Em 17 de março de 1949, em Moscou, durante a primeira visita oficial do Presidente do jovem Estado coreano Kim Il Sung, foi assinado o Acordo de Cooperação Econômica e Cultural entre a URSS e a RPDC.
Assim, pela primeira vez na longa história da Coreia, era concluída a assinatura de um documento com uma potência estrangeira com base nos princípios de igualdade, respeito mútuo e benefício mútuo.
O dia de hoje marca a data em que se completam 25 anos desde o fim da vida física do Presidente Kim Il Sung, destacado líder do povo coreano que, com suas ideias e orientações brilhantes transcende os limites da vida terrena ao manter-se como o eterno sol que vive no coração da classe trabalhadora coreana de geração em geração e ilumina o caminho de avanço para lograr a vitória final da causa revolucionária do Juche e da independência da humanidade.
A vida do grande Líder foi a nobre vida de um patriota sem igual que abdicou de sua juventude para lutar pela país e povo, liderando a revolução apenas pelo caminho das vitórias e guiando as massas populares na construção de um país onde estas exercem papel de mestres e desfrutam de plena felicidade.
Na longa e rica história de 5.000 anos da Coreia, não houve nenhum outro líder como o camarada Kim Il Sung, genuíno filho das massas populares que, com seus amplos conhecimentos, firmes atributos de liderança, carisma e firme determinação, pôde não somente libertar seu povo das garras da opressão colonial dos imperialistas japoneses, mas também, elevá-los a um novo patamar onde passaram a ser os genuínos donos do país e construir um país próspero, apesar de todas as adversidades que surgiram no caminho da edificação do socialismo.
Filho de pais patrióticos, que suavam suor e sangue para garantir seu direito à existência em meio à opressão dos imperialistas, enquanto almejavam a libertação nacional e promoviam-a, o jovem Kim Song Ju cresceu com forte sentimento patriótico e aprendeu com os ensinamentos de seu pai e com as lições da história.
Desde sua juventude teve clara consciência de classe ao observar as condições reais em que se encontravam os trabalhadores na Coreia e na Manchúria, e a reforçou com o aprofundamento nos estudos sobre a “ideologia avançada”, o marxismo-leninismo, que conquistava vitórias marcantes pela primeira vez na história em território vizinho.
Kim Il Sung na juventude
Embora tenha tornado-se um destacado líder ainda em sua adolescência, sendo chamado de General pela população, ele sempre manteve humildade e andou sempre junto ao povo, dando máxima prioridade a ouvir suas demandas e opiniões. Abertamente dizia, por toda sua vida, que o povo é seu professor, e que sem ouvir a voz do povo qualquer governo está fadado ao fracasso.
Pode-se observar plenamente sua devoção ao povo no estabelecimento do governo revolucionário popular nas bases de guerrilha nas zonas libertas, ainda durante a luta armada antijaponesa. Compreendendo as características particulares da Coreia, rejeitou a aplicação da Comuna e Soviete, formas de poder da classe operária conhecidas até então, e esforçou-se para criar um que atende-se às necessidades nacionais. Assim, dirigiu o estabelecimento da administração pelo povo e a promoção de reformas democráticas nas zonas libertas.
De acordo com as experiências práticas adquiridas no transcurso da revolução, o Líder formulou a Ideia Juche, uma ideologia revolucionária original centrada no homem que complementa a visão marxista-leninista, trazendo uma perspectiva ampla para o desenvolvimento vitorioso da revolução coreana e aporte fundamental para a revolução internacional.
Nos momentos difíceis onde a desesperança entre a população era o sentimento predominante devido às ações dos imperialistas japoneses, acendeu a chama da revolução e declarou a todo o mundo que a Coreia estava viva e seria libertada. Com sua arte militar destacada desenvolveu uma guerrilha com escassos armamentos em uma poderosa fileira de causar medo nos invasores. As vitórias consecutivas e táticas brilhantes são as marcas do Exército Revolucionário Popular da Coreia, liderado pelo General Kim Il Sung.
