiam vencer a RPDC. O Dr. Dermot Hudson pontuou que a Guerra de Libertação da Pátria na Coreia foi a primeira derrota na história dos EUA, antes mesmo do Vietnã.

A fala do Dr. Dermot Hudson foi atenciosamente acompanhada pelo público, que teve a chance de ter uma verdadeira aula sobre um tema muito pouco debatido no Brasil e que possui pouca ou nenhuma bibliografia específica sobre. Durante sua fala, as pessoas da plateia anotaram perguntas que serão respondidas em breve pelo Doutor. Você pode ler sua fala completa nesse documento.

Quando terminou de falar, o Dr. Dermot Hudson foi calorosamente aplaudido pelo público. Ele expressou seu profundo agradecimento pelo convite do CEPS-BR para o seminário e elogiou o grande comparecimento e a organização do evento, dizendo também que o Reino Unido precisa aprender com os camaradas do Brasil.

Encerrando o evento, Lucas Rubio entregou para o Dr. Dermot Hudson uma placa comemorativa em agradecimento às décadas de trabalho inspirador dedicado à defesa da causa revolucionária da Coreia e pelo apoio que deu há anos atrás para a fundação do Centro de Estudos da Política Songun do Brasil.

A plateia aplaudiu e o evento foi encerrado.

Os membros da mesa foram fotografados e entrevistados após o término do seminário.

 

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O Centro de Estudos da Política Songun do Brasil realizou com sucesso mais um evento, escrevendo uma nova página na divulgação séria e comprometida da História da República Popular Democrática da Coreia no Brasil, exaltando o caráter de resistência ao imperialismo americano desse país e a causa do socialismo.

Agradecemos a todos que compareceram ao evento e a todos que tornaram possível a realização do mesmo, ajudando na divulgação, realização e cobertura.

Confira o seminário completo:

 

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Centro de Estudos da Política Songun – Brasil

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Lançamento do livro “História da Revolução Coreana”

O Centro de Estudos da Ideia Juche – Brasil, em conjunto com o Centro de Estudos Política Songun – Brasil, escreveu um novo livro chamado “História da Revolução Coreana” com o objetivo de ampliar as pesquisas em língua portuguesa sobre o processo revolucionário da Coreia e expandir o entendimento dessa experiência socialista.

O livro será lançado na ocasião do seminário «Guerra da Coreia: revisitando a “guerra esquecida”», que será promovido pelo CEPS-BR na próxima quinta-feira, dia 11 de julho, às 18h no Auditório 91 da UERJ Maracanã, na cidade do Rio de Janeiro.

O aguardado evento contará com a participação ilustre de Dermot Hudson do KFA Reino Unido, de Alexandre Rosendo do CEIJ-BR e de Lucas Rubio do CEPS-BR.

O livro será apresentado ao público pela primeira vez em um momento de importantes discussões sobre a República Popular Democrática da Coreia durante o seminário.

A publicação estará custando R$35,00 no evento.

A obra também pode ser comprada pela internet através do site da Edições Nova Cultura, CLICANDO AQUI.

Para mais detalhes do evento de lançamento, confira a página do Facebook CLICANDO AQUI.

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Trabalho organizado pelo NOVACULTURA.info com a fundamental colaboração do Centro de Estudos da Ideia Juche e o Centro de Estudos da Política Songun com a história da luta do povo coreano por sua libertação nacional e pelo socialismo. O livro conta diversos aspectos da trajetória revolucionária do povo da Coreia, desde a sua formação, passando pela resistência contra o imperialismo japonês e estadunidense, a formação da República Popular Democrática da Coreia e a construção do socialismo, a sistematização da ideia Juche e a Política Songun, com destaque para o papel de Kim Il Sung e Kim Jong Il, até chegar os dias de hoje, com Kim Jong Un.

