O Partido do Trabalho da Coreia completa 74 anos!

O dia de hoje, 10 de outubro, marca o 74º aniversário de fundação do Partido do Trabalho da Coreia!

Em 10 de outubro de 1945, o camarada Kim Il Sung fundou o Comitê Central Organizador do Partido Comunista da Coreia, evento que é considerado o nascimento do Partido que hoje comanda a Revolução Coreana. Um ano depois, em 1946, o Partido Comunista da Coreia foi fundido com outros partidos e recebeu o nome que hoje conhecemos – o Partido do Trabalho da Coreia.

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O camarada Kim Il Sung fundou o Partido do Trabalho da Coreia. O cartaz diz: «Invencível coesão».

O Partido do Trabalho da Coreia é o posto avançado da Revolução, a grande vanguarda que leva adiante os ideais revolucionários da Ideia Juche.

Durante toda a História da Coreia Popular, o PTC desempenhou papel significativo e central junto ao povo.

Durante a Guerra de Libertação da Pátria de 1950-1953, quando a Coreia foi atacada pelos Estados Unidos da América, foi a capacidade organizativa exemplar e precisa do Partido que conseguiu aglutinar o povo coreano sob uma única bandeira e assim foi possível coordenar todo o país, que se levantou de uma só vez para defender a soberania e independência da Coreia.

Nos anos pós-Guerra, foi também o Partido do Trabalho da Coreia o maestro principal do processo de reconstrução econômica do país, processo esse que alcançou pleno sucesso ainda no início da década de 1960.

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O Partido do Trabalho da Coreia está construindo uma potência socialista na Coreia.

O Partido do Trabalho da Coreia é o partido das massas populares coreanas e suas fileiras estão preenchidas com os mais aguerridos revolucionários.

A bandeira vermelha do Partido tem no centro uma foice, um martelo e um pincel, representando os operários, camponeses e intelectuais, as três classes que governam o país.

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A foice, o martelo e o pincel – a bandeira do PTC.
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O Monumento à Fundação do Partido do Trabalho da Coreia, no centro de Pyongyang. (Foto: Lucas Rubio)

O PTC não é o partido único da República Popular Democrática da Coreia, ele opera junto a dois outros partidos – o Partido Social-Democrata e o Partido Chondoísta Chongu – em uma grande frente de construção do socialismo e que busca a reunificação pacífica da Coreia.

No mundo de hoje, o Partido do Trabalho da Coreia é um das maiores organizações de todo o planeta, tanto do ponto de vista numérico quanto do ponto de vista ideológico.

Enquanto vários partidos comunistas e socialistas do mundo, principalmente os de países socialistas e da ex-URSS, caíram para o revisionismo, o PTC seguiu sendo um partido com a linha correta e jamais vacilando na educação ideológica das suas fileiras e de toda a pátria coreana.

A prova final de que o PTC seguiu a linha mais justa e acertada é que vários países antes governados por outros partidos comunistas caíram e a Coreia Popular segue existindo como grande e promissora potência socialista.

O Partido do Trabalho da Coreia, que teve em suas fileiras e postos de comandos grandes pessoas como os camaradas Kim Il Sung e Kim Jong Il, é motivo de grande orgulho e admiração para todos os revolucionários do mundo e hoje, tendo o Kimilsunguismo-Kimjongilismo como seu norte orientador, segue escrevendo infinitas páginas de vitórias atrás de vitórias sob o comando do Presidente Kim Jong Un.

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O Partido do Trabalho da Coreia é o partido dos Líderes Kim Il Sung e Kim Jong Il
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O Máximo Dirigente Kim Jong Un é o atual Presidente do Partido.

Viva os 74 anos de fundação do Partido do Trabalho da Coreia!
Viva a Revolução Coreana!

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Lucas Rubio
Presidente do Centro de Estudos da Política Songun – Brasil

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Sobre os 3 anos do Centro de Estudos da Política Songun – Brasil

Outubro é um mês muito especial para nós. Comemoramos no dia 6 desse mês o estabelecimento do Centro de Estudos da Política Songun do Brasil. Enquanto o dia 6 de outubro marca a data formal da fundação de nosso grupo, o dia 7 marca o lançamento da nossa página no Facebook, um dos nossos principais meios de comunicação.

Nossa primeira reunião presencial ocorreu no dia 16 de fevereiro de 2017, data em que marcamos os 75 anos de nascimento do General Kim Jong Il e iniciamos de fato as nossas atividades. Nesse importante evento, realizado na UERJ, nós contamos com a presença de amigos e camaradas muito caros para nós e que até hoje nos auxiliam muito com nosso trabalho, como o Centro de Estudos da Ideia Juche – Brasil e a Associação da Amizade Brasil-Coreia, comandada pela camarada Rosanita Campos.

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Nosso primeiro encontro: fevereiro de 2017.

Foi também muito simbólico no nosso início de atividades a gentil carta que recebemos do camarada Dr. Dermot Hudson da Inglaterra, presidente de vários grupos daquele país que estuda há anos a Coreia e que na época foi a primeira organização internacional a congratular a formação de um grupo no Brasil para o estudo da Política Songun. Em julho desse ano de 2019 tivemos a chance de realizar um histórico encontro com o camarada Dermot Hudson em um dos maiores eventos que já organizamos.

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O camarada Dermot Hudson durante sua visita ao Brasil e participação em um evento do CEPS-BR junto do camarada Lucas Rubio.

Nesses 3 anos que se passaram, nosso Centro de Estudos passou de ideias para realizações. Temos feito, desde então, inúmeras atividades em diversas partes do Brasil e do mundo em uma incansável marcha não apenas para estudar a República Popular Democrática da Coreia mas também para provocar a reflexão entre as pessoas de que o caminho do socialismo é o caminho a ser seguido pelos povos do mundo que desejam viver livres e felizes.

Durante nossa existência, realizamos seminários, palestras, aulas, videoconferências, participamos de entrevistas, escrevemos livros, realizamos atos de apoio e de protesto e muitas outras formas mais de divulgação da Ideia Juche e Ideia Songun.

Talvez um dos pontos mais altos nesses 3 anos do nosso Centro de Estudos foi a visita de 10 dias que realizamos em setembro de 2018 à República Popular Democrática da Coreia à convite da Associação Coreana de Cientistas Sociais para as comemorações pelos 70 anos de fundação da República. O CEPS-BR esteve presente na minha figura.

 

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Lucas Rubio diante das estátuas dos líderes Kim Il Sung e Kim Jong Il na Colina Mansu, Pyongyang, República Popular Democrática da Coreia.

É valioso o trabalho dos demais camaradas do nosso Centro de Estudos que atuam em outros estados brasileiros, como os companheiros Gabriel Tanan e Fabio Khachaturian, em São Paulo.

Em três anos, no Brasil, estivemos participando de atividades no Rio de Janeiro, onde nos concentramos, mas também estivemos em São Paulo, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e futuramente pretendemos estar em muitos outros lugares do nosso país, conhecendo nossa gente, nossas necessidades e levando a cada rincão a experiência da Revolução Coreana como inspiração para nossa própria Revolução. Além desses lugares, estivemos também presentes durante o Seminário Latino-Americano da Ideia Juche, realizado na Venezuela, em outubro de 2018, onde pudemos não só presenciar como também fundar ativamente o Movimento Juvenil por uma América Latina Independente, no qual estamos com nossos trabalhos atrelados.

Reunindo tudo que produzimos nesses três anos, temos a certeza de que nosso trabalho está sendo realizado com grande responsabilidade, carinho e afinco. São milhares de artigos na internet, além de inúmeros materiais audiovisuais e vidas atravessadas pelos eventos que fizemos e ainda faremos.

De grande peso e inestimável também foi e é o apoio que recebemos dos simpáticos camaradas da Embaixada da RPDC no Brasil, que nos munem com informações, livros e apoio moral. Descobrimos ali verdadeiros irmãos trabalhadores que nada querem além de defender seu país e ajudar na construção de um mundo novo e livre. Com eles também realizamos e participamos de seminários e apresentações que marcaram todos os envolvidos.

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O camarada Lucas Rubio, Presidente do CEPS-BR, o camarada Fabio Khachaturian, vice-presidente do CEPS-BR e os companheiros da Embaixada da RPDC.
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Evento realizado no Rio de Janeiro com os camaradas Embaixador da RPDC no Brasil, Kim Chol Hak, e Myong Chol, Conselheiro Político da Embaixada da RPDC no Brasil.

Nosso agradecimento também deve ir aos camaradas da Liga Latino-Americana dos Irredentos, que deram suporte e sediaram alguns dos eventos mais simbólicos que o CEPS-BR já realizou. Como grupo político de construção do socialismo ao estilo latino-americano, os camaradas dos Irredentos nos deram um importante espaço para falar sobre a Coreia Popular e sua revolução anti-imperialista e socialista.

Incomparável também foi o apoio que temos dos companheiros da Tribuna da Imprensa Livre, que desde nossos primeiros momentos estão presentes em nossos eventos e que também cederam valioso espaço em suas mídias para nossos artigos e atividades.

Também nosso muito obrigado para a TV Comunitária do Rio de Janeiro, que algumas vezes realizou entrevistas para a TV conosco, levando a um grande número de pessoas informações que a TV geralmente não diz sobre a Coreia do Norte.

O apoio e ajuda da Revista Intertelas e do companheiro João Cláudio Pitillo também são dignos de nota.

Estendemos também nossos agradecimentos aos companheiros das Edições Nova Cultura, da Juche TV, do Movimento Nova Pátria e também a Associação Cultural José Martí do Rio de Janeiro por apoio em diversos momentos.

Nada disso teria sido possível, é claro, sem a recepção e ajuda impressionante que recebemos do público e de diversas outras organizações e páginas que não só nos apoiam moralmente como também divulgam nosso trabalho, nos convidam para produzir novas coisas e contribuem de maneira inestimável nesse caminho.

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Estamos construindo, no Brasil, uma poderosa aliança de amizade entre o povo brasileiro e o povo coreano. Na foto, recente evento realizado em São Paulo.
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A amizade internacionalista com a Coreia tem conquistado vários estados brasileiros. Na foto, nós no Mato Grosso do Sul durante evento realizado com o apoio do PSOL-MS e entidades de luta.

Por cada lugar que tivemos, recebemos calorosas boas-vindas das pessoas que se interessam muito pelo tema ou até mesmo que possuem uma visão muito negativa sobre a Coreia Popular mas que, após ouvir um pouco do que temos a dizer, sempre retornam contando que estão refletindo e mudando sua opinião. Na internet, não só brasileiros como também camaradas de outros países do mundo saúdam nossos esforços e constroem conosco uma grande rede de informações e apoio à justa causa revolucionária da Coreia.

Nosso trabalho só é possível graças a vocês que estão desse lado nos lendo, nos ouvindo, nos apoiando. A vocês, nossos sinceros agradecimentos!

Desejo a todos que estão conosco boas realizações e desejo ao nosso tão caro Centro de Estudos da Política Songun do Brasil muitos anos mais de existência e de feitos ainda maiores e mais marcantes.

