Kim Jong Il: 80 anos de um fiel soldado revolucionário

Se estivesse vivo ainda hoje, nesse 16 de fevereiro de 2022 o Dirigente Kim Jong Il estaria completando exatamente 8 décadas de vida. Ele foi o condutor da Revolução Coreana em momentos cruciais desse processo e exerceu cargos políticos de uma maneira que causou profundas transformações na sociedade coreana e até mesmo na configuração global do poder.

Nascido em 16 de fevereiro de 1942, na Coreia, precisamente no sopé do Monte Paektu, na base secreta da guerrilha então em andamento para combater os ocupantes japoneses, Kim Jong Il é filho do General Kim Il Sung e da heroína Kim Jong Suk. Embora tenha nascido de pais que viriam a ser os fundadores e organizadores do Estado da Coreia, ele nunca viveu em uma casta de privilégios. Passou a infância entre trincheiras de guerra, viu, na adolescência, a destruição do seu país por causa da Guerra da Coreia, trabalhou na reconstrução de cidades, frequentou a universidade como qualquer outro coreano e também teve um emprego em uma fábrica.

Kim Jong Il quando criança no colo de seu pai, o General Kim Il Sung, e de mãos dadas com sua mãe, Kim Jong Suk, heroína militar da Coreia.

Desde sempre, naturalmente, se interessou pelo meio político e, mesmo tendo trabalhado e se formado academicamente em outras áreas, ingressou em trabalhos no Partido do Trabalho da Coreia, sendo eleito para cargos importantes ao longo de décadas de evolução nessa organização. Trabalhou no setor de agitação e propaganda e também na organização do Comitê Central, máximo órgão interno.

Ao longo de décadas, esteve sempre em companhia do Presidente Kim Il Sung, a quem tratava publicamente não como “seu pai”, mas sim como o seu líder e dirigente do processo político coreano. Em reuniões, visitas de campos e inspeções, os trabalhadores coreanos tiveram o privilégio de ver Kim Il Sung e Kim Jong Il lado a lado durante suas demonstrações de profundo carinho e cuidado com o destino das massas populares, sempre acompanhado de perto pelos líderes.

Kim Il Sung e Kim Jong Il eram frequentemente vistos lado a lado em visitas que visavam aproximar a liderança máxima do Estado à vida comum do povo coreano.

Quando, em 1994, o Presidente Kim Il Sung faleceu, foi Kim Jong Il a figura alçada ao posto de líder da República Popular Democrática da Coreia. Ele viria a ser o Presidente do Comitê de Defesa Nacional, órgão mais alto de mando daquela época.

Kim Jong Il governou a Coreia e conduziu o processo revolucionário em épocas completamente adversas em todos os sentidos. Em 1991, a União Soviética e todos os países socialistas do Leste Europeu haviam desaparecido. A Revolução Socialista, já traída há décadas pelos golpistas liderados por Kruschev, recebeu o golpe final com as ditas “revoluções coloridas” que sumiram com os Partidos Comunistas, muitos colocados na ilegalidade.

A consequência política desses acontecimentos, para a Coreia, é bem clara: perda de apoio internacional e de uma rede de comunicação. Mas as perdas econômicas foram igualmente ou até piores, do ponto de vista de que a RPDC deixou de ter acesso a um mercado no qual poderia comprar e vender mantimentos com outros países, o que é natural a qualquer país.

Para agravar a perda das importantes parcerias internacionais, naquela época, os EUA se aproveitaram do momento de fragilidade para impor ao povo coreano bárbaros e criminosos bloqueios e sanções econômicas visando debilitar todo o Estado da RPDC e causar uma rendição. Tais sanções foram acompanhadas de um cerco militar que utilizou o Japão e a Coreia do Sul como trampolins para uma série de hostilidades e ameaças, incluindo a possibilidade de uma guerra nuclear.

A situação pode se degradar ainda mais se consideramos que, naquela altura dos acontecimentos, uma série de desastres naturais internos acabaram por arrasar cidades, fazendas, campos e fábricas, vitais para o funcionamento do país.