Kim Il Sung: líder do Exército Popular
Como prometeu quando deixou sua casa em Mangyongdae, regressou quando a terra-pátria não mais estava sob domínio das forças opressoras, e foi aclamado por todo o povo como o líder da nova Coreia. Na ocasião solene, fez um discurso histórico que motivou todos a se dedicar à nobre e honrosa causa da construção da nova Coreia, livre e democrática.
Na construção da nova Coreia, levou a cabo as reformas democráticas e uniu as amplas seções das massas e patriotas para eliminar os resquícios do domínio colonial dos imperialistas japoneses e desenvolver as forças produtivas nacionais. Após anos de saque dos invasores, tudo era escasso e as condições de vida do povo eram precárias, o que fez da etapa anti-feudal e antiimperialista um momento sem precedentes na história onde a Coreia rapidamente emergiu como um país promissor.
Pedindo aqueles com conhecimento, para contribuírem com seu conhecimento, aqueles com força de trabalho, para contribuírem com sua mão de obra, e aqueles com dinheiro, para contribuírem com dinheiro, alcançou a unidade nacional e dirigiu a Coreia pelo caminho da prosperidade. Quando os imperialistas estadunidenses invadiram a parte sul do país, pouco tempo depois da libertação, tomou as medidas cabíveis para reunificar a Coreia pela via pacífica e de acordo com as demandas independentes das massas.
Fez tudo ao seu alcance para evitar a guerra fratricida perseguida pelas forças fantoches sul coreanas e pelos EUA, que se gabava de ser “invencível” no campo militar. Convocou todo o povo a tomar parte nos movimentos pela reunificação pacífica e organizou a realização em Pyongyang da Conferência Conjunta dos Representantes dos Partidos Políticos e Organizações Sociais do Norte e do Sul da Coreia, onde estiveram presentes quase todas figuras políticas do país.
Sem poder evitar o estalar da guerra, com o avanço das forças agressoras ao Norte do paralelo 38, ordenou ao recém formado Exército Popular da Coreia avançar ao sul e libertar a pátria do domínio das forças estrangeiras e obteve vitórias esmagadoras. Quando a situação tornou-se inviável para o avanço, tomou as medidas para o regresso estratégico das forças e, posteriormente promoveu operações estratégicas com apoio dos Voluntários do Povo Chinês que causaram enormes perdas às forças agressoras que, embora apelassem ao uso indiscriminado de bombardeios e armas químicas, não conseguiu conter as forças coreanas e chinesas.
Com a assinatura do armistício em 1953, quando os EUA confirmou sua derrota frente ao povo coreano, o General Kim Il Sung foi elogiado em todo mundo como grande estrategista militar e patriota que derrotou a potência militar que contava com larga experiência de guerra e equipamentos militares de ponta, enquanto o jovem exército coreano contava com limitados equipamentos militares dos tempos da luta armada e apoio material da URSS.
Vitorioso General que venceu, junto ao povo, os EUA.
Além de seus êxitos de liderança durante a renhida Guerra de Libertação da Pátria, suas ações durante este embate que definiria o destino do país para promover a bem-estar do povo e proteger os recursos nacionais estão marcados com letras douradas na história. Vendo a difícil situação da população em meio aos ataques constantes das forças inimigas, garantiu no tempo de guerra o serviço médico gratuito às custas do Estado mesmo sob condições econômicas pouco propícias para tal medida, encarregou efetivos do EPC ao trabalho de reflorestação, conferiu honras estatais aos que realizaram atos heroicos, dentre outras medidas que vão além da imaginação.
Apesar das forças hostis abertamente duvidarem do desenvolvimento da RPDC em meio à tanta destruição e perdas humanas e materiais, foi visto um progresso impressionante em um curto espaço de tempo na construção pós-guerra. Dando prioridade à indústria pesada, produziu um grande auge que culminaria no início do Movimento Chollima que elevou a Coreia ao grupo de países socialistas industrializados, em total contraste com a devastada Coreia do Sul, liderada por um maníaco de guerra sob tutela de forças estrangeiras.
Quando os EUA tentou provocar uma nova guerra na Península Coreana com seus movimentos imprudentes e provocativos, tomou medidas enérgicas, garantindo que contra-medidas seriam tomadas contra quaisquer hostilidades dos imperialistas estadunidenses. Exemplo claro disso é o USS Pueblo, navio espião dos EUA que permanece em Pyongyang até os dias atuais.
