O povo coreano comemora hoje, 24 de dezembro de 2017, o centenário de nascimento de Kim Jong Suk, a grande heroína anti-japonesa.
Kim Jong Suk dedicou toda sua vida à realização da causa revolucionária do Juche e foi uma importante figura histórica da Coreia, tendo importantíssimas contribuições para a Revolução. Ela foi guarda-costas do Presidente Kim Il Sung e acabou se tornando sua esposa, formando com ele uma família e mais tarde deu a luz a Kim Jong Il, originando a linhagem revolucionária coreana.
Kim Jong Suk nasceu em 24 de dezembro de 1917 no seio de uma família camponesa muito pobre no vilarejo de Osan Hill, em Hoeryong, província de Hamgyong do Norte, na Coreia. Sua família, apesar de muito pobre, era extremamente patriótica e revolucionária. Quando ainda era muito jovem, Kim Jong Suk ouvir falar da luta armada que estava começando a ser organizada por Kim Il Sung. Ela saiu de casa e ingressou no Exército Popular Revolucionário da Coreia, na década de 1930, quando do início da atividade guerrilheira contra os japoneses que, em 1910, haviam invadido e ocupado a Coreia, transformando-a em uma colônia.


Foi dentro do Exército Popular Revolucionário da Coreia que Kim Jong Suk conheceu de perto Kim Il Sung, futuro líder do país e fundador da República Popular Democrática da Coreia. Desde cedo, ela se encantou com os ideais revolucionários, socialistas e patrióticos de Kim Il Sung e devotou a ele uma nobre lealdade e adotou o espírito de defender o líder até a morte com sua fé inabalável na revolução. Kim Jong Suk então tornou-se guarda-costas pessoal de Kim Il Sung.

Defender a segurança de Kim Il Sung e assumir para si a responsabilidade de manter o cuidado da saúde e vida do líder foi a sua maior missão e seu dever mais importante. Por isso, em diversas ocasiões, Kim Jong Suk defendeu em situação de combate real a vida de Kim Il Sung, como nas batalhas de Hongqihe em março de 1940 e em Dashahe no início do verão de 1940, onde ela atuou até mesmo como um escudo humano contra as balas que atingiriam Kim Il Sung e acabaram atingindo ela mesma, que sobreviveu heroicamente.

Kim Jong Suk sempre atendeu aos pedidos da Revolução e cumpriu missões e obrigações extraordinárias. Atuou costurando numerosos uniformes para o Exército Popular em tempo recorde, também adentrando território ocupado e trazendo informações, além de comandar missões de sabotagem contra os inimigos japoneses.
Kim Jong Suk se tornou uma lenda na Coreia por conta de sua capacidade impressionante de atirar com extrema pontaria. Ela era capaz de acertar oficiais japoneses a centenas de metros e até mesmo em uma ocasião teria cortado um cabo de telefone com um tiro a muitos de metros de distância. Os soviéticos, que tiveram a oportunidade de lutar ao lado dela durante o ano de 1945, diziam que suas balas “tinham olhos”!

Kim Jong Suk esteve presente e atuante nas mais importantes batalhas travadas entre os revolucionários coreanos e os invasores japoneses, no âmbito da guerra de libertação nacional contra o jugo japonês para o estabelecimento de uma nação livre e socialista. Ela esteve na organização de importantes operações militares e sempre combateu as disputas fraccionistas dentro do movimento revolucionário, atuando como peça importante de coesão e unidade.
Ela foi corajosa ao adentrar escondida em território ocupado pelos japoneses e organizar grupos de estudos entre a classe trabalhadora e camponesa, inflamando neles o espírito nacional e anti-japonês. Na segunda metade dos anos 1930 e na primeira metade da década de 1940, ela, atuando em Taoquanli e Changbai, na China, e em áreas de Sinpo, Musan e outras áreas da parte norte e central da Coreia, procurou despertar a consciência de classe das massas revolucionárias, criado e fortalecendo a vasta rede de várias organizações revolucionárias anti-japonesas e grupos de partidos políticos. Desta forma, ela fez uma excelente contribuição para a implementação da linha de construção organizacional e partidária e a formação de uma frente nacional anti-japonesa unida, conforme delineado pelo grande líder Kim Il Sung.


Durante sua vida revolucionária ao lado de Kim Il Sung, ambos se apaixonaram. Do fruto desse amor, em 1942, aos pés do lendário Monte Paektusan, o acampamento secreto da Guerra Anti-Japonesa, nasceu Kim Jong Il, que seria o líder da nação futuramente. Desde a infância, Kim Jong Suk educou Kim Jong Il nos valores do patriotismo e da Revolução, ensinando-o a amar seu pai, o líder Kim Il Sung, e a seguir seus passos.



Kim Jong Suk foi uma incomparável figura do movimento feminino de libertação popular. Ela organizou inúmeras unidades de mulheres dentro do Exército Popular Revolucionário da Coreia e as ensinava a arte do tiro. Ela organizou também movimentos políticos femininos e de estudo revolucionário, mostrando que as mulheres eram parte vital da Revolução e que alcançariam um status diferente dentro da Pátria após a vitória do processo revolucionário, vivendo diferentemente de como as mulheres em outros países viviam.


Em 1945, a Coreia foi libertada pelo EPRC, graças à liderança de Kim Il Sung e Kim Jong Suk, que se imortalizaram como heróis anti-japoneses. Em 1946, graças também ao seu árduo trabalho, era assinada na Coreia a Lei de Igualdade de Sexos, que tirava a mulher coreana de uma situação de submissão antes existente na sociedade por milênios.
A partir de então, Kim Jong Suk se preocupou e se dedicou a consolidar as principais organizações do povo coreano, além de implementar as linhas de construção do Partido do Trabalho da Coreia, do Estado e das forças armadas.
Ela fez parte da comissão que escreveu a constituição da República Popular Democrática da Coreia em 1948, o que levou à fundação da República no mesmo ano, e também foi a grande arquiteta da modernização e inserção de táticas militares novas no renovado e oficializado Exército Popular da Coreia. Kim Jong Suk foi a pessoa mais corajosa a se apresentar para uma tarefa nova na época: saltar de um avião. Ela não hesitou e saltou do avião, o que lhe rendeu o status de primeira mulher paraquedista da Coreia.


Em 1949, faleceu prematuramente, sem poder ver seu heroico povo lutar com aguerrido espírito combativo contra os Estados Unidos e alcançar a vitória em 1953. Se estivesse viva, certamente Kim Jong Suk lutaria com grande vigor contra o imperialismo estadunidense, alcançando também grandes vitórias.
Kim Jong Suk é hoje uma das maiores revolucionárias da História e precisa ser lembrada. A envergadura de sua figura e seus feitos é tamanha que deve servir de mais alto exemplo para a luta mundial das mulheres que buscam libertar-se de milênios de opressão masculina. Ela é o símbolo da luta feminina pela libertação da classe operária e da luta anti-imperialista! Ela combateu até seu último segundo de vida o imperialismo, entrando para a História como uma figura que devotou sua trajetória à construção do socialismo e de um país livre e independente. Deve ser eternamente admirada por ser uma mulher que sempre deu especial atenção aos estudos revolucionários, ao amor ao povo e ao país e a construção do socialismo.
GLÓRIAS AOS 100 ANOS DA CAMARADA KIM JONG SUK!
GLÓRIAS À LUTA DAS MULHERES PROLETÁRIAS!
VIVA A REVOLUÇÃO COREANA!
(Baseado em informações de Naeanara.com.kp e Juche-songun.ru)
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Lucas Rubio
Presidente do Centro de Estudos da Política Songun – Brasil