Viva o Centro de Estudos da Política Songun do Brasil!
Viva a Revolução Coreana!
Viva a Revolução Brasileira!

Lucas Rubio

Presidente do Centro de Estudos da Política Songun – Brasil

70 anos sem a camarada KIM JONG SUK

Há exatamente 70 anos, em 22 de setembro de 1949, falecia Kim Jong Suk, conhecida como a ‘Mãe da Coreia’.

A camarada Kim Jong Suk foi uma heroína coreana e vitoriosa guerreira comunista anti-imperialista.

Nascida na Coreia em 1917, ela foi esposa do Presidente Kim Il Sung e tomou parte da Guerrilha Anti-Japonesa, conduzida pelos revolucionários coreanos que lutavam contra a ocupação japonesa na Coreia. Durante duas décadas, a camarada Kim Jong Suk serviu ao Exército Popular Revolucionário da Coreia como uma das mais altas revolucionárias do país.

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Destacada líder militar guerrilheira
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Corajosa e intrépida revolucionária

Foi criadora de táticas militares de guerrilha que levaram o povo coreano à expulsão do Japão. Foi ela o grande exemplo feminino que atraiu as melhores meninas e moças da Coreia para a luta armada contra o colonialismo e pela construção do socialismo.

Sua coragem e bravura se traduzem em seus feitos históricos de audaciosas ações de assalto contra as tropas japonesas. Ela também era guarda-costas do Presidente Kim Il Sung e já foi ferida em batalha defendendo a vida do Presidente.

Kim Jong Suk foi a primeira pessoa da Coreia a saltar de paraquedas: quando quase ninguém tinha coragem de realizar tal ato, ainda pouco difundido naquela época e lugar, foi ela que tomou a iniciativa e inaugurou a modalidade de luta no seu país.

Foi uma das figuras políticas presentes quando da assinatura da Lei de Igualdade Entre Homens e Mulheres da Coreia.

Após a libertação da Coreia e a fundação da República Popular Democrática da Coreia, Kim Jong Suk tomou parte central na construção socialista, com contribuições inestimáveis na formação da constituição da RPDC e de seus sistemas de educação. Foi uma das grandes orientadoras da formalização do Exército Popular da Coreia como forças armadas nacionais.

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Com o Presidente Kim Il Sung e o Dirigente Kim Jong Il (ainda criança) em 1948.
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Ao lado do Presidente Kim Il Sung, a camarada Kim Jong Suk foi uma grande estrategista da defesa nacional

Vivendo toda sua vida ao lado do povo, ao lado do Líder Kim Il Sung e servindo sempre à causa nacional de libertação e ao socialismo, a camarada Kim Jong Suk é exemplo de luta revolucionária feminina.

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A família revolucionária do Monte Paektu: a camarada Kim Jong Suk junto aos camaradas Kim Il Sung e Kim Jong Il.

Faleceu ainda muito jovem em 1949, mas sua vida revolucionária é até hoje exaltada como grande exemplo em toda a Coreia. Ela teve um filho chamado Kim Jong Il, que se tornaria anos depois outro grande Líder e herói revolucionário da Coreia.

CAMARADA KIM JONG SUK, PRESENTE!
MEMÓRIA ETERNA.

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Lucas Rubio
Presidente do Centro de Estudos da Política Songun – Brasil

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71 anos da fundação da RPDC

Há exatamente 71 anos se fundava a República Popular Democrática da Coreia, a Coreia do Norte.

A fundação do país ocorreu com a proclamação, pelo Presidente Kim Il Sung, da fundação de um Estado socialista em resposta a fundação de um Estado capitalista no sul da Coreia, influenciado e gerenciado diretamente pelos Estados Unidos. A consolidação da divisão nacional, iniciada em 1945, se deu com a fundação dos dois Estados, sendo a RPDC o único Estado legitimamente coreano e nacional.

Apenas dois anos depois da fundação da RPDC, em 1950, eclode a Guerra da Coreia – ou Guerra de Libertação da Pátria, como é conhecida no Norte – a guerra que buscou reagir às provocações americanas e expulsar os imperialistas americanos do Sul do país, construindo o socialismo em toda a Península unificada. 3 anos depois, em 1953, os EUA e a RPDC assinaram um armistício, num histórico momento em que os EUA não conseguiram completar seu plano de aniquilar o governo socialista do Norte.

Durante as décadas de 1960, 1970 e 1980, a RPDC se concentrou em desenvolver a sociedade, industrializando o país, criando sistemas nacionais de saúde e educação gratuitos e universais e aprofundando a Revolução.

Nos anos 1990, o país passou por grandes problemas econômicos e pressões estrangeiras, sendo cercado por um bloqueio sem precedentes. A Coreia então passou a recorrer à via das armas para reforçar sua posição anti-imperialista e defender sua soberania. O General Kim Jong Il governou o país nos momentos mais difíceis e transpassou o milênio mantendo o caráter popular e revolucionário da Coreia.

Hoje em dia, a RPDC se mantém como um país socialista, sob a direção do Marechal Kim Jong Un, sem desabrigados, desempregados, pessoas sem hospital ou escola e com índices econômicos e planos nacionais que buscam fazer da Coreia um país mais próspero e feliz.

São 71 anos de resistência ao imperialismo e de construção de uma nova via para a Humanidade.

VIVA OS 71 ANOS DA FUNDAÇÃO DA REPÚBLICA POPULAR DEMOCRÁTICA DA COREIA!

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Centro de Estudos da Política Songun – Brasil

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59 anos de Revolução Songun

O dia 25 de agosto marca o início da liderança revolucionária da Coreia baseada no Songun. Nessa data, em 1960, o Dirigente Kim Jong Il realizou sua famosa visita a 105ª Divisão de Tanques “Seul” do Corpo de Guardas Ryu Kyong Su em companhia do Presidente Kim Il Sung. Essa visita de campo é considerada na Coreia como o início de sua direção sobre a Revolução baseando-se no Songun, dando importância aos aspectos militares.

Nesse dia, o Dirigente Kim Jong Il esteve com inúmeros soldados e oficiais da 105ª Divisão de Tanques e pôde ver, em uma das suas primeiras atividades políticas, como viviam os militares do país, vivendo entre eles por alguns instantes em seus lugares de convívio e treinamento.

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Presidente Kim Il Sung e Dirigente Kim Jong Il durante uma orientação de campo a uma unidade militar em 1963.

Depois de dar instruções sobre o fortalecimento da eficiência de combate da unidade, ele viu, em uma das salas dos militares, uma placa com um slogan que dizia «Vamos defender com nossas vidas o Comitê Central do Partido chefiado pelo respeitado camarada Kim Il Sung!». O slogan havia sido criado pelos técnicos militares da unidade e conclamava os soldados a defenderem com toda determinação e energia, ao custo de suas próprias vidas, a Liderança e a Revolução.

Desde aquele momento, Kim Jong Il se viu inspirado e percebeu a gigantesca importância da classe militar para a construção e proteção da Revolução Socialista na Coreia. A partir daquele dia, o General Kim Jong Il fez inúmeras visitas a unidades militares e começou a dar grande importância aos assuntos do Exército. Era o início da Revolução Songun, fundada num espírito profundamente anti-imperialista, socialista e patriótico.

No final ainda da década de 1960, o Dirigente Kim Jong Il começou seus trabalhos no Comitê Central do Partido do Trabalho da Coreia e foi nos anos 1990, quando a Coreia se viu em uma das suas piores crises, que a Política Songun começou a ser plenamente praticada. “Songun” significa “linha militar” ou “militares primeiro” e coloca sobre o Exército Popular da Coreia a responsabilidade de levar adiante a todo custo a Revolução e salvaguardar o socialismo ao estilo coreano. Para isso, o Exército passou a ser modernizado e equipado com grande quantidade de armamentos poderosos construídos com as mentes e materiais da própria Coreia, sob a bandeira da auto-suficiência.

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O General Kim Jong Il percorreu muitas dezenas de milhares de quilômetros na Coreia, sob sol, chuva, neve e vento, visitando postos avançados, unidades de treinamento, fábricas de armamentos e realizando testes militares que elevaram o Exército Popular da Coreia a uma das forças militares mais fortes e formidáveis da Terra, estando hoje na posição de 4º maior exército do mundo.

A Revolução Songun, delineada e posta em prática pelo destacado líder Kim Jong Il, busca manter na essência da Revolução Coreana as memórias e lutas dos primeiros dias da Revolução, quando o General Kim Il Sung fundou o primeiro exército revolucionário da Coreia, na década de 1920, e operou a guerrilha que libertou o país da ocupação estrangeira.

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A liderança revolucionária baseada no Songun salvou a Coreia em momentos de grande hostilidade militar externa causada pelos imperialistas dos Estados Unidos, que se mantém há mais de 70 anos na posição de ocupante de metade da Coreia, e também aprofundou ainda mais a construção socialista e a defesa do Juche.

Hoje em dia o Songun segue a pleno vapor na Coreia baixo a direção do Marechal Kim Jong Un, que continuou o comando da Revolução salvaguardando a soberania da Coreia.

GLÓRIAS À REVOLUÇÃO SONGUN!

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Lucas Rubio
Presidente do Centro de Estudos da Política Songun do Brasil

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Balanço histórico da Guerra da Coreia – por Dermot Hudson

Em 11 de julho de 2019, o Centro de Estudos da Política Songun do Brasil, em conjunto com o Centro de Estudos da Ideia Juche – Brasil e com a Associação de Amizade com a Coreia do Reino Unido, realizou, na UERJ, um importante seminário com a presença do Dr. Dermot Hudson da Inglaterra. O evento, chamado «Guerra da Coreia: revisitando a “guerra esquecida”», reuniu muitas pessoas em um dia histórico para o Rio de Janeiro e para o Brasil em que foi possível entender profundamente mais detalhes sobre a Guerra da Coreia de 1950-1953 que possui pouco ou nenhum livro ou bibliografia em português sobre.

Você pode ler o informe completo do evento AQUI.

O Centro de Estudos da Política Songun do Brasil publica agora na íntegra o discurso do Dr. Dermot Hudson. O discurso foi traduzido por Alessandra Brittes, da Revista Intertelas.

Confira:

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Discurso para o Seminário Guerra da Coreia: revisitando a “guerra esquecida”

Dr. Dermot Hudson*

Tradução: Alessandra Brittes (Revista Intertelas)

Rio de Janeiro, 11 de julho de 2019

Obrigado por me convidar para falar no seu seminário. É uma grande honra estar aqui com os camaradas e amigos do Centro de Estudos da Política Songun do Brasil e uma grande honra estar na Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Hoje vou falar sobre a Guerra da Coreia ou, como é chamada na Coreia Popular, a Guerra de Libertação da Pátria. Em 16 dias, farão 66 anos desde que o general norte-americano Mark Clark assinou o Acordo de Armistício Coreano e cansadamente declarou: “Ao executar as instruções de meu governo, ganhei a distinção nada invejável de ser o primeiro comandante dos Estados Unidos na História a assinar um armistício sem vitória”. O propósito da minha fala neste seminário é responder duas ideias falsas sobre a Guerra de Libertação da Pátria. A primeira e maior que está contida nos livros de História e repetida inúmeras vezes é que a Coreia do Norte foi responsável pela eclosão da guerra. A segunda é que a guerra não foi uma derrota para os EUA. É claro que existem outros mitos e mal-entendidos, alguns que adoram grandes países menosprezam os esforços autossuficientes do povo coreano, liderados pelo Grande Generalíssimo Kim Il Sung e atribuem a vitória da RPDC a outros países. No entanto, hoje vou me concentrar nos dois grandes mitos.