Sob a direção do grande Líder, a Coreia socialista estabeleceu as bases da economia independente e tornou-se capaz de aplicar as medidas mais populares, como o sistema de educação obrigatória universal gratuita, sistema de saúde pública, abolição completa dos impostos, bem como construir prédios residenciais modernos, bases culturais e de saúde, e promover o desenvolvimento de sua infraestrutura urbana e no campo, garantindo uma vida digna a todo o povo.
Além de um destacado líder do povo coreano, o Presidente Kim Il Sung também é fonte de inspiração para os povos de todo o mundo e ilumina o caminho da independência da humanidade. Deu ativo apoio aos países que lutavam pela independência nacional e aspiravam à paz e prosperidade mútua. Apoiou ativamente a luta de diversos países africanos e encorajou a luta de países sul americanos e asiáticos contra a interferência estrangeira e pela independência. Cumpriu seu papel internacionalista enviando efetivos da força aérea para o Vietnã para combater os invasores estadunidenses, e fortaleceu as relações diplomáticas com as potências vizinhas ao mesmo tempo que estabeleceu uma política externa independente.
O grande Líder era excelente na arte de diplomacia e ganhou admiração mesmo de figuras que não compartilhavam as mesmas opiniões políticas que ele. Isso porque ele era sempre sincero, buscava o entendimento e defendia com todas as forças os interesses supremos do povo coreano. Graças à sua habilidade diplomática e medidas iniciativas, abriu-se o caminho para a reconciliação intercoreanas e as perspectivas para a futura reunificação da pátria, bem como a possibilidade de diálogo em pé de igualdade com os EUA na mesa de negociações.
O Presidente Kim Il Sung com o líder do povo vietnamita Ho Chi Minh.
Sua principal lema de vida era considerar o povo como o céu (이민위천) e andar sempre entre as massas para instruí-las e aprender com elas. Tomou como atividade de extrema importante assimilar toda a sociedade, dos intelectuais aos trabalhadores braçais, com a classe trabalhadora. Dizia que o intelectual deve também tomar parte no trabalho físico quando possível, e o trabalhador comum deve ter conhecimentos em várias áreas relevantes.
Também, como dirigente do Partido do Trabalho da Coreia, partido de vanguarda da revolução, orientado pela grande Ideia Juche, fez esforços incansáveis para corrigir as falhas no trabalho partidário, combater o revisionismo e o faccionismo, e tornar o Partido mais interligado com as massas, de forma estabelecer uma unidade de coração único.
O grande Líder camarada Kim Il Sung certa vez disse:
“O verdadeiro valor de um partido político e de sua política devem ser medidos não por suas palavras ou declaração, mas sim por suas atividades práticas e por seus feitos concretos que demonstram de quem são os interesses representados e quem defende de fato esta política”.
Amado pelo povo coreano como o pai da nação, líder destacado e Sol da Coreia, nem mesmo o tempo fez seus amados filhos na terra de 3000-ri e seus admiradores em todo o mundo esquecerem de sua vida brilhante e de suas orientações orientadas à construção de um país próspero e poderoso e de um mundo independente e pacífico. A vida do grande Líder de Paektu transcende qualquer limite de tempo e é transmitida de geração em geração, e sua direção é a guia a ser invariavelmente seguida pelo povo coreano para lograr novas vitórias; eis aqui o motivo pelo qual seu nome é associado ao Sol, estrela central do sistema solar que garante a existência humana e ilumina e aquece o planeta.
Até seus últimos dias de vida, o Presidente não permitiu-se descansar, dando prioridade total aos assuntos da nação e passando orientações importantes para funcionários do Partido e do governo e para estabelecimentos importantes da economia nacional, visando o futuro. Também deu ampla atenção ao desenvolvimento das futuras gerações como pilares confiáveis da nação. Seus feitos foram realmente além de seu tempo!
O Presidente Kim Il Sung trabalhou até seus últimos dias de vida
Resolveu corretamente o problema da sucessão da liderança da revolução ao apontar o Dirigente Kim Jong Il como camarada confiável e revolucionário com amplo conhecimento teórico e prático, que seria capaz de levar adiante a revolução que iniciou nas florestas do Monte Paektu e trazer glórias infinitas para a nação.