154 páginas

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Centro de Estudos da Política Songun – Brasil

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25 anos sem KIM IL SUNG – o Grande Líder das massas populares

Kim Il Sung – o Presidente Eterno do Povo Coreano

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O dia de hoje marca a data em que se completam 25 anos desde o fim da vida física do Presidente Kim Il Sung, destacado líder do povo coreano que, com suas ideias e orientações brilhantes transcende os limites da vida terrena ao manter-se como o eterno sol que vive no coração da classe trabalhadora coreana de geração em geração e ilumina o caminho de avanço para lograr a vitória final da causa revolucionária do Juche e da independência da humanidade.

A vida do grande Líder foi a nobre vida de um patriota sem igual que abdicou de sua juventude para lutar pela país e povo, liderando a revolução apenas pelo caminho das vitórias e guiando as massas populares na construção de um país onde estas exercem papel de mestres e desfrutam de plena felicidade.

Na longa e rica história de 5.000 anos da Coreia, não houve nenhum outro líder como o camarada Kim Il Sung, genuíno filho das massas populares que, com seus amplos conhecimentos, firmes atributos de liderança, carisma e firme determinação, pôde não somente libertar seu povo das garras da opressão colonial dos imperialistas japoneses, mas também, elevá-los a um novo patamar onde passaram a ser os genuínos donos do país e construir um país próspero, apesar de todas as adversidades que surgiram no caminho da edificação do socialismo.

Filho de pais patrióticos, que suavam suor e sangue para garantir seu direito à existência em meio à opressão dos imperialistas, enquanto almejavam a libertação nacional e promoviam-a, o jovem Kim Song Ju cresceu com forte sentimento patriótico e aprendeu com os ensinamentos de seu pai e com as lições da história.

Desde sua juventude teve clara consciência de classe ao observar as condições reais em que se encontravam os trabalhadores na Coreia e na Manchúria, e a reforçou com o aprofundamento nos estudos sobre a “ideologia avançada”, o marxismo-leninismo, que conquistava vitórias marcantes pela primeira vez na história em território vizinho.

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Kim Il Sung na juventude

Embora tenha tornado-se um destacado líder ainda em sua adolescência, sendo chamado de General pela população, ele sempre manteve humildade e andou sempre junto ao povo, dando máxima prioridade a ouvir suas demandas e opiniões. Abertamente dizia, por toda sua vida, que o povo é seu professor, e que sem ouvir a voz do povo qualquer governo está fadado ao fracasso.

Pode-se observar plenamente sua devoção ao povo no estabelecimento do governo revolucionário popular nas bases de guerrilha nas zonas libertas, ainda durante a luta armada antijaponesa. Compreendendo as características particulares da Coreia, rejeitou a aplicação da Comuna e Soviete, formas de poder da classe operária conhecidas até então, e esforçou-se para criar um que atende-se às necessidades nacionais. Assim, dirigiu o estabelecimento da administração pelo povo e a promoção de reformas democráticas nas zonas libertas.

De acordo com as experiências práticas adquiridas no transcurso da revolução, o Líder formulou a Ideia Juche, uma ideologia revolucionária original centrada no homem que complementa a visão marxista-leninista, trazendo uma perspectiva ampla para o desenvolvimento vitorioso da revolução coreana e aporte fundamental para a revolução internacional.

Nos momentos difíceis onde a desesperança entre a população era o sentimento predominante devido às ações dos imperialistas japoneses, acendeu a chama da revolução e declarou a todo o mundo que a Coreia estava viva e seria libertada. Com sua arte militar destacada desenvolveu uma guerrilha com escassos armamentos em uma poderosa fileira de causar medo nos invasores. As vitórias consecutivas e táticas brilhantes são as marcas do Exército Revolucionário Popular da Coreia, liderado pelo General Kim Il Sung.

 

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Kim Il Sung: líder do Exército Popular

Como prometeu quando deixou sua casa em Mangyongdae, regressou quando a terra-pátria não mais estava sob domínio das forças opressoras, e foi aclamado por todo o povo como o líder da nova Coreia. Na ocasião solene, fez um discurso histórico que motivou todos a se dedicar à nobre e honrosa causa da construção da nova Coreia, livre e democrática.