Eu acho que é relevante começar apontando que a Coreia é um país e não dois. Antes de 1945, não havia Coreia do Norte ou do Sul. A Coreia, desde os tempos antigos, era uma nação e um povo. Em 1945, um coronel americano, um Dean Rusk, que mais tarde tornou-se uma figura importante na política dos EUA, traçou uma linha com uma régua e um lápis em um mapa da Coreia, no Paralelo 38, desconsiderando fronteiras naturais como rios e condados e províncias. As tropas dos EUA invadiram a Coreia do Sul no dia 8 de setembro de 1945 e criaram um Estado fantoche. Assim, a Coreia, uma nação pacífica, unida e homogênea, foi dividida pelas ações dos imperialistas ianques. É claro que é impossível invadir o seu próprio país. No entanto, a questão de quem provocou a Guerra da Coreia é uma questão chave, pois ainda é usada para demonizar a Coreia do Norte e foi invocada como pretexto para os EUA lançarem uma das guerras mais bárbaras da História. Uma guerra em que os EUA mataram 4,2 milhões de coreanos.

Os imperialistas norte-americanos, líderes do imperialismo mundial e dos reacionários internacionais, provocaram uma guerra na Coreia no dia 25 de junho de 1950, instigando seus fantoches sul-coreanos a atacar a jovem República Popular Democrática da Coreia. Os imperialistas dos EUA estavam famintos por lucros e conquistas. Os imperialistas dos EUA travaram uma guerra injusta e agressiva contra o povo coreano. Os imperialistas dos EUA lançaram uma guerra de conquista contra a Coreia do Norte, uma guerra para destruir o sistema democrático popular baseado no ideal Juche na RPDC, bem como para destruir o socialismo na Ásia e no mundo.

Os EUA há muito cobiçavam a Coreia. No século 19, eles enviaram várias expedições à Coreia. Em 1866, o “General Sherman” dos EUA navegou o Rio Taedong acima, em direção a Pyongyang, mas foi destruído devido à luta do povo local liderado por Kim Ung U (bisavô do Presidente Kim Il Sung). Eles enviaram outros exploradores para a Coreia e cometeram saques.

Os EUA concluíram o chamado “Tratado Coreano dos EUA” com o governo feudal coreano em 1882. Os EUA apreenderam as minas de ouro na Coreia. Embora, no início do século 20, a Coreia se tornasse uma colônia japonesa, os ianques detinham as concessões de mineração de ouro no país. Os EUA eram, na verdade, contra a independência da Coreia. Durante as negociações em Teerã, Yalta e Potsdam, entre as três grandes potências, os EUA propuseram que a Coreia fosse colocada sob “tutela” por 40 anos. A tutela seria essencialmente apenas outra forma de colonialismo.

Depois que a Coreia foi libertada, em 1945, as tropas dos EUA ocuparam a Coreia do Sul no dia 8 de setembro, quase três semanas após o Japão ter sido derrotado em 15 de agosto. Inicialmente eles governaram através de uma administração militar direta e depois através do regime fantoche de Syngham Rhee. Rhee era um déspota fascista, corrupto e odiado pelo povo sul-coreano. Rhee foi desacreditado por ter desviado fundos do movimento de independência coreano na década de 1920. Rhee era fanaticamente anticomunista. Eis o que um escritor americano disse sobre Syngham Rhee: “ele é dois séculos antes do fascismo – um verdadeiro Bourbon.”

Os EUA tomaram a terra na Coreia do Sul que pertencia aos japoneses e se tornou o maior senhorio do sul da Coreia. Na Coreia do Sul, os Comitês Populares foram dissolvidos pelas tropas de ocupação dos EUA, o Partido Comunista foi banido. Esquerdistas e patriotas foram brutalmente reprimidos. As tropas de Rhee, juntamente com as tropas dos EUA, reprimiram revoltas na Ilha de Jeju, matando pelo menos 30.000 pessoas, e o motim do exército em Ryosu.

A República Popular Democrática da Coreia foi fundada em 9 de setembro de 1948. Os EUA consideravam-na como um espinho, um incômodo em seu lado, desde o início. Os EUA não queriam um regime socialista no norte da Coreia. Além disso, a Península Coreana tinha uma posição estratégica e era a cabeça de ponte no nordeste da Ásia e, de fato, todo o continente asiático. Ao conquistar a RPDC, os EUA teriam tropas na fronteira da República Popular da China e da URSS. A existência da Coreia do Norte bloqueou o trampolim dos EUA no nordeste da Ásia. A vitória da Revolução Chinesa deu um novo ímpeto aos EUA para se moverem militarmente contra a Coreia do Norte.

Naqueles dias, ao invés de se referir à “contenção” do comunismo, os EUA falaram sobre a “reversão” do comunismo. John Foster Dulles, Secretário de Estado dos EUA, era um conhecido arquiteto dessa política. Dulles tinha ganho muito dinheiro por meio de negócios com o Partido Nazista alemão nos anos 1930. Dulles escreveu um livro chamado “Guerra ou Paz”, defendendo a “libertação” dos países socialistas. Ele disse: “devemos deixar claro (…) na Europa Oriental e na Ásia, que não aceitamos o status quo (…) e a eventual libertação é um elemento essencial e duradouro, parte da nossa política externa”. Em outras palavras, os objetivos dos EUA eram esmagar o socialismo por meio da força, seja força militar direta, ou outros tipos de força.

Internamente, os EUA baniram o Partido Comunista e desencadearam uma onda de histeria anticomunista conhecida como Macarthismo, na qual até mesmo liberais não comunistas foram perseguidos.

As opiniões dissidentes foram esmagadas com as pessoas sendo expulsas de empregos, difamadas na mídia e, em alguns casos, presas (no exemplo mais extremo, Ethel e Julius Rosenberg, dois comunistas americanos, foram executados com acusações forjadas de espionagem).

Os EUA embarcaram em um programa de aumento do gasto militar. Externamente, tornou-se muito expansionista, estabelecendo bases militares em todo o mundo, inclusive na Coreia do Sul.

A RPDC, uma democracia jovem no Extremo Oriente, era vista pelos formuladores de políticas dos EUA como o principal campo de testes para a “reversão”. Os imperialistas dos EUA teriam melhores chances de ganhar uma guerra física contra o mundo socialista na Ásia do que tentar travar uma guerra na Europa contra a União Soviética. Pois, na Europa, os soviéticos tinham uma zona de amortecimento entre eles e os EUA e seus aliados. Se os EUA e a OTAN destruíssem militarmente a Alemanha Oriental, ainda assim teriam que invadir a Polônia antes que pudessem colocar tropas na fronteira da URSS, mas invadindo a RPDC poderiam ter tropas nas fronteiras da União Soviética de uma só vez. Tal perspectiva deve ter sido muito tentadora para os maníacos da guerra dos EUA.

Os imperialistas norte-americanos que decidiram tomar a República Popular Democrática da Coreia como o primeiro alvo de ataque para realizar o sonho selvagem da dominação mundial, após a ocupação ilegal da Coreia do Sul, elaboraram um plano para a guerra na Coreia e fizeram todos os preparativos para ela. Eles armaram desesperadamente o exército de marionetes sul-coreano com meios de guerra modernos e elevaram suas capacidades de guerra para usá-las como a força de choque na guerra de agressão contra a RPDC.

De acordo com um documento oficial divulgado pelo Congresso dos EUA, eles entregaram mais de 145.000 rifles, cerca de 2.000 metralhadoras e submetralhadoras, mais de 2.000 peças de vários calibres, 4.900 veículos ímpares, 79 navios de guerra e outros somente para o exército fantoche sul-coreano em 1949. É notável que a marinha marionete sul-coreana foi amplamente expandida.

O número de tropas fantoches sul-coreanas que estavam armadas com tais equipamentos e meios de guerra e treinados da maneira americana chegou a mais de 100.000 em setembro de 1949. As tropas fantoches sul-coreanas eram controladas pelos EUA através do “Grupo Consultivo Militar Americano” na Coreia do Sul. Em 26 de janeiro de 1950, os EUA concluíram o Tratado de Defesa Mútua EUA-Coreia do Sul. Em 14 de abril de 1950, uma diretiva secreta do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, a NSC 68, autorizou o início da Guerra da Coreia.

Os imperialistas dos EUA posicionaram a maior parte do exército de marionetes sul-coreano no front, ao longo do Paralelo 38, e incessantemente perpetraram provocações armadas contra a Coreia do Norte. Em 1949, o exército fantoche sul-coreano invadiu áreas da RPDC, como o Monte Songak, o Monte Unpha e outras áreas, causando muitos danos e vítimas. A RPDC foi atacada em um total de 2.617 vezes. Os EUA e a Coreia do Sul construíram ou expandiram bases aéreas, portos, estradas e outros na Coreia do Sul de uma forma extensiva. Ao mesmo tempo, elaboraram um plano predeterminado para ocultar a agressão armada, após a eclosão da Guerra da Coreia, em uma tentativa de transferir a responsabilidade pela provocação à guerra para RPDC.

O Secretário de Estado dos EUA, John Foster Dulles, o principal defensor e autor da estratégia anticomunista “Reversão” dos EUA, visitou a Coreia do Sul em junho de 1950, poucos dias antes do início da guerra. Sua visita não pode ter sido uma coincidência. Isso é reforçado pelo fato de que Dulles chegou a visitar as áreas da linha de frente. Dulles encontrou-se com o desacreditado governante fantoche sul-coreano Syngham Rhee. Rhee falou várias vezes publicamente sobre “marchar para o norte” e reunificar a Coreia. Dulles levou o ministro da defesa sul-coreano consigo para inspecionar o Paralelo 38. Isso foi 6 dias antes do início da guerra. Dulles disse ao exército de marionetes sul-coreanos: “nenhum inimigo forte, qualquer que seja, poderia opor-se a vocês. Mas, espero que se esforcem cada vez mais, porque não está tão longe o dia que terão de mostrar o seu poder, a sua força para o seu próprio bem”.

