Insistentemente ainda relatado como “morto” ou em “grave estado de saúde” pela mídia internacional, Kim Jong Un segue enviando cartas e trabalhando normalmente. Pelo menos é o que aponta a mídia estatal da República Popular Democrática da Coreia.
Nesse domingo (27), o Rodong Sinmun, jornal porta-voz do Partido do Trabalho da Coreia, publicou um artigo informando que o líder coreano havia enviado uma carta de agradecimento aos trabalhadores envolvidos na construção do complexo turístico de Wonsan-Kalma, na costa do país.
Intitulada de «Máximo Dirigente camarada Kim Jong Un agradece aos trabalhadores e trabalhadoras que apoiam ativamente a construção da zona turística costeira de Wonsan-Kalma», a carta, divulgada apenas em coreano, mostra os agradecimentos do líder feitos de modo geral e também a alguns dirigentes específicos, como gerentes de brigadas de construção, membros de comissões de planejamento urbano, dentre outros.

A carta é uma importante chave no quebra-cabeças do caso porque um site que vigia a Coreia do Norte usando imagens de satélite indicou em um artigo que o trem pessoal de Kim Jong Un estava na estação da mesma cidade de Wonsan e que alguém com características físicas semelhantes foi visto rodeado de uma equipe em uma área de construções.
Além disso, outra mídia estatal, a KCNA, divulgou hoje (28) que Kim Jong Un enviou ontem uma carta ao presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, em razão do Dia da Liberdade, data na qual se comemora simbolicamente o fim do regime de segregação racial do apartheid e a realização das primeiras eleições livres no país.

O envio de tais cartas comprova cabalmente que Kim Jong Un está vivo e bem, como já dito por autoridades da Coreia do Sul, uma vez que um cenário onde outras pessoas assinam cartas oficiais em seu nome é muito pouco provável.
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CEPS-BR