Na construção da nova Coreia, levou a cabo as reformas democráticas e uniu as amplas seções das massas e patriotas para eliminar os resquícios do domínio colonial dos imperialistas japoneses e desenvolver as forças produtivas nacionais. Após anos de saque dos invasores, tudo era escasso e as condições de vida do povo eram precárias, o que fez da etapa anti-feudal e antiimperialista um momento sem precedentes na história onde a Coreia rapidamente emergiu como um país promissor.

Pedindo aqueles com conhecimento, para contribuírem com seu conhecimento, aqueles com força de trabalho, para contribuírem com sua mão de obra, e aqueles com dinheiro, para contribuírem com dinheiro, alcançou a unidade nacional e dirigiu a Coreia pelo caminho da prosperidade. Quando os imperialistas estadunidenses invadiram a parte sul do país, pouco tempo depois da libertação, tomou as medidas cabíveis para reunificar a Coreia pela via pacífica e de acordo com as demandas independentes das massas.

Fez tudo ao seu alcance para evitar a guerra fratricida perseguida pelas forças fantoches sul coreanas e pelos EUA, que se gabava de ser “invencível” no campo militar. Convocou todo o povo a tomar parte nos movimentos pela reunificação pacífica e organizou a realização em Pyongyang da Conferência Conjunta dos Representantes dos Partidos Políticos e Organizações Sociais do Norte e do Sul da Coreia, onde estiveram presentes quase todas figuras políticas do país.

Sem poder evitar o estalar da guerra, com o avanço das forças agressoras ao Norte do paralelo 38, ordenou ao recém formado Exército Popular da Coreia avançar ao sul e libertar a pátria do domínio das forças estrangeiras e obteve vitórias esmagadoras. Quando a situação tornou-se inviável para o avanço, tomou as medidas para o regresso estratégico das forças e, posteriormente promoveu operações estratégicas com apoio dos Voluntários do Povo Chinês que causaram enormes perdas às forças agressoras que, embora apelassem ao uso indiscriminado de bombardeios e armas químicas, não conseguiu conter as forças coreanas e chinesas.

Com a assinatura do armistício em 1953, quando os EUA confirmou sua derrota frente ao povo coreano, o General Kim Il Sung foi elogiado em todo mundo como grande estrategista militar e patriota que derrotou a potência militar que contava com larga experiência de guerra e equipamentos militares de ponta, enquanto o jovem exército coreano contava com limitados equipamentos militares dos tempos da luta armada e apoio material da URSS.

 

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Vitorioso General que venceu, junto ao povo, os EUA.

Além de seus êxitos de liderança durante a renhida Guerra de Libertação da Pátria, suas ações durante este embate que definiria o destino do país para promover a bem-estar do povo e proteger os recursos nacionais estão marcados com letras douradas na história. Vendo a difícil situação da população em meio aos ataques constantes das forças inimigas, garantiu no tempo de guerra o serviço médico gratuito às custas do Estado mesmo sob condições econômicas pouco propícias para tal medida, encarregou efetivos do EPC ao trabalho de reflorestação, conferiu honras estatais aos que realizaram atos heroicos, dentre outras medidas que vão além da imaginação.

Apesar das forças hostis abertamente duvidarem do desenvolvimento da RPDC em meio à tanta destruição e perdas humanas e materiais, foi visto um progresso impressionante em um curto espaço de tempo na construção pós-guerra. Dando prioridade à indústria pesada, produziu um grande auge que culminaria no início do Movimento Chollima que elevou a Coreia ao grupo de países socialistas industrializados, em total contraste com a devastada Coreia do Sul, liderada por um maníaco de guerra sob tutela de forças estrangeiras.

Quando os EUA tentou provocar uma nova guerra na Península Coreana com seus movimentos imprudentes e provocativos, tomou medidas enérgicas, garantindo que contra-medidas seriam tomadas contra quaisquer hostilidades dos imperialistas estadunidenses. Exemplo claro disso é o USS Pueblo, navio espião dos EUA que permanece em Pyongyang até os dias atuais.