Dirigindo-se a “Assembleia Nacional” marionete sul-coreana ele disse: “Vocês não estão sozinhos. Vocês nunca estarão sozinhos enquanto continuarem desempenhando dignamente a parte de vocês no grande projeto pela liberdade dos seres humanos”. O que isso significou? Foi basicamente a luz verde para as marionetes sul-coreanas inflamarem a Guerra de Libertação da Pátria. Depois de visitar a Coreia do Sul, Dulles parou em Tóquio e se reuniu com o General Bradley e o General Douglas McArthur, bem como o Secretário de Defesa dos EUA Johnson. Mais uma vez esta reunião não pode ter sido uma coincidência. No dia 22 de junho, Dulles declarou, de maneira um tanto codificada e enigmática: “os Estados Unidos em breve tomarão algumas medidas positivas”. Era evidente que a reunião era para finalizar a provocação da Guerra da Coreia.

Um livro de especialistas ex-soviéticos e de um ex-comandante da RPDC, chamado “Ecos da Guerra da Coreia”, aponta que em 1950, o exército de marionetes sul-coreano tinha 95.000 soldados, a maioria dos quais foram posicionados ao longo do Paralelo 38, ou próximo a ele, enquanto a Coreia do Norte tinha cerca de 74.000 tropas. Alguns números, na realidade, ampliaram o tamanho do exército fantoche de Syngham Rhee para 150.000 tropas. Isso significaria que eles superavam em número do Exército Popular da Coreia (EPC) em 2 para 1. A população da Coreia do Sul era quase o dobro da RPDC, então teria sido difícil para a Coreia do Norte “invadir” o sul. A população dos EUA era quase 20 vezes maior do que a da RPDC e o seu território é muitas vezes superior à da RPDC. Os EUA saíram vitoriosos na Segunda Guerra Mundial e venceram muitas guerras.

A RPDC era um país jovem que acabara de criar forças armadas regulares e construir fábricas de munições. A RPDC escolheria assumir o poder do “Grande Império Americano”? A resposta é não. Também é inconcebível que a União Soviética, que havia perdido 20 milhões de pessoas durante a Segunda Guerra Mundial, e a recém-fundada República Popular da China optassem por apoiar uma guerra da RPDC.

O próprio McArthur disse que na época da eclosão da Guerra da Coreia a RPDC não havia mobilizado completamente seu exército. O relatório do comando de McArthur no dia 30 de julho de 1950 afirma que apenas 6 divisões do EPC foram mobilizadas no dia em que a guerra estourou. Outras fontes como o Capitão do Exército Britânico Julian Tunstall apontaram que “em 25 de junho o exército de Rhee tinha seis divisões totalmente equipadas logo abaixo ou bem perto do Paralelo 38… Até agora, pode-se julgar que o EPC tinha duas divisões de força de combate a menos no Paralelo 38 ou próximo dele”.

Outras fontes, como a CIA e os serviços de inteligência sul-coreanos, afirmam que não havia provas, antes de 25 de junho de 1950, de que a Coreia do Norte tivesse preparado forças para um ataque no sul. Ri Song Ga, ex-comandante da 8ª Divisão do exército de marionetes sul-coreanos, afirmou que “nós tivemos que ir para a batalha no amanhecer de 25 de junho”. No dia 23 de junho, forças sul-coreanas de marionetes iniciaram um bombardeio de artilharia nas áreas ao norte do Paralelo 38. No início da manhã de 25 de junho, as forças sul-coreanas, sob o comando do Grupo Consultivo Militar Americano, iniciaram o ataque à Coreia do Norte. O 17° Regimento do exército de marionetes sul-coreano avançou em Taetan e Pyoksong e a 1ª Infantaria atacou na área de Kaesong. Eles avançaram 12 km no território da RPDC. A Coreia do Norte exigiu que parassem de uma vez, mas foi ignorada, então a República Popular Democrática da Coreia lançou uma contraofensiva. Deve-se notar que a Coreia do Norte só lançou a contraofensiva após advertir a Coreia do Sul para suspender seu ataque.

O “New York Tribune” de 26 de junho de 1950 informou que “as tropas sul-coreanas atravessaram o Paralelo 38, que forma a fronteira, para capturar a cidade industrial de Haeju, ao norte da linha”. A própria rádio sul-coreana informou que suas tropas capturaram Haeju. Claramente, teria sido impossível aos sul-coreanos capturá-la, a menos que tivessem atacado primeiro. O conhecido jornalista norte-americano John Gunther escreveu em seu livro, “Riddle of McArthur”, que um oficial da equipe de funcionários dos EUA em Tóquio no dia 25 de junho foi chamado ao telefone e voltou e sussurrou: “uma grande história acabou de ser publicada. Os sul-coreanos atacaram a Coreia do Norte”.

Cerca de 650 mulheres e crianças dos EUA foram evacuadas pelo navio norueguês Reinford às 3h da manhã. As fontes americanas descrevem que a guerra teria começado às 6h da manhã, então como os EUA saberiam com antecedência para planejar a evacuação de seus cidadãos? O próprio Choe Dok Sin, ex-comandante do Exército Sul-coreano, Ministro das Eelações Exteriores Sul-coreano e Embaixador Sul-coreano na ONU, afirmou que viu a ordem secreta de Syngham Rhee (ditador-fantoche sul-coreano) para começar a guerra. Os EUA exigiram uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU. Este foi realizado sem a presença da União Soviética, nem da República Popular da China, que, naquele período, foi mantida fora de seu assento legítimo. Ninguém da RPDC foi autorizado a apresentar o seu caso perante o Conselho. Em vez disso, o Conselho de Segurança publicou uma resolução culpando a Coreia do Norte por iniciar a guerra e autorizou o uso da força de nações membros da ONU. Efetivamente, o Conselho de Segurança da ONU era apenas um tribunal canguru para o imperialismo dos EUA. Basicamente, era uma justificativa legal para os Estados Unidos envolverem vários outros Estados em guerra. A resolução em si era realmente contrária à carta da ONU que estipula que a organização não poderia intervir nos assuntos internos de nações soberanas; no caso da Península Coreana, havia dois governos estabelecidos, então qualquer conflito não era um conflito entre diferentes nações, mas essencialmente uma guerra civil entre governos rivais, de modo que a ONU estava intervindo a favor de um lado.

A prova apresentada para culpar a Coreia do Norte foi simplesmente um telegrama do embaixador dos EUA em Seul, John S. Muccio. Este telegrama é um documento muito subjetivo e incompleto que se refere a “relatórios”, e etc. Como embaixador dos EUA na Coreia do Sul e o embaixador do principal beligerante na Guerra da Coreia, Muccio dificilmente poderia ter sido uma testemunha objetiva e imparcial! Mais ao ponto, ele não estava no Paralelo 38 naquele dia, portanto, sua assim chamada “informação” nada mais era do que reivindicações recicladas dos sul-coreanos e militares dos EUA. Na verdade, acredita-se que o “telegrama” de Muccio foi preparado com antecedência e devidamente usado como evidência.

No entanto, outro indício de quem deu início à Guerra da Coreia foi o fato de os EUA admitirem que sua “resolução da ONU” havia sido preparada antecipadamente. O Secretário de Estado adjunto John D. Hickerson disse: “nós tínhamos o esqueleto de uma resolução, mas feita de uma forma bastante preliminar”. Como os diplomatas norte-americanos saberiam que uma guerra começaria na Coreia e preparariam uma resolução? Além disso, a velocidade com que a ONU, que se deslocava lenta, morosa e burocraticamente, rapidamente agiu para convocar uma reunião e levar a resolução adiante é algo bastante surpreendente, especialmente quando se considera que estavam na era anterior à internet, e-mail e Skype. Normalmente, pode levar dias, semanas e até meses para obter uma resolução por meio do Conselho de Segurança da ONU. Em uma audiência do Congresso, os EUA admitiram que suas forças armadas entraram em ação antes que a resolução fosse aprovada.

Os EUA lançaram grandes contingentes de forças armadas para a guerra, incluindo as forças armadas de seus países satélites. Para minha eterna vergonha, a Grã-Bretanha enviou tropas para lutar contra o povo coreano do lado dos EUA. Jovens britânicos eram basicamente bucha de canhão para o imperialismo dos EUA. É significativo que o Reino Unido tenha lutado não só ao lado do imperialismo dos EUA, mas também do Apartheid Sul-africano, dos esquadrões da morte da Colômbia, da Grécia fascista, da Etiópia de Haile Selaissie e de outros regimes muito reacionários, contra governos independentes, progressistas, democráticos e anti-imperialistas. Assim, a Guerra da Coreia foi totalmente reacionária, impedindo a luta de libertação do povo coreano e a reunificação da Coreia.

De fato, o papel britânico na Coreia nos últimos 150 anos tem sido muito vergonhoso. Foi a Grã-Bretanha que secretamente ajudou o Japão a invadir e colonizar a Coreia. O governo de Clement Attlee, que é elogiado em alguns lugares, na verdade foi responsável por render a independência da Grã-Bretanha, levando o Reino Unido para a OTAN e também expurgou comunistas do serviço público, sendo um cúmplice voluntário na agressão contra o povo coreano. Attlee enviou jovens para lutar na Coreia contra o Exército Popular da Coreia comandado pelo Grande Líder Marechal Kim Il Sung. A fim de pagar o custo de envio das tropas para a Coreia, as taxas de prescrição foram aumentadas.

Entre as forças britânicas enviadas para a frente coreana estavam os Royal Ulster Rifles, que tinham reprimido o povo irlandês e cometido muitas atrocidades durante as contendas com a Irlanda do Norte. O exército britânico reteve a reunificação da Coreia na década de 1950 e também reteve a reunificação da Irlanda.

O segundo mito é que os EUA não foram derrotados. A razão pela qual a Guerra da Libertação da Pátria ou a Guerra da Coreia é frequentemente chamada de “guerra desconhecida” é em razão de os EUA não gostarem de reconhecer a sua derrota. O historiador militar de extrema-direita e extremamente anticomunista dos EUA, Bevin Alexander, que foi oficial do Exército dos EUA durante a Guerra da Coreia, referiu-se à Guerra de Libertação da Pátria como “a primeira guerra que perdemos”. A Guerra de Libertação da Pátria foi uma luta verdadeiramente hercúlea e titânica que viu o povo coreano derrotar o imperialismo dos EUA pela primeira vez na história do mundo. Foi uma luta de Davi contra Golias.

Quando a guerra estourou no dia 25 de junho de 1950, as chances de sobrevivência da jovem Coreia, não incluindo a chance de derrotar o imperialismo dos EUA, pareciam muito pequenas, porque os EUA tinham uma população 20 vezes maior que a RPDC e um território quase 100 vezes maior que o da RPDC. Além disso, os EUA travaram mais de 100 guerras de agressão e emergiram como vitoriosos na Segunda Guerra Mundial. Como parte das forças Aliadas, os EUA enfrentaram o Japão Imperial, a Alemanha Nazista e a Itália Fascista. Os EUA surgiram como o líder de seu próprio imperialismo. Tinha uma enorme máquina militar e um império global de bases militares em todo o mundo. Os EUA foi e é o baluarte do colonialismo moderno, gendarme internacional e estrangulador da independência e libertação nacional. Ainda, a RPDC não só teve que lutar contra os EUA, mas também contra as forças marionetes sul-coreanas, que tinham exércitos de 15 países satélites dos EUA e os japoneses lutando secretamente na Coreia usando os uniformes do exército fantoche sul-coreano.