O Dirigente Kim Jong Il (à esquerda) foi o continuador do legado do Presidente Kim Il Sung.
A exaltação do caráter independente da Coreia em todos os aspectos por meio de trabalhos incessantes é uma marca indelével do Presidente, que é transmitida por todo o globo terrestre. Certa vez, em conversa com delegação estrangeira em 1993 ele disse: “Se alguém trata de forjar seu destino recorrendo exclusivamente às pessoas de grandes países ou dos desenvolvidos, acabará fracassando. Que o destino de cada um pode ser forjado somente por si mesmo é, precisamente, o credo que mantenho desde o alvorecer a luta revolucionária.”.
A vida do grande Líder camarada Kim Il Sung será eternamente lembrada pelo povo coreano e pelos povos progressistas do mundo e suas orientações são guias eternas para a vitória final da causa socialista.
O Presidente Kim Il Sung foi o líder do povo coreano nos anos da Guerra Anti-Japonesa. Durante quase 20 anos, na primeira metade do século XX, ele liderou o movimento revolucionário que lutou corajosamente contra a ocupação do Japão na Coreia, ocupação esta que contava com requintes de crueldade por parte dos imperialistas japoneses: o povo coreano era racialmente visto como inferior e por isso a cultura coreana foi proibida, contando inclusive com a anulação do uso da língua coreana e o sequestro de mulheres coreanas para servirem como escravas sexuais dos soldados japoneses.
Depois de alcançar a libertação da Coreia em 1945, o Presidente Kim Il Sung fundou, em 1948, a República Popular Democrática da Coreia, o verdadeiro Estado da Coreia e, apenas dois anos depois, em 1950, mais uma vez liderou o povo coreano na luta contra o imperialismo, dessa vez o imperialismo dos EUA.
Nas décadas após a guerra, o Presidente Kim Il Sung e a Coreia Popular apoiaram inúmeros movimentos mundiais de libertação anti-colonial e anti-imperialista na Ásia, África e Américas. Um dos movimentos que a Coreia mais apoiou foi o movimento negro nos EUA liderado pelo Partido dos Panteras Negras.
O Partido dos Panteras Negras considerava a luta do povo coreano contra o racismo e imperialismo japonês e americano como um grande exemplo e mantinha intensa admiração pela Revolução Coreana.
No ano novo de 1969, os Panteras Negras enviaram uma carta para o Presidente Kim Il Sung e ele respondeu pessoalmente, enviando uma mensagem não só para os remetentes mas também para todo o povo negro dos EUA.
A carta do Presidente Kim Il Sung foi publicada no jornal central do Partido dos Panteras Negras, volume VI, edição número 8, em 24 de janeiro de 1970, com o título de «Telegrama do camarada Kim Il Sung – o respeitado e amado líder dos 60 milhões de coreanos». O conteúdo da carta está adornado por uma fotografia de um gigantesco monumento coreano em homenagem à Batalha de Pochonbo, mostrando os revolucionários liderados pelo Presidente.
Nós do Centro de Estudos da Política Songun do Brasil reproduzimos a carta, traduzida, a seguir:
Eu expresso meus sinceros agradecimentos ao seu Partido pelas saudações revolucionárias que me foram enviadas no ano novo.
No ano passado, o seu partido e o povo negro progressista da América corajosamente repeliram a sempre intensa opressão e perseguição fascista dos imperialistas dos EUA e conquistaram uma grande vitória na luta pela liberdade, democracia e pelos seus direitos vitais.
O povo coreano assiste com profunda simpatia e expressa solidariedade mútua com sua justa luta para abolir o sistema amaldiçoado de discriminação racial dos imperialistas dos EUA e conquistar a liberdade e a emancipação.
Convencidos de que os laços militantes entre o povo coreano e o povo negro progressista da América se fortalecerão e se desenvolverão no novo ano na batalha contra o imperialismo norte-americano, nosso inimigo comum, desejo a vocês novos êxitos em sua luta.
KIM IL SUNG
Primeiro Ministro do Gabinete da República Popular Democrática da Coreia.