Sob a direção do grande Líder, a Coreia socialista estabeleceu as bases da economia independente e tornou-se capaz de aplicar as medidas mais populares, como o sistema de educação obrigatória universal gratuita, sistema de saúde pública, abolição completa dos impostos, bem como construir prédios residenciais modernos, bases culturais e de saúde, e promover o desenvolvimento de sua infraestrutura urbana e no campo, garantindo uma vida digna a todo o povo.

Além de um destacado líder do povo coreano, o Presidente Kim Il Sung também é fonte de inspiração para os povos de todo o mundo e ilumina o caminho da independência da humanidade. Deu ativo apoio aos países que lutavam pela independência nacional e aspiravam à paz e prosperidade mútua. Apoiou ativamente a luta de diversos países africanos e encorajou a luta de países sul americanos e asiáticos contra a interferência estrangeira e pela independência. Cumpriu seu papel internacionalista enviando efetivos da força aérea para o Vietnã para combater os invasores estadunidenses, e fortaleceu as relações diplomáticas com as potências vizinhas ao mesmo tempo que estabeleceu uma política externa independente.

O grande Líder era excelente na arte de diplomacia e ganhou admiração mesmo de figuras que não compartilhavam as mesmas opiniões políticas que ele. Isso porque ele era sempre sincero, buscava o entendimento e defendia com todas as forças os interesses supremos do povo coreano. Graças à sua habilidade diplomática e medidas iniciativas, abriu-se o caminho para a reconciliação intercoreanas e as perspectivas para a futura reunificação da pátria, bem como a possibilidade de diálogo em pé de igualdade com os EUA na mesa de negociações.

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O Presidente Kim Il Sung com o líder do povo vietnamita Ho Chi Minh.

Sua principal lema de vida era considerar o povo como o céu (이민위천) e andar sempre entre as massas para instruí-las e aprender com elas. Tomou como atividade de extrema importante assimilar toda a sociedade, dos intelectuais aos trabalhadores braçais, com a classe trabalhadora. Dizia que o intelectual deve também tomar parte no trabalho físico quando possível, e o trabalhador comum deve ter conhecimentos em várias áreas relevantes.

Também, como dirigente do Partido do Trabalho da Coreia, partido de vanguarda da revolução, orientado pela grande Ideia Juche, fez esforços incansáveis para corrigir as falhas no trabalho partidário, combater o revisionismo e o faccionismo, e tornar o Partido mais interligado com as massas, de forma estabelecer uma unidade de coração único.

O grande Líder camarada Kim Il Sung certa vez disse:

“O verdadeiro valor de um partido político e de sua política devem ser medidos não por suas palavras ou declaração, mas sim por suas atividades práticas e por seus feitos concretos que demonstram de quem são os interesses representados e quem defende de fato esta política”.

Amado pelo povo coreano como o pai da nação, líder destacado e Sol da Coreia, nem mesmo o tempo fez seus amados filhos na terra de 3000-ri e seus admiradores em todo o mundo esquecerem de sua vida brilhante e de suas orientações orientadas à construção de um país próspero e poderoso e de um mundo independente e pacífico. A vida do grande Líder de Paektu transcende qualquer limite de tempo e é transmitida de geração em geração, e sua direção é a guia a ser invariavelmente seguida pelo povo coreano para lograr novas vitórias; eis aqui o motivo pelo qual seu nome é associado ao Sol, estrela central do sistema solar que garante a existência humana e ilumina e aquece o planeta.

Até seus últimos dias de vida, o Presidente não permitiu-se descansar, dando prioridade total aos assuntos da nação e passando orientações importantes para funcionários do Partido e do governo e para estabelecimentos importantes da economia nacional, visando o futuro. Também deu ampla atenção ao desenvolvimento das futuras gerações como pilares confiáveis da nação. Seus feitos foram realmente além de seu tempo!

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O Presidente Kim Il Sung trabalhou até seus últimos dias de vida

Resolveu corretamente o problema da sucessão da liderança da revolução ao apontar o Dirigente Kim Jong Il como camarada confiável e revolucionário com amplo conhecimento teórico e prático, que seria capaz de levar adiante a revolução que iniciou nas florestas do Monte Paektu e trazer glórias infinitas para a nação.