O povo coreano liderado pelo Grande Líder revolucionário e herói nacional Marechal Kim Il Sung, um verdadeiro gênio estratégico militar e brilhante comandante de ferro, sempre vitorioso, enfrentou uma feroz luta anti-imperialista, luta anti-EUA contra o imperialismo do próprio EUA, e contra as forças aliadas dos norte-americanos de reação internacional. Foi uma feroz luta de classes contra os inimigos do povo. Os EUA travaram uma guerra verdadeiramente racista e genocida. A ordem dos comandantes dos EUA era atirar em todos e em tudo que levava a cor branca e a maioria dos civis coreanos usava branco. Não foi coincidência que George Lincoln Rockwell, o fundador e líder do Partido Nazista Americano, serviu como tenente-comandante das forças imperialistas dos EUA durante a guerra.

A Guerra de Libertação da Pátria foi uma guerra justa de libertação nacional, bem como uma luta feroz anti-imperialista e uma luta de classes contra os inimigos do povo. Foi uma guerra sagrada para a reunificação coreana. Foi ao mesmo tempo uma guerra para defender a independência e a liberdade do povo coreano. Também foi uma guerra para defender a paz e a segurança e o posto avançado oriental do campo socialista. Como poderia um pequeno país como a Coreia do Norte lutar contra os EUA e seus fantoches e vassalos? A resposta estava na poderosa liderança revolucionária do Marechal Kim Il Sung, na Ideia Juche e na Ideia Songun, bem como no heroico espírito de auto sacrifício do povo coreano e do jovem Exército Popular da Coreia. O povo coreano lutou no espírito de autoconfiança e fortaleza guiados pelo ideal Juche. O Grande Líder Marechal Kim Il Sung declarou: “Devemos resolver nossos problemas não importa quem está nos ajudando e que ajuda recebemos. A vitória deve ser conquistada pela nossa força”. Os esforços do povo coreano concentraram-se principalmente em derrotar os agressores imperialistas dos EUA.

Algumas pessoas gostam de chamar a atenção para a assistência internacionalista dada aos coreanos, em particular, pela China e pela URSS. Claro que é verdade que tal assistência foi dada e não apenas por grandes países, mas por todos os países socialistas. Além disso, nos países capitalistas, a classe trabalhadora e o movimento revolucionário opuseram-se à guerra, realizando manifestações e greves. No Reino Unido, o Partido Comunista da Grã-Bretanha e o “trabalhador do dia-a-dia” opuseram-se à guerra, assim como alguns parlamentares trabalhistas, como o famoso parlamentar galês S. O. Davies. Mesmo nos EUA houve protestos contra a guerra. Nos países coloniais oprimidos, os povos revolucionários intensificaram suas lutas anti-imperialistas. Em particular, as forças revolucionárias da Malásia e da Tailândia intensificaram sua luta armada. No entanto, a melhor ajuda e assistência internacionalista não tem efeito, a menos que as forças revolucionárias de uma dada unidade unam-se e travem uma luta poderosa. A história conhece muitos exemplos de revoluções que receberam assistência irrestrita, mas deram em nada porque as forças revolucionárias internas não eram fortes o suficiente e a faltou qualidade de liderança.

O Grande Líder, o camarada Kim Il Sung, sempre enfatizou que o resultado da guerra não é determinado apenas por armas, mas sim pela ideologia daqueles que detêm as armas. Durante a Guerra de Libertação da Pátria foram aplicadas táticas totalmente novas baseadas na Ideia Juche. Por exemplo, o Exército Popular da Coreia desenvolveu uma guerra de túneis, um novo conceito. Em um artigo, o escritor coreano Han Ho Suk escreveu que “a experiência da Coreia do Norte na escavação de túneis para a guerra foi demonstrada durante a Guerra do Vietnã. A Coreia do Norte enviou cerca de 100 especialistas em guerra de túneis para o Vietnã para ajudar na escavação dos túneis de 250 km das tropas do Vietnã do Norte e Vietcong no Vietnã do Sul. Os túneis foram fundamentais para a vitória vietnamita”.

No dia 25 de junho de 1950, de madrugada, as armas ressoaram e jatos de fogo dispararam. As marionetes sul-coreanas avançaram quilômetros dentro do território da Coreia do Norte. O exército de marionetes sul-coreanos, sob o comando direto do Grupo Consultivo Militar do EUA, lançou uma invasão armada ao longo do Paralelo 38 em um plano de guerra pré-concebido. As marionetes sul-coreanas iniciaram sua agressão contra a Coreia do Norte durante toda a extensão do Paralelo 38, penetrando um ou dois quilômetros de profundidade nas direções de Haeju, Kumchon e Cholwon. As marionetes sul-coreanas gabaram-se em suas transmissões radiofônicas que capturaram Haeju (o que nega categoricamente o relato dos historiadores ocidentais e sul-coreanos que a Coreia do Norte tenha atacado primeiro). O destino da Coreia do Norte estava na balança, o que ela poderia fazer contra a investida das marionetes sul-coreanas, apoiadas pela maior potência militar da História? O Grande Líder Marechal Kim Il Sung convocou o encontro do Gabinete da RPDC e exigiu que as marionetes sul-coreanas parassem de agredir imediatamente. Os bonecos sul-coreanos recusaram-se a fazê-lo. Assim, o Grande Líder Marechal Kim Il Sung, declarando que os ianques tinham julgado mal os coreanos, ordenou que o Exército Popular da Coreia e as Forças Populares de Segurança da Coreia passassem para uma contraofensiva imediata.

Assim, o EPC e as Forças Populares de Segurança da Coreia (FPSC) passaram a uma contraofensiva imediata, empurrando as marionetes sul-coreanas de volta. Isso foi algo sem precedentes na História da guerra! Geralmente, quando um Estado é atacado ou invadido por outro Estado, leva algum tempo até adotar uma postura defensiva e resistir à agressão. No entanto, graças ao pensamento e estratégia militar revolucionários originais, oriundos da Ideia Juche, as forças da RPDC puderam lançar uma contraofensiva decisiva, após parar as marionetes sul-coreanas nos seus postos e não lhes permitirem espaço algum para respirar. O Grande Líder Marechal Kim Il Sung acumulou preciosa experiência durante os 15 anos de luta armada contra os imperialistas japoneses. Ele desenvolveu táticas militares originais orientadas pelo ideal Juche, algo que nunca havia sido visto antes.

No terceiro dia da guerra, 28 de junho, Seul, a capital das marionetes sul-coreanas, foi libertada pelo EPC. Isso foi desastroso para as marionetes sul-coreanas que se orgulhavam de “tomar café em Haeju, almoçar em Pyongyang e jantar em Sinuiju”. Contudo, não foi o que aconteceu. Em vez disso, a RPDC vitoriosa dizimou as forças fantoches sul-coreanas e libertou a Coreia do Sul. As odiadas máquinas reacionárias coloniais foram destruídas e a terra foi distribuída gratuitamente aos camponeses. Os EUA começaram a bombardear fortemente toda a Coreia e atraíram forças de guerra de alguns países satélites. Isso não impediu o avanço do Exército do Povo Coreano, orientado pelo ideal Juche, comandado pelo Grande Líder Marechal Kim Il Sung. O EPC destruiu os ianques em Osan. Barcos torpedeiros da Marinha do EPC afundaram cruzadores e contratorpedeiros americanos.

O Grande Líder, o Marechal Kim Il Sung, comandou pessoalmente a batalha de libertação de Taejon. A 24º Divisão dos EUA foi totalmente destruída na batalha de Taejon, em 20 de julho, no que foi o 20º dia após sua chegada à Coreia do Sul. O jovem Exército Popular prendeu o próprio Dean, que foi o primeiro comandante da divisão das forças de agressão imperialistas dos EUA a ser feito prisioneiro na Guerra da Coreia. Foi um grande feito do heroico Exército Popular da Coreia ter capturado um general ianque. No primeiro estágio da guerra, o Exército Popular da Coreia liberou 90% do território da Coreia do Sul e 92% da população. Uma realização verdadeiramente notável que foi alcançada pelas forças armadas revolucionárias autossuficientes da Coreia Popular, sob o comando do Grande Líder Marechal Kim Il Sung.

Os EUA lançaram na guerra números sem precedentes de tropas e quantidades de materiais. Na verdade, 73 milhões de toneladas de materiais de guerra foram usados na guerra.

A guerra durou até 27 de julho de 1953, quando os EUA se ajoelharam e assinaram o Acordo de Armistício. Durante os três anos da Guerra de Libertação da Pátria, os imperialistas dos EUA perderam mais de 1.567.000 homens, incluindo mais de 405.000 das suas próprias forças armadas e uma enorme quantidade de equipamentos de combate e suprimentos de guerra, incluindo mais de 12.200 aeronaves, mais de 560 navios de guerra e navios em geral, mais de 3.200 tanques e veículos blindados de diferentes tipos, mais de 13.350 caminhões e 7.690 peças de artilharia de vários tipos. A perda sofrida pelos imperialistas dos EUA foi quase 2,3 vezes maior do que a que sofreram nos quatro anos da Guerra do Pacífico durante a Segunda Guerra Mundial. Até mesmo estatísticas oficiais dos EUA mostraram que durante cada um dos três anos da Guerra da Coreia, eles perderam o dobro do número de soldados perdidos em cada ano da Guerra do Vietnã.

O ex-secretário de Estado dos EUA Marshall disse que “o mito foi destruído. Nós não somos um país forte como os outros pensavam”. O infame senador J. R. McCarthy admitiu que “sofremos uma séria derrota na Coreia”. A observação de McCarthy me leva a pensar se Ethel e Julius Rosenberg foram realmente executados (em 19 de junho de 1953, um mês antes da derrota dos EUA) como bodes expiatórios para a derrota dos EUA na Guerra de Libertação da Pátria. Como o Grande Líder Generalíssimo Kim Il Sung disse: “nesta grande luta, nosso povo lutou decididamente como um em mente, sob a liderança correta do Partido e do Governo e, assim, resistiu honradamente às severas provações da guerra e obteve uma vitória histórica, infligindo uma derrota ignominiosa ao imperialismo dos EUA e seus cães de corrida.”

Os imperialistas dos EUA também sofreram derrotas políticas e morais irrecuperáveis. Foi uma grande vitória para o povo coreano e abriu uma nova era de luta anti-imperialista e anti-EUA.

Na verdade, a Coreia foi a guerra antes do Vietnã! O secretariado executivo da Organização de Solidariedade com os Povos da Ásia, África e América Latina disse, em 19 de junho de 1968: “sob a soberba liderança do Marechal Kim Il Sung, o Exército Popular e o povo da Coreia, que herdou as tradições da gloriosa Luta Armada Anti-japonesa, combateu heroicamente e derrotou o imperialismo norte-americano, em defesa da liberdade, da pátria e dos ganhos da revolução, contribuindo grandemente para a luta anti-imperialista de libertação nacional dos povos do mundo, para a luta pelos direitos humanos, pela paz na Ásia e no mundo. Esta vitória histórica do povo coreano mostrou que nenhuma força na terra pode pôr de joelhos um povo que luta pela independência e liberdade de seu país”.

