Nessa terça-feira, 5 de janeiro de 2021, teve início o 8º Congresso do Partido do Trabalho da Coreia (PTC). Dessa grande reunião, que durará vários dias, esperam-se análises da condução política, econômica e militar, além de novas direções a serem tomadas pela Revolução Coreana.
O congresso, que segue em andamento, reúne milhares de delegados do Partido e membros de associações de trabalhadores, que chegaram à Pyongyang nos últimos dias, vindos de diversas partes da RPDC, representando seus respectivos diretórios locais. Também estão presentes outros militantes do Partido do Trabalho da Coreia, representantes do Exército Popular da Coreia e figuras de outros partidos que foram convidados – o Partido Social-Democrata e o Partido Chondoísta Chongu.
Os congressos do PTC são momentos históricos decisivos onde se fazem balanços rígidos e imparciais das conquistas alcançadas até então e se analisam novas direções e práticas a serem tomadas tanto na política interna quanto na externa. É o momento no qual também se elegem novos membros para altos cargos do Partido e suas direções internas. O último congresso, o 7º, foi realizado em meados de 2016 e o atual foi conclamado em agosto de 2020.
Kim Jong Un, líder do Partido, fez um discurso de abertura, iniciando os trabalhos do congresso. Ele estava acompanhado de outros membros do Bureau Político do Comitê Central do PTC.
Em seu discurso, o líder coreano abriu os trabalhos do 8º Congresso e declarou que se mantém fiel ao socialismo Juche do Presidente Kim Il Sung e do Dirigente Kim Jong Il, reforçando a linha autêntica e revolucionária da RPDC, que não se dobrou ao reformismo e ao revisionismo.
Uma cerimônia de execução do hino nacional deu lugar a eleição da mesa diretora do congresso. Kim Jong Un foi eleito como um dos presidentes do congresso, acompanhado de outros 38 membros, incluindo a camarada Kim Yo Jong. Em seguida, decidiu-se a agenda do Congresso, que inclui não somente o balanço dos trabalhos do Partido até então como também a eleição de novos membros para os cargos internos da organização.
Kim Jong Un continuou então seu discurso de abertura, fazendo um balanço rigoroso do trabalho político dos últimos anos, elencando os feitos do Partido na condução revolucionária da Coreia e analisando cientificamente os eventuais erros da construção socialista. Uma de suas críticas se deu em relação ao prazo expirado para se alcançarem metas do último Plano Quinquenal, que não conseguiu cumprir totalmente o seu programa. Ele declarou:
Partindo do princípio de encontrar a solução para todos os problemas atribuindo os defeitos não a outros, mas a nós mesmos, e fortalecendo nosso papel, este Congresso se propôs a analisar e revisar de forma global e extensiva nossas experiências, lições e erros durante o período que examinamos e, sobre esta base, determinar metas e tarefas científicas de luta que podemos e devemos cumprir infalivelmente.
Ele também elogiou várias vezes os esforços e êxitos alcançados por vários setores da sociedade para a construção social e econômica, destacando que o povo coreano é a única força motriz da Revolução, explicando que a resolução das adversidades externas e internas só pode ser possível com o emprego das forças independentes da própria Coreia. O líder também considerou sobre os vários obstáculos e adversidades que o país enfrentou nos últimos tempos.
O 8º Congresso entra agora em seu terceiro dia de funcionamento e chegam aos poucos os reportes dos trabalhos do dia.
(Com informações de KCNA)
Centro de Estudos da Política Songun – Brasil