Kim Yo Jong, que é primeira vice-diretora de departamento do Comitê Central do Partido do Trabalho da Coreia e também irmã do líder norte-coreano Kim Jong Un, publicou no dia 22 de março uma declaração opinando sobre uma carta enviada por Donald Trump ao Máximo Dirigente Kim Jong Un nos últimos dias.

A declaração foi replicada pelos principais jornais e mídias da RPDC. Leia na íntegra:

Recebemos uma carta pessoal do Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, ao companheiro Presidente do Comitê Estatal da RPDC, Kim Jong Un.

Eu acho que é um bom julgamento e uma ação correta e merece excelente reconhecimento o fato de o Presidente americano se esforçar para manter as relações com nosso Presidente do Comitê Estatal, que eram excelentes, voltando a enviar uma carta pessoal nos tempos atuais em que existem grandes dificuldades e desafios no desenvolvimento de relações bilaterais.

Em sua carta, o Presidente Trump transmitiu seu voto cordial pelo bem-estar dos familiares do Presidente do CE e do povo coreano, escrevendo que ele ficou feliz ao saber que sua mensagem de feliz aniversário enviada numa carta anterior foi corretamente transmitida.

Depois de explicar seu projeto para promover as relações bilaterais, ele expôs a intenção de oferecer cooperação no setor de prevenção contra o vírus, destacando sua emoção pelos esforços do companheiro Presidente Kim Jong Un em defender seu povo da grave ameaça da epidemia.

Transmitiu seu desejo de estreitar o contato com o Presidente Kim Jong Un, fazendo referência ao fato de que ele aprecia suas relações com ele e que teve dificuldades em expressar suas ideias devido à comunicação mútua pouco frequente nos últimos tempos.

Acreditamos que uma carta pessoal do Presidente Trump é um bom exemplo das relações de amizade pessoal excepcionalmente fortes com o camarada Presidente Kim Jong Un.

Por sua vez, o companheiro Presidente Kim Jong Un agradeceu ao Presidente Trump pela gentil carta, reafirmando sua amizade particular com ele.

Felizmente, as relações pessoais entre os dois Máximos Líderes ainda são muito boas, diferentemente da distância entre os dois países em conflito.

Porém, não devem ser avaliados prematuramente os laços RPDC-EUA e seu desenvolvimento levando em consideração apenas a amizade privada entre seus dignitários, muito menos fazer alguma previsão ou criar expectativa de que esses laços se baseiem nessa amizade.

Certamente, a amizade entre os representantes dos dois países terá um efeito positivo, mas não se sabe o quanto ela mudaria e promoveria a estrutura de desenvolvimento das relações bilaterais e seria desagradável tirar uma conclusão apressada ou ter muito otimismo.

Se não se desiste do tom unilateral e ambicioso demais, sem garantir justiça e equilíbrio, as relações entre os dois países irão de mal a pior.

Na minha opinião particular, poderemos pensar nos laços bilaterais e no diálogo não enquanto houver cartas pessoais entre os dois dignitários, mas sim no momento em que o equilíbrio for mantido e a imparcialidade entre os dois países for garantida, tanto na dinâmica quanto na moral.

Também nesses momentos, estamos trabalhando duro para nos desenvolvermos e nos defendermos em um ambiente tão cruel que os EUA tão apaixonadamente “preservam”.

Embora seja nosso desejo, seria necessário observar com o passar do tempo se será possível o dia em que os vínculos entre os dois países se tornarão tão bons quanto os de seus Máximos Líderes.

Mas não vamos perder em vão ou desperdiçar esse tempo: enquanto isso, nos desenvolveremos e nos fortaleceremos continuamente, como temos feito nos dois últimos anos.

No final, expresso sinceros agradecimentos ao Presidente dos Estados Unidos, que sempre demonstrou boa fé em relação ao camarada Presidente do CE Kim Jong Un.

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Com informações de KCNA