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O Dirigente Kim Jong Il (à esquerda) foi o continuador do legado do Presidente Kim Il Sung.

A exaltação do caráter independente da Coreia em todos os aspectos por meio de trabalhos incessantes é uma marca indelével do Presidente, que é transmitida por todo o globo terrestre. Certa vez, em conversa com delegação estrangeira em 1993 ele disse: “Se alguém trata de forjar seu destino recorrendo exclusivamente às pessoas de grandes países ou dos desenvolvidos, acabará fracassando. Que o destino de cada um pode ser forjado somente por si mesmo é, precisamente, o credo que mantenho desde o alvorecer a luta revolucionária.”.

A vida do grande Líder camarada Kim Il Sung será eternamente lembrada pelo povo coreano e pelos povos progressistas do mundo e suas orientações são guias eternas para a vitória final da causa socialista.

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Do blog A Voz do Povo de 1945

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CEPS-BR receberá o Dr. Dermot Hudson do Reino Unido

O Centro de Estudos da Política Songun – Brasil receberá o respeitado Dr. Dermot Hudson, professor de História pela Universidade de Winchester, Doutor em Ciências Políticas pela Universidade Kim Il Sung da República Popular Democrática da Coreia e Presidente da Associação de Amizade com a Coreia do Reino Unido para falar sobre os 66 anos da assinatura do armistício da Guerra da Coreia.

O conflito, praticamente esquecido e pouco estudado, segue em aberto mesmo mais de 70 anos depois de seu início e suas consequências foram as mais diversas, resultando não só na permanência da divisão da Coreia como também em uma situação de tensão permanente na Península. Em 1953, a Coreia do Norte se tornou o primeiro país a conseguir o êxito de fazer os Estados Unidos não conseguirem concluir uma guerra e acabou se tornando o alvo de diversos cercos e bloqueios por parte dos americanos.

Para falar sobre esse complexo tema, que vai desde a libertação da Coreia em 1945 até o desenvolvimento do polêmico programa nuclear da Coreia do Norte hoje em dia, o CEPS-BR apresentará um seminário com uma das mais importantes e conhecidas autoridades internacionais no assunto.

Dermot Hudson recebeu o título de Doutor na Coreia do Norte e é o chefe de várias organizações na Inglaterra de apoio e estudo estratégico sobre a República Popular Democrática da Coreia, tendo visitado o país em inúmeras oportunidades desde os anos 1980. Além disso, foi condecorado pelo governo da Coreia do Norte algumas vezes.

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Dermot Hudson é o chefe de vários grupos de estudo sobre a Coreia no Reino Unido e já foi condecorado pelo governo norte-coreano várias vezes. (Créditos: KCNA)

O seminário «Guerra da Coreia – revisitando a “guerra esquecida”» acontecerá no dia 11 de julho de 2019 no Auditório 91, 9º andar da UERJ Maracanã, às 18h.

Além disso, durante o seminário ocorrerá o lançamento do livro «A História da Revolução Coreana», da Edições Nova Cultura, que foi escrito pelo Centro de Estudos da Ideia Juche – Brasil e pelo Centro de Estudos da Política Songun – Brasil.

O evento será apresentado por Lucas Rubio, Presidente do Centro de Estudos da Política Songun do Brasil e contará também com a presença de Alexandre Rosendo, do Centro de Estudos da Ideia Juche do Brasil. O seminário é realizado em conjunto com a Revista Intertelas e com a Tribuna da Imprensa Sindical.

Para mais detalhes, confira o evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/340893316590928/

O evento contará com tradução simultânea em português.

Será realizada venda de livros sobre a Coreia do Norte na ocasião.

A entrada é gratuita e não é necessária pré-inscrição.

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Cartaz de divulgação (Créditos: Mariana Brittes/Revista Intertelas)

Vídeo de divulgação:

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Centro de Estudos da Política Songun – Brasil

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