A vitória na Guerra de Libertação da Pátria deveu-se à notável e brilhante arte de comando do Grande Líder Generalíssimo Kim Il Sung, um gênio estratégico militar e sempre brilhante comandante de ferro.


* O Dr. Dermot Hudson é Presidente do Grupo de Estudos da Ideia Juche da Inglaterra, Presidente da Associação para o Estudo da Política Songun do Reino Unido, Presidente da Associação de Amizade com a Coreia – KFA – do Reino Unido, Presidente do Comitê Britânico de Solidariedade pela Paz e Reunificação na Península Coreana e Secretário Geral Honorário do Comitê Internacional para o Estudo da Política Songun. Além disso, é Doutor em Ciências Sócio-Políticas pela Universidade Kim Il Sung da República Popular Democrática da Coreia.

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Centro de Estudos da Política Songun – Brasil

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Realizado seminário sobre a Guerra da Coreia

(Rio de Janeiro, 13 de julho de 2019) O Centro de Estudos da Política Songun do Brasil promoveu no dia 11 de julho de 2019 o seminário chamado «Guerra da Coreia: revisitando a “guerra esquecida”». O evento ocorreu na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) por conta do 66º aniversário de assinatura do armistício da Guerra da Coreia.

Aproximadamente 200 pessoas compareceram ao seminário. Na plateia, diversas organizações estavam presentes, como a Liga Latino-Americana dos Irredentos, a Associação Cultural José Martí do Rio de Janeiro, a Frente Nacional Trabalhista (FNT), o Centro de Estudos Asiáticos da Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Unidade Popular Pelo Socialismo (UP). A Edições Nova Cultura também esteve presente, vendendo várias publicações de cunho teórico e historiográfico sobre diversos processos revolucionários pelo mundo.

O evento contou com a cobertura especial da TV Comunitária do Rio de Janeiro (TVC), canal 6 da Net, da Revista Intertelas e da Tribuna da Imprensa Sindical. A Revista Intertelas também foi a responsável pela tradução do discurso do Dr. Dermot Hudson do Reino Unido, convidado principal do evento.

No primeiro momento, os membros da mesa entraram no auditório e foram recebidos com palmas pela plateia. Lucas Rubio, Presidente do CEPS-BR, saudou os presentes e apresentou os membros da mesa do seminário.

Compuseram a mesa:
Alexandre Rosendo, do Centro de Estudos da Ideia Juche – Brasil e representante do NovaCultura.INFO;

Lucas Rubio, Presidente do Centro de Estudos da Política Songun do Brasil e Porta-Voz do Movimento Juvenil por uma América Latina Independente;

Dermot Hudson, Presidente do Grupo de Estudos da Ideia Juche da Inglaterra, Presidente da Associação para o Estudo da Política Songun do Reino Unido, Presidente da Associação de Amizade com a Coreia – KFA – do Reino Unido, Presidente do Comitê Britânico de Solidariedade pela Paz e Reunificação na Península Coreana e Secretário Geral Honorário do Comitê Internacional para o Estudo da Política Songun;

Raphael Puig, tradutor e intérprete.

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Tiveram início as intervenções.

Alexandre Rosendo, do CEIJ-BR, foi o primeiro a falar. Em sua fala, introduziu aos presentes o contexto histórico da Coreia no início do século passado e explicou sobre a luta do povo coreano, liderado pelo Grande Líder General Kim Il Sung, contra a colonização japonesa, chegando ao momento da ocupação americana no sul da Península Coreana e a fundação da República Popular Democrática da Coreia em setembro de 1948. Ele também falou sobre o livro «História da Revolução Coreana», publicada pela Edições Nova Cultura e que teve um dos capítulos escrito pelo CEPS-BR. O livro foi lançado e apresentado ao público pela primeira vez durante o seminário.

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Depois, falou o Dr. Dermot Hudson, Doutor em Sócio-Política pela República Popular Democrática da Coreia, Presidente do KFA Reino Unido e especialista no assunto há 30 anos. Traduzido simultaneamente por Raphael Puig, o Dr. Dermot falou sobre o contexto pré-Guerra da Coreia, explicando porque o conflito é chamado de Guerra de Libertação da Pátria na RPDC. Deu importantes detalhes históricos e números sobre as movimentações militares dos EUA e das marionetes sul-coreanas e derrubou mitos como o de que foi a Coreia do Norte a iniciar a Guerra da Coreia e o de que os EUA venceram a guerra.

O Dr. Dermot expôs a grande, heroica e resistente luta do povo coreano, que atuou em conjunto sob a liderança do Grande General Kim Il Sung, do Exército Popular da Coreia e do Partido do Trabalho da Coreia. Somente o trabalho do povo unido foi capaz de barrar a potência militar mais hostil do mundo.

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Ele também relembrou o dia 27 de julho de 1953, o dia em que os Estados Unidos se ajoelharam e assinaram o armistício da Guerra, admitindo que não conseguiam vencer a RPDC. O Dr. Dermot Hudson pontuou que a Guerra de Libertação da Pátria na Coreia foi a primeira derrota na história dos EUA, antes mesmo do Vietnã.

A fala do Dr. Dermot Hudson foi atenciosamente acompanhada pelo público, que teve a chance de ter uma verdadeira aula sobre um tema muito pouco debatido no Brasil e que possui pouca ou nenhuma bibliografia específica sobre. Durante sua fala, as pessoas da plateia anotaram perguntas que serão respondidas em breve pelo Doutor. Você pode ler sua fala completa nesse documento.

Quando terminou de falar, o Dr. Dermot Hudson foi calorosamente aplaudido pelo público. Ele expressou seu profundo agradecimento pelo convite do CEPS-BR para o seminário e elogiou o grande comparecimento e a organização do evento, dizendo também que o Reino Unido precisa aprender com os camaradas do Brasil.

Encerrando o evento, Lucas Rubio entregou para o Dr. Dermot Hudson uma placa comemorativa em agradecimento às décadas de trabalho inspirador dedicado à defesa da causa revolucionária da Coreia e pelo apoio que deu há anos atrás para a fundação do Centro de Estudos da Política Songun do Brasil.

A plateia aplaudiu e o evento foi encerrado.

Os membros da mesa foram fotografados e entrevistados após o término do seminário.

 

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O Centro de Estudos da Política Songun do Brasil realizou com sucesso mais um evento, escrevendo uma nova página na divulgação séria e comprometida da História da República Popular Democrática da Coreia no Brasil, exaltando o caráter de resistência ao imperialismo americano desse país e a causa do socialismo.

Agradecemos a todos que compareceram ao evento e a todos que tornaram possível a realização do mesmo, ajudando na divulgação, realização e cobertura.

Confira o seminário completo:

 

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Centro de Estudos da Política Songun – Brasil

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25 anos sem KIM IL SUNG – o Grande Líder das massas populares

Kim Il Sung – o Presidente Eterno do Povo Coreano

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O dia de hoje marca a data em que se completam 25 anos desde o fim da vida física do Presidente Kim Il Sung, destacado líder do povo coreano que, com suas ideias e orientações brilhantes transcende os limites da vida terrena ao manter-se como o eterno sol que vive no coração da classe trabalhadora coreana de geração em geração e ilumina o caminho de avanço para lograr a vitória final da causa revolucionária do Juche e da independência da humanidade.

A vida do grande Líder foi a nobre vida de um patriota sem igual que abdicou de sua juventude para lutar pela país e povo, liderando a revolução apenas pelo caminho das vitórias e guiando as massas populares na construção de um país onde estas exercem papel de mestres e desfrutam de plena felicidade.

Na longa e rica história de 5.000 anos da Coreia, não houve nenhum outro líder como o camarada Kim Il Sung, genuíno filho das massas populares que, com seus amplos conhecimentos, firmes atributos de liderança, carisma e firme determinação, pôde não somente libertar seu povo das garras da opressão colonial dos imperialistas japoneses, mas também, elevá-los a um novo patamar onde passaram a ser os genuínos donos do país e construir um país próspero, apesar de todas as adversidades que surgiram no caminho da edificação do socialismo.

Filho de pais patrióticos, que suavam suor e sangue para garantir seu direito à existência em meio à opressão dos imperialistas, enquanto almejavam a libertação nacional e promoviam-a, o jovem Kim Song Ju cresceu com forte sentimento patriótico e aprendeu com os ensinamentos de seu pai e com as lições da história.

Desde sua juventude teve clara consciência de classe ao observar as condições reais em que se encontravam os trabalhadores na Coreia e na Manchúria, e a reforçou com o aprofundamento nos estudos sobre a “ideologia avançada”, o marxismo-leninismo, que conquistava vitórias marcantes pela primeira vez na história em território vizinho.

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Kim Il Sung na juventude

Embora tenha tornado-se um destacado líder ainda em sua adolescência, sendo chamado de General pela população, ele sempre manteve humildade e andou sempre junto ao povo, dando máxima prioridade a ouvir suas demandas e opiniões. Abertamente dizia, por toda sua vida, que o povo é seu professor, e que sem ouvir a voz do povo qualquer governo está fadado ao fracasso.

Pode-se observar plenamente sua devoção ao povo no estabelecimento do governo revolucionário popular nas bases de guerrilha nas zonas libertas, ainda durante a luta armada antijaponesa. Compreendendo as características particulares da Coreia, rejeitou a aplicação da Comuna e Soviete, formas de poder da classe operária conhecidas até então, e esforçou-se para criar um que atende-se às necessidades nacionais. Assim, dirigiu o estabelecimento da administração pelo povo e a promoção de reformas democráticas nas zonas libertas.

De acordo com as experiências práticas adquiridas no transcurso da revolução, o Líder formulou a Ideia Juche, uma ideologia revolucionária original centrada no homem que complementa a visão marxista-leninista, trazendo uma perspectiva ampla para o desenvolvimento vitorioso da revolução coreana e aporte fundamental para a revolução internacional.

Nos momentos difíceis onde a desesperança entre a população era o sentimento predominante devido às ações dos imperialistas japoneses, acendeu a chama da revolução e declarou a todo o mundo que a Coreia estava viva e seria libertada. Com sua arte militar destacada desenvolveu uma guerrilha com escassos armamentos em uma poderosa fileira de causar medo nos invasores. As vitórias consecutivas e táticas brilhantes são as marcas do Exército Revolucionário Popular da Coreia, liderado pelo General Kim Il Sung.

 

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Kim Il Sung: líder do Exército Popular

Como prometeu quando deixou sua casa em Mangyongdae, regressou quando a terra-pátria não mais estava sob domínio das forças opressoras, e foi aclamado por todo o povo como o líder da nova Coreia. Na ocasião solene, fez um discurso histórico que motivou todos a se dedicar à nobre e honrosa causa da construção da nova Coreia, livre e democrática.