17 de janeiro de 1970
Página do jornal central dos Panteras Negras com a carta do Presidente Kim Il Sung. Veja em resolução melhorclicando aqui.Capa de uma edição da revista “Panteras Negras” de 1969 que também traz uma matéria sobre o revolucionário coreano Kim Il Sung
____________________ Lucas Rubio Presidente do Centro de Estudos da Política Songun – Brasil
Artigo em homenagem aos 107 anos de nascimento do Presidente Kim Il Sung
Nascido em uma família de camponeses pobres, arrendatários, no modesto distrito de Mangyongdae, Kim Il Sung, compreendendo o valor da pátria, povo e revolução desde seus primeiros anos ao tomar os mesmos passos que seu pai na luta pela libertação da Coreia, pavimentou com sua ideologia avançada, conhecimentos amplos, patriotismo e grande amor ao povo, a estrada de vitórias no caminho da revolução.
Poucos são os líderes na história da humanidade que vieram da classe operária, e menos ainda são aqueles que mantiveram-se como membro dela até os seus últimos dias. Kim Il Sung foi um líder singular, que não pode ser comparado a qualquer outro, pois foi alguém que lançou-se ao caminho revolucionário em sua adolescência e morreu em idade avançada elaborando documentos importantes para a reunificação do país.
Nascido como Kim Song Ju, o mais velho de três irmãos, filho dos patriotas Kim Hyong Jik e Kang Pan Sok, ele foi desde cedo educado a amar seu país e cultivar sentimentos de camaradagem com seus vizinhos. Embora as condições fossem financeiras fossem difíceis, seus pais lhe estimularam à estudar mesmo com todas as adversidades que surgiam neste caminho.
Como herdeiro de um dos mais destacados líderes do movimento pela libertação do país naquela época, foi obrigado a mudar-se para a China ainda muito jovem, deixando seus avós, parentes e amigos em Mangyongdae, sendo obrigado à adaptar-se à um novo país. Mas o jovem Kim não teve grandes dificuldades acerca disso. Sob tutela de seu pai, aprendeu mandarim e também a importância de reunir camaradas, além de todos os ensinamentos valiosos sobre a luta pela libertação da terra natal.
Tornou-se um destacado marxista e agitador em seus tempos de escola, fazendo muitos camaradas, coreanos e chineses, que o seguiram, aderindo à ideologia avançada e abrigando o grande propósito de levar a cabo tanto na Coreia quanto na China a luta para construir uma nova sociedade, onde prevalecesse a justiça e que fosse gerida pela classe operária.
Apesar da opressão dos reacionários do Kuomintang que buscavam reprimir as manifestações progressistas mesmo nas escolas, Kim Il Sung teve contato com professores de viés progressistas que tiveram grande importância em sua formação, como Shang Yue, que lhe ensinou literatura e filologia na Escola Secundária Yuwen, com quem teve conversas importantes sobre temas relevantes relacionados à revolução.
Sua primeira grande prova em sua vida e carreira foi quando seu pai lhe instruiu à deixar Badaogou, na China, e seguir até sua terra natal, Mangyongdae, para concluir seus estudos na terra natal. Seu pai lhe disse que seria importante conhecer melhor o país e como vivia o povo e, assim, no dia 16 de março de 1926 ele iniciou sua caminhada de 1000 ris na qual pôde tirar valiosas lições para levar a cabo a luta armada pela libertação nacional e a revolução socialista.
Na juventude
Em contato direto com o povo, ele percebeu mais vividamente o sofrimento de seus compatriotas em várias partes do país, seu modo de viver, suas opiniões, seus desejos e necessidades, e aumentou seu ódio ao imperialismo japonês que escravizava o povo coreano e saqueava a nação.
Sua longa caminhada de estudos e as valiosas instruções de seu progenitor foram a base para a fundação da União para Derrotar o Imperialismo em 1926, a primeira organização de vanguarda revolucionária marxista-leninista que abarcou muitos jovens patrióticos e comunistas. Em seu discurso inaugural, o jovem Kim Song Ju encorajou a todos a estudar profundamente o marxismo e lutar tenazmente para derrubar o imperialismo e construir uma nova sociedade.