Diante de todo esse cenário caótico, Kim Jong Il jamais recuou na agenda coreana de manutenção do socialismo e da independência nacional. Ele desenhou uma política nova e revolucionária que visava combater o inimigo em várias áreas e ainda fortalecer a mobilização ideológica das massas. Essa política foi a chamada Política Songun.

O Songun deu prioridade ao Exército Popular considerando-o não somente como força vital para a defesa nacional como também força capaz de participar ativamente da construção econômica e política da Coreia. Assim, o Exército mobilizou todo o país com a mentalidade de “somos todos uma só trincheira”, preparando as pessoas para a possibilidade de guerra aberta, como também ingressou nas fábricas, fazendas e construções para participar do esforço de reconstrução econômica baseada unicamente no socialismo, rechaçando qualquer tentativa de reforma ou abertura.

A valorização máxima do aspecto militar da Coreia que Kim Jong Il desenvolveu não visava apenas fortalecer a força bélica, mas também promover o avanço da Revolução socialista e a formação de comunistas convictos.

Kim Jong Il, na mesma época, desenvolveu inúmeros trabalhos teóricos e promoveu a preservação do socialismo ao considerar que isso é uma ciência que deve estar pronta para enfrentar adversidades e provações e, mesmo assim, sair intacta dos obstáculos provando sua superioridade. Ao teorizar a Ideia Juche e centrar o socialismo nas massas populares, aliando-a ao sentimento patriótico não chauvinista e militar não militarista, Kim Jong Il promoveu uma Revolução dentro da Revolução Coreana ao agitar todo o povo a resistir, mesmo sob duras penas, às manobras dos inimigos da Coreia e a nunca desistir do socialismo.

A criação de um poderoso e bem sucedido programa nuclear por parte de Kim Jong Il prova como ele também foi um estrategista militar genial que não somente dotou seu país de um tipo de armamento estratégico fundamental para qualquer Estado avançado como também conseguiu prover o país, na arena internacional, de argumentos suficientes para negociações e cartas para travar qualquer tentativa de guerra por parte dos EUA e seus fantoches.

Do ponto de vista internacional, portanto, Kim Jong Il foi um grande diplomata que conseguiu frustrar maquinações de grandes potências mesmo a Coreia sendo um país pequeno em território e recursos. Do ponto de vista nacional, Kim Jong Il conseguiu promover uma transição de eras, nos anos 1990-2000, superando os vários desafios impostos pelas conjunturas internacionais desfavoráveis. Do ponto de vista ideológico, Kim Jong Il foi um fiel soldado revolucionário que jamais traiu o socialismo, jamais se mostrou simpático ao revisionismo e ao reformismo e que trilhou o único caminho do Juche, o socialismo de nova época adaptado para responder às novas demandas, sempre mutáveis.

O cuidado de Kim Jong Il em suas milhares de visitas à fábricas, escolas, empresas, unidades militares, locais de trabalho e construções em andamento demostra o seu caráter genuíno de Grande Dirigente político e militar. Ele é respeitado até hoje por todos os coreanos por ser uma figura responsável por uma direção acertada em épocas tão duras e é aclamado por todos os revolucionários e amantes da paz do mundo por ter dado um novo sopro de vida e esperança ao provar que o socialismo não estava derrotado!

Exatamente oito décadas depois do dia de seu nascimento, em todos os cantos do mundo ecoam em alto e bom som os feitos de uma vida revolucionária inteiramente devotada ao povo. A Coreia de hoje, sob o comando do Marechal Kim Jong Un, desfruta dos resultados dos trabalhos do Eterno Dirigente, que se esforçou arduamente em meio a vários sacrifícios em nome das gerações presentes e futuras.

Que viva para sempre a memória do camarada Kim Jong Il, o Eterno Dirigente da Coreia!


Lucas Rubio
Presidente, CEPS-BR

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