Na construção da nova Coreia, levou a cabo as reformas democráticas e uniu as amplas seções das massas e patriotas para eliminar os resquícios do domínio colonial dos imperialistas japoneses e desenvolver as forças produtivas nacionais. Após anos de saque dos invasores, tudo era escasso e as condições de vida do povo eram precárias, o que fez da etapa anti-feudal e antiimperialista um momento sem precedentes na história onde a Coreia rapidamente emergiu como um país promissor.

Pedindo aqueles com conhecimento, para contribuírem com seu conhecimento, aqueles com força de trabalho, para contribuírem com sua mão de obra, e aqueles com dinheiro, para contribuírem com dinheiro, alcançou a unidade nacional e dirigiu a Coreia pelo caminho da prosperidade. Quando os imperialistas estadunidenses invadiram a parte sul do país, pouco tempo depois da libertação, tomou as medidas cabíveis para reunificar a Coreia pela via pacífica e de acordo com as demandas independentes das massas.

Fez tudo ao seu alcance para evitar a guerra fratricida perseguida pelas forças fantoches sul coreanas e pelos EUA, que se gabava de ser “invencível” no campo militar. Convocou todo o povo a tomar parte nos movimentos pela reunificação pacífica e organizou a realização em Pyongyang da Conferência Conjunta dos Representantes dos Partidos Políticos e Organizações Sociais do Norte e do Sul da Coreia, onde estiveram presentes quase todas figuras políticas do país.

Sem poder evitar o estalar da guerra, com o avanço das forças agressoras ao Norte do paralelo 38, ordenou ao recém formado Exército Popular da Coreia avançar ao sul e libertar a pátria do domínio das forças estrangeiras e obteve vitórias esmagadoras. Quando a situação tornou-se inviável para o avanço, tomou as medidas para o regresso estratégico das forças e, posteriormente promoveu operações estratégicas com apoio dos Voluntários do Povo Chinês que causaram enormes perdas às forças agressoras que, embora apelassem ao uso indiscriminado de bombardeios e armas químicas, não conseguiu conter as forças coreanas e chinesas.

Com a assinatura do armistício em 1953, quando os EUA confirmou sua derrota frente ao povo coreano, o General Kim Il Sung foi elogiado em todo mundo como grande estrategista militar e patriota que derrotou a potência militar que contava com larga experiência de guerra e equipamentos militares de ponta, enquanto o jovem exército coreano contava com limitados equipamentos militares dos tempos da luta armada e apoio material da URSS.

 

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Vitorioso General que venceu, junto ao povo, os EUA.

Além de seus êxitos de liderança durante a renhida Guerra de Libertação da Pátria, suas ações durante este embate que definiria o destino do país para promover a bem-estar do povo e proteger os recursos nacionais estão marcados com letras douradas na história. Vendo a difícil situação da população em meio aos ataques constantes das forças inimigas, garantiu no tempo de guerra o serviço médico gratuito às custas do Estado mesmo sob condições econômicas pouco propícias para tal medida, encarregou efetivos do EPC ao trabalho de reflorestação, conferiu honras estatais aos que realizaram atos heroicos, dentre outras medidas que vão além da imaginação.

Apesar das forças hostis abertamente duvidarem do desenvolvimento da RPDC em meio à tanta destruição e perdas humanas e materiais, foi visto um progresso impressionante em um curto espaço de tempo na construção pós-guerra. Dando prioridade à indústria pesada, produziu um grande auge que culminaria no início do Movimento Chollima que elevou a Coreia ao grupo de países socialistas industrializados, em total contraste com a devastada Coreia do Sul, liderada por um maníaco de guerra sob tutela de forças estrangeiras.

Quando os EUA tentou provocar uma nova guerra na Península Coreana com seus movimentos imprudentes e provocativos, tomou medidas enérgicas, garantindo que contra-medidas seriam tomadas contra quaisquer hostilidades dos imperialistas estadunidenses. Exemplo claro disso é o USS Pueblo, navio espião dos EUA que permanece em Pyongyang até os dias atuais.

Sob a direção do grande Líder, a Coreia socialista estabeleceu as bases da economia independente e tornou-se capaz de aplicar as medidas mais populares, como o sistema de educação obrigatória universal gratuita, sistema de saúde pública, abolição completa dos impostos, bem como construir prédios residenciais modernos, bases culturais e de saúde, e promover o desenvolvimento de sua infraestrutura urbana e no campo, garantindo uma vida digna a todo o povo.

Além de um destacado líder do povo coreano, o Presidente Kim Il Sung também é fonte de inspiração para os povos de todo o mundo e ilumina o caminho da independência da humanidade. Deu ativo apoio aos países que lutavam pela independência nacional e aspiravam à paz e prosperidade mútua. Apoiou ativamente a luta de diversos países africanos e encorajou a luta de países sul americanos e asiáticos contra a interferência estrangeira e pela independência. Cumpriu seu papel internacionalista enviando efetivos da força aérea para o Vietnã para combater os invasores estadunidenses, e fortaleceu as relações diplomáticas com as potências vizinhas ao mesmo tempo que estabeleceu uma política externa independente.

O grande Líder era excelente na arte de diplomacia e ganhou admiração mesmo de figuras que não compartilhavam as mesmas opiniões políticas que ele. Isso porque ele era sempre sincero, buscava o entendimento e defendia com todas as forças os interesses supremos do povo coreano. Graças à sua habilidade diplomática e medidas iniciativas, abriu-se o caminho para a reconciliação intercoreanas e as perspectivas para a futura reunificação da pátria, bem como a possibilidade de diálogo em pé de igualdade com os EUA na mesa de negociações.

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O Presidente Kim Il Sung com o líder do povo vietnamita Ho Chi Minh.

Sua principal lema de vida era considerar o povo como o céu (이민위천) e andar sempre entre as massas para instruí-las e aprender com elas. Tomou como atividade de extrema importante assimilar toda a sociedade, dos intelectuais aos trabalhadores braçais, com a classe trabalhadora. Dizia que o intelectual deve também tomar parte no trabalho físico quando possível, e o trabalhador comum deve ter conhecimentos em várias áreas relevantes.

Também, como dirigente do Partido do Trabalho da Coreia, partido de vanguarda da revolução, orientado pela grande Ideia Juche, fez esforços incansáveis para corrigir as falhas no trabalho partidário, combater o revisionismo e o faccionismo, e tornar o Partido mais interligado com as massas, de forma estabelecer uma unidade de coração único.

O grande Líder camarada Kim Il Sung certa vez disse:

“O verdadeiro valor de um partido político e de sua política devem ser medidos não por suas palavras ou declaração, mas sim por suas atividades práticas e por seus feitos concretos que demonstram de quem são os interesses representados e quem defende de fato esta política”.

Amado pelo povo coreano como o pai da nação, líder destacado e Sol da Coreia, nem mesmo o tempo fez seus amados filhos na terra de 3000-ri e seus admiradores em todo o mundo esquecerem de sua vida brilhante e de suas orientações orientadas à construção de um país próspero e poderoso e de um mundo independente e pacífico. A vida do grande Líder de Paektu transcende qualquer limite de tempo e é transmitida de geração em geração, e sua direção é a guia a ser invariavelmente seguida pelo povo coreano para lograr novas vitórias; eis aqui o motivo pelo qual seu nome é associado ao Sol, estrela central do sistema solar que garante a existência humana e ilumina e aquece o planeta.

Até seus últimos dias de vida, o Presidente não permitiu-se descansar, dando prioridade total aos assuntos da nação e passando orientações importantes para funcionários do Partido e do governo e para estabelecimentos importantes da economia nacional, visando o futuro. Também deu ampla atenção ao desenvolvimento das futuras gerações como pilares confiáveis da nação. Seus feitos foram realmente além de seu tempo!

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O Presidente Kim Il Sung trabalhou até seus últimos dias de vida

Resolveu corretamente o problema da sucessão da liderança da revolução ao apontar o Dirigente Kim Jong Il como camarada confiável e revolucionário com amplo conhecimento teórico e prático, que seria capaz de levar adiante a revolução que iniciou nas florestas do Monte Paektu e trazer glórias infinitas para a nação.

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O Dirigente Kim Jong Il (à esquerda) foi o continuador do legado do Presidente Kim Il Sung.

A exaltação do caráter independente da Coreia em todos os aspectos por meio de trabalhos incessantes é uma marca indelével do Presidente, que é transmitida por todo o globo terrestre. Certa vez, em conversa com delegação estrangeira em 1993 ele disse: “Se alguém trata de forjar seu destino recorrendo exclusivamente às pessoas de grandes países ou dos desenvolvidos, acabará fracassando. Que o destino de cada um pode ser forjado somente por si mesmo é, precisamente, o credo que mantenho desde o alvorecer a luta revolucionária.”.

A vida do grande Líder camarada Kim Il Sung será eternamente lembrada pelo povo coreano e pelos povos progressistas do mundo e suas orientações são guias eternas para a vitória final da causa socialista.

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Do blog A Voz do Povo de 1945

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A carta de KIM IL SUNG aos Panteras Negras e ao povo negro dos EUA

O Presidente Kim Il Sung foi o líder do povo coreano nos anos da Guerra Anti-Japonesa. Durante quase 20 anos, na primeira metade do século XX, ele liderou o movimento revolucionário que lutou corajosamente contra a ocupação do Japão na Coreia, ocupação esta que contava com requintes de crueldade por parte dos imperialistas japoneses: o povo coreano era racialmente visto como inferior e por isso a cultura coreana foi proibida, contando inclusive com a anulação do uso da língua coreana e o sequestro de mulheres coreanas para servirem como escravas sexuais dos soldados japoneses.

Depois de alcançar a libertação da Coreia em 1945, o Presidente Kim Il Sung fundou, em 1948, a República Popular Democrática da Coreia, o verdadeiro Estado da Coreia e, apenas dois anos depois, em 1950, mais uma vez liderou o povo coreano na luta contra o imperialismo, dessa vez o imperialismo dos EUA.

Nas décadas após a guerra, o Presidente Kim Il Sung e a Coreia Popular apoiaram inúmeros movimentos mundiais de libertação anti-colonial e anti-imperialista na Ásia, África e Américas. Um dos movimentos que a Coreia mais apoiou foi o movimento negro nos EUA liderado pelo Partido dos Panteras Negras.

O Partido dos Panteras Negras considerava a luta do povo coreano contra o racismo e imperialismo japonês e americano como um grande exemplo e mantinha intensa admiração pela Revolução Coreana.

No ano novo de 1969, os Panteras Negras enviaram uma carta para o Presidente Kim Il Sung e ele respondeu pessoalmente, enviando uma mensagem não só para os remetentes mas também para todo o povo negro dos EUA.

A carta do Presidente Kim Il Sung foi publicada no jornal central do Partido dos Panteras Negras, volume VI, edição número 8, em 24 de janeiro de 1970, com o título de «Telegrama do camarada Kim Il Sung – o respeitado e amado líder dos 60 milhões de coreanos». O conteúdo da carta está adornado por uma fotografia de um gigantesco monumento coreano em homenagem à Batalha de Pochonbo, mostrando os revolucionários liderados pelo Presidente.