Na ocasião ele disse:
“Se o forte e corajoso povo coreano, que é orgulhoso de sua longa história e brilhante cultura, lutar com esforços unidos, poderá certamente derrotar os imperialistas japoneses e conquistar a independência da Coreia.” – elevando o ímpeto dos jovens a se lançar na luta patriótica contra os imperialistas japoneses.
Como um líder nato, seguiu honrosamente o legado de seu país que faleceu em terras estrangeiras, prometendo libertar a Coreia o quanto antes. Também perdeu muito cedo sua mãe, quem conduziu atividades de agitação entre as mulheres e as convocou a participar das atividades revolucionárias junto aos homens. Sua mãe, em decorrência de doença, não resistiu e assim como seu pai não chegou a ver a Coreia liberta. Kim Il Sung cuidou de seus irmãos com esmero e os levou a participar da luta patriótica, sem se abalar com os percalços do renhido caminho da revolução.
Formou o Exército de Guerrilha Popular Anti Japonês em 1932 e o desenvolveu no Exército Revolucionário Popular da Coreia em 1934, como exército não regular formado por grandes fileiras de revolucionários dispostos a derramar seu sangue pela libertação da Coreia. Nesse caminho de batalhas ferozes, dentre as quais Kim Il Sung, aclamado como General, liderou sabiamente as operações à vitória, o povo coreano tornou-se livre em agosto de 1945.
Nos tempos da Guerrilha Anti Japonesa
No caminho para a construção da nova Coreia, democrática, soberana e socialista, fez esforços incansáveis para a construção do Partido de vanguarda, que abarcasse as amplas massas de trabalhadores e ouviu atentamente as opiniões do povo, incluindo de indivíduos assimilados com outras ideologias. Promoveu a revolução democrática e anti-imperialista, com apoio das amplas filas de patriotas para eliminar os resquícios da velha sociedade e eliminar os colaboracionistas e traidores da nação. Nesta caminho, com a revolução cultural em pleno andamento, promoveu a reforma agrária, a lei de igualdade de direitos entre homens e mulheres, buscou livrar os camponeses dos trabalhos pesados com a promoção da revolução técnica, estatizou as principais indústrias, dentre outras façanhas.
Todavia, com o sul da Coreia invadido pelos imperialistas estadunidenses e infestado de colaboracionistas, viu o destino da nação ser posto à prova novamente. Decidiu por desenvolver a revolução na parte norte da República e unir todo o povo na luta pela reunificação pacífica do país. Com a realização da Conferência Conjunta dos Representantes dos Partidos Políticos e Organizações Sociais do Norte e do Sul da Coreia em Pyongyang em abril de 1948, sob sua liderança, foi unânime entre várias figuras políticas o desejo de reunificar a Coreia de forma pacífica, aplicando um duro golpe ao regime fantoche de Syngman Rhee e aos EUA, sedentos por tomar toda a Coreia.
Apesar de seus esforços para a reunificação sem confronto fratricida, em contraste à postura sempre hostil do governo ditatorial sul coreano, não pôde evitar o inicio da guerra de três anos, e com coragem, comandou a jovem República Popular Democrática da Coreia à uma expressiva vitória contra os imperialistas estadunidenses que mesmo recorrendo às mais cruéis formas de ataque, não conseguiram por o povo coreano de joelhos e por fim assinaram o armistício.
Em 1953
Mesmo com a desconfiança de muitos, orientou a Coreia à uma rápida e eficiente reconstrução pós guerra onde o povo coreano mostrou seu poderio. E em pouco tempo, na marcha do movimento Chollima, o país atrasado e depois destruído pela guerra se transformou em um avançado país industrializado socialista. Enquanto no sul da Coreia as revoltas eram constantes contra o regime fantoche, no Norte o povo gozava de uma vida cada vez mais confortável como mestres da sociedade e trabalhavam com orgulho para um futuro ainda mais próspero.
O grande Líder também fortaleceu o Exército Popular da Coreia, formado pouco antes do início da Guerra de Libertação da Pátria, como forças armadas confiáveis para garantir a soberania do país e contribuir para a construção socialista. Vimos assim uma unidade de coração único se formar com militares e civis, todos unidos em torno do Partido e do Líder.