Nós do Centro de Estudos da Política Songun do Brasil reproduzimos a carta, traduzida, a seguir:

Eu expresso meus sinceros agradecimentos ao seu Partido pelas saudações revolucionárias que me foram enviadas no ano novo.
No ano passado, o seu partido e o povo negro progressista da América corajosamente repeliram a sempre intensa opressão e perseguição fascista dos imperialistas dos EUA e conquistaram uma grande vitória na luta pela liberdade, democracia e pelos seus direitos vitais.

O povo coreano assiste com profunda simpatia e expressa solidariedade mútua com sua justa luta para abolir o sistema amaldiçoado de discriminação racial dos imperialistas dos EUA e conquistar a liberdade e a emancipação.

Convencidos de que os laços militantes entre o povo coreano e o povo negro progressista da América se fortalecerão e se desenvolverão no novo ano na batalha contra o imperialismo norte-americano, nosso inimigo comum, desejo a vocês novos êxitos em sua luta.

KIM IL SUNG
Primeiro Ministro do Gabinete da República Popular Democrática da Coreia.
17 de janeiro de 1970

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Página do jornal central dos Panteras Negras com a carta do Presidente Kim Il Sung. Veja em resolução melhor clicando aqui.
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Capa de uma edição da revista “Panteras Negras” de 1969 que também traz uma matéria sobre o revolucionário coreano Kim Il Sung

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Lucas Rubio
Presidente do Centro de Estudos da Política Songun – Brasil

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KIM IL SUNG: 107 anos do grande líder da classe operária

Artigo em homenagem aos 107 anos de nascimento do Presidente Kim Il Sung

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Nascido em uma família de camponeses pobres, arrendatários, no modesto distrito de Mangyongdae, Kim Il Sung, compreendendo o valor da pátria, povo e revolução desde seus primeiros anos ao tomar os mesmos passos que seu pai na luta pela libertação da Coreia, pavimentou com sua ideologia avançada, conhecimentos amplos, patriotismo e grande amor ao povo, a estrada de vitórias no caminho da revolução.

Poucos são os líderes na história da humanidade que vieram da classe operária, e menos ainda são aqueles que mantiveram-se como membro dela até os seus últimos dias. Kim Il Sung foi um líder singular, que não pode ser comparado a qualquer outro, pois foi alguém que lançou-se ao caminho revolucionário em sua adolescência e morreu em idade avançada elaborando documentos importantes para a reunificação do país.

Nascido como Kim Song Ju, o mais velho de três irmãos, filho dos patriotas Kim Hyong Jik e Kang Pan Sok, ele foi desde cedo educado a amar seu país e cultivar sentimentos de camaradagem com seus vizinhos. Embora as condições fossem financeiras fossem difíceis, seus pais lhe estimularam à estudar mesmo com todas as adversidades que surgiam neste caminho.

Como herdeiro de um dos mais destacados líderes do movimento pela libertação do país naquela época, foi obrigado a mudar-se para a China ainda muito jovem, deixando seus avós, parentes e amigos em Mangyongdae, sendo obrigado à adaptar-se à um novo país. Mas o jovem Kim não teve grandes dificuldades acerca disso. Sob tutela de seu pai, aprendeu mandarim e também a importância de reunir camaradas, além de todos os ensinamentos valiosos sobre a luta pela libertação da terra natal.

Tornou-se um destacado marxista e agitador em seus tempos de escola, fazendo muitos camaradas, coreanos e chineses, que o seguiram, aderindo à ideologia avançada e abrigando o grande propósito de levar a cabo tanto na Coreia quanto na China a luta para construir uma nova sociedade, onde prevalecesse a justiça e que fosse gerida pela classe operária.

Apesar da opressão dos reacionários do Kuomintang que buscavam reprimir as manifestações progressistas mesmo nas escolas, Kim Il Sung teve contato com professores de viés progressistas que tiveram grande importância em sua formação, como Shang Yue, que lhe ensinou literatura e filologia na Escola Secundária Yuwen, com quem teve conversas importantes sobre temas relevantes relacionados à revolução.

Sua primeira grande prova em sua vida e carreira foi quando seu pai lhe instruiu à deixar Badaogou, na China, e seguir até sua terra natal, Mangyongdae, para concluir seus estudos na terra natal. Seu pai lhe disse que seria importante conhecer melhor o país e como vivia o povo e, assim, no dia 16 de março de 1926 ele iniciou sua caminhada de 1000 ris na qual pôde tirar valiosas lições para levar a cabo a luta armada pela libertação nacional e a revolução socialista.

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Na juventude

Em contato direto com o povo, ele percebeu mais vividamente o sofrimento de seus compatriotas em várias partes do país, seu modo de viver, suas opiniões, seus desejos e necessidades, e aumentou seu ódio ao imperialismo japonês que escravizava o povo coreano e saqueava a nação.

Sua longa caminhada de estudos e as valiosas instruções de seu progenitor foram a base para a fundação da União para Derrotar o Imperialismo em 1926, a primeira organização de vanguarda revolucionária marxista-leninista que abarcou muitos jovens patrióticos e comunistas. Em seu discurso inaugural, o jovem Kim Song Ju encorajou a todos a estudar profundamente o marxismo e lutar tenazmente para derrubar o imperialismo e construir uma nova sociedade.

Na ocasião ele disse:

“Se o forte e corajoso povo coreano, que é orgulhoso de sua longa história e brilhante cultura, lutar com esforços unidos, poderá certamente derrotar os imperialistas japoneses e conquistar a independência da Coreia.” – elevando o ímpeto dos jovens a se lançar na luta patriótica contra os imperialistas japoneses.

Como um líder nato, seguiu honrosamente o legado de seu país que faleceu em terras estrangeiras, prometendo libertar a Coreia o quanto antes. Também perdeu muito cedo sua mãe, quem conduziu atividades de agitação entre as mulheres e as convocou a participar das atividades revolucionárias junto aos homens. Sua mãe, em decorrência de doença, não resistiu e assim como seu pai não chegou a ver a Coreia liberta. Kim Il Sung cuidou de seus irmãos com esmero e os levou a participar da luta patriótica, sem se abalar com os percalços do renhido caminho da revolução.

Formou o Exército de Guerrilha Popular Anti Japonês em 1932 e o desenvolveu no Exército Revolucionário Popular da Coreia em 1934, como exército não regular formado por grandes fileiras de revolucionários dispostos a derramar seu sangue pela libertação da Coreia. Nesse caminho de batalhas ferozes, dentre as quais Kim Il Sung, aclamado como General, liderou sabiamente as operações à vitória, o povo coreano tornou-se livre em agosto de 1945.

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Nos tempos da Guerrilha Anti Japonesa

No caminho para a construção da nova Coreia, democrática, soberana e socialista, fez esforços incansáveis para a construção do Partido de vanguarda, que abarcasse as amplas massas de trabalhadores e ouviu atentamente as opiniões do povo, incluindo de indivíduos assimilados com outras ideologias. Promoveu a revolução democrática e anti-imperialista, com apoio das amplas filas de patriotas para eliminar os resquícios da velha sociedade e eliminar os colaboracionistas e traidores da nação. Nesta caminho, com a revolução cultural em pleno andamento, promoveu a reforma agrária, a lei de igualdade de direitos entre homens e mulheres, buscou livrar os camponeses dos trabalhos pesados com a promoção da revolução técnica, estatizou as principais indústrias, dentre outras façanhas.

Todavia, com o sul da Coreia invadido pelos imperialistas estadunidenses e infestado de colaboracionistas, viu o destino da nação ser posto à prova novamente. Decidiu por desenvolver a revolução na parte norte da República e unir todo o povo na luta pela reunificação pacífica do país. Com a realização da Conferência Conjunta dos Representantes dos Partidos Políticos e Organizações Sociais do Norte e do Sul da Coreia em Pyongyang em abril de 1948, sob sua liderança, foi unânime entre várias figuras políticas o desejo de reunificar a Coreia de forma pacífica, aplicando um duro golpe ao regime fantoche de Syngman Rhee e aos EUA, sedentos por tomar toda a Coreia.

Apesar de seus esforços para a reunificação sem confronto fratricida, em contraste à postura sempre hostil do governo ditatorial sul coreano, não pôde evitar o inicio da guerra de três anos, e com coragem, comandou a jovem República Popular Democrática da Coreia à uma expressiva vitória contra os imperialistas estadunidenses que mesmo recorrendo às mais cruéis formas de ataque, não conseguiram por o povo coreano de joelhos e por fim assinaram o armistício.

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Em 1953

Mesmo com a desconfiança de muitos, orientou a Coreia à uma rápida e eficiente reconstrução pós guerra onde o povo coreano mostrou seu poderio. E em pouco tempo, na marcha do movimento Chollima, o país atrasado e depois destruído pela guerra se transformou em um avançado país industrializado socialista. Enquanto no sul da Coreia as revoltas eram constantes contra o regime fantoche, no Norte o povo gozava de uma vida cada vez mais confortável como mestres da sociedade e trabalhavam com orgulho para um futuro ainda mais próspero.

O grande Líder também fortaleceu o Exército Popular da Coreia, formado pouco antes do início da Guerra de Libertação da Pátria, como forças armadas confiáveis para garantir a soberania do país e contribuir para a construção socialista. Vimos assim uma unidade de coração único se formar com militares e civis, todos unidos em torno do Partido e do Líder.

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Kim Il Sung: sempre ao lado do povo

Em meio às ameaças das forças hostis, foi intransigente e tomou medidas cabíveis para defender os ganhos da revolução. Ao mesmo tempo, não fugiu ao diálogo com qualquer um que respeitosamente gostasse de debater questões relevantes, independente de diferenças ideológicas. Era um líder sem igual.

Sob a liderança do Partido, tomou medidas necessárias para fortalecer seus membros no político e ideológico e os manter sempre fiéis às massas populares. Combateu os anti-partidários e revisionistas que agiam contra a revolução e exaltou o caráter autóctone do Partido orientado pela Ideia Juche. Sob liderança do Estado, foi um estadista exemplar que ganhou admiração de várias figuras do cenário internacional com sua excelente diplomacia e visões progressistas. Foi orientador do movimento de emancipação da classe trabalhadora do jugo colonial em várias partes do mundo, dando apoio ativo à muitos países que lutavam pela libertação nacional.

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Até seus últimos dias trabalhou com devoção pelo país e a nação, mantendo o ideal de Iminwichon (considerar o povo como o céu) e deixou um legado imortal que transpassa qualquer barreira temporal. Além disso, ao orientar sobre a questão da sucessão, sabiamente indicou o Dirigente Kim Jong Il, que por toda sua vida defendeu seus ideais. No dia de hoje, quando celebramos seu natalício, relembramos com grande honra a vida e carreira revolucionárias daquele que foi o grande líder da classe operária coreana e um grande homem sem igual na história da humanidade.

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Kim Il Sung ao lado de Kim Jong Il

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Do blog A Voz do Povo de 1945

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