Kim Il Sung: sempre ao lado do povo
Em meio às ameaças das forças hostis, foi intransigente e tomou medidas cabíveis para defender os ganhos da revolução. Ao mesmo tempo, não fugiu ao diálogo com qualquer um que respeitosamente gostasse de debater questões relevantes, independente de diferenças ideológicas. Era um líder sem igual.
Sob a liderança do Partido, tomou medidas necessárias para fortalecer seus membros no político e ideológico e os manter sempre fiéis às massas populares. Combateu os anti-partidários e revisionistas que agiam contra a revolução e exaltou o caráter autóctone do Partido orientado pela Ideia Juche. Sob liderança do Estado, foi um estadista exemplar que ganhou admiração de várias figuras do cenário internacional com sua excelente diplomacia e visões progressistas. Foi orientador do movimento de emancipação da classe trabalhadora do jugo colonial em várias partes do mundo, dando apoio ativo à muitos países que lutavam pela libertação nacional.
Até seus últimos dias trabalhou com devoção pelo país e a nação, mantendo o ideal de Iminwichon (considerar o povo como o céu) e deixou um legado imortal que transpassa qualquer barreira temporal. Além disso, ao orientar sobre a questão da sucessão, sabiamente indicou o Dirigente Kim Jong Il, que por toda sua vida defendeu seus ideais. No dia de hoje, quando celebramos seu natalício, relembramos com grande honra a vida e carreira revolucionárias daquele que foi o grande líder da classe operária coreana e um grande homem sem igual na história da humanidade.
No último dia 17 de outubro comemorou-se na Coreia uma data muito importante – os 91 anos de fundação da UDI – União para Derrotar o Imperialismo.
A União para Derrotar o Imperialismo foi a primeira organização jucheana da Coreia, fundada pelo camarada Kim Il Sung quando ainda era muito jovem, com 14 anos, e estava em sua adolescência. A UDI, ao contrário das anteriores organizações que tentaram se organizar para liberar a Coreia do imperialismo japonês, se apoiou unicamente no povo coreano e se formou a partir dele. Daí um dos primeiros princípios da Ideia Juche.
O camarada Kim Il Sung apoiou-se unicamente na força do povo coreano para conduzir a Pátria à liberdade.
Seu grande objetivo era abrir o caminho para a libertação nacional e a construção de uma pátria socialista. A criação da UDI foi um marco de mudança da força do destino da nação coreana. Graças ao nascimento dessa organização, a luta revolucionária dos coreanos desenvolveu-se vitoriosamente com forças próprias da nação, longe do servilismo às grades potências, do dogmatismo e outras tendências ideológicas antiquadas, tendo a mais certa linha, estratégia e táticas para a revolução popular.
Kim Il Sung lê o discurso de fundação da UDI: “Derrubemos o Imperialismo”.
A partir da UDI, sob a bandeira do Juche, o povo coreano alcançou diversas conquistas e avançou para a criação de estruturas ainda mais complexas e grandiosas que dessem conta da Revolução e suas consequências, como o Partido do Trabalho da Coreia e a própria fundação da República Popular Democrática da Coreia, que viria a vencer o imperialismo americano em 1953.
A causa da construção do partido e da revolução jucheano, nascida na UDI, e levada a cabo também pelo Dirigente Kim Jong Il econtinua hoje em dia sob a sábia direção do Marechal Kim Jong Un.
Selos comemorativos à fundação da UDI.
Para marcar a data de fundação dessa importante organização revolucionária da Coreia, o Centro de Estudos da Política Songun – Brasil resolveu relançar a obra de fundação da UDI. Trata-se do discurso de inauguração proferido pelo camarada Kim Il Sung em 17 de outubro de 1926, há mais de 91 anos, para os revolucionários presentes na ocasião. A obra foi traduzida e lançada em português em 2012 pelo Centro de Estudos da Ideia Juche – Brasil e agora nós reeditamos a obra e a lançamos em formato digital para ser baixada e compartilhada gratuitamente.
Confira essa obra de grande importância histórica e combativa para o povo coreano, considerada o marco inicial da luta verdadeiramente marxista-leninista e anti-imperialista da Coreia. Nessa edição, o leitor encontrará uma introdução, feita pelo CEIJ-BR, além de notas através do texto que esclarecem o contexto da obra.