No dia 15 de agosto, Dia da Independência ou Dia da Libertação da Coreia, data na qual se comemora o fim da ocupação japonesa de 1910-1945, o Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae In, pronunciou um discurso alegórico que classifica como negativos os testes recentes de auto-defesa conduzidos pela República Popular Democrática da Coreia e conclama o Japão para a retomada dos diálogos.
O discurso, muito mal recepcionado por conta da importância da data, foi comentado pelas autoridades da RPDC, que anunciaram que não pretendem levar adiante diálogos com a Coreia do Sul tendo em vista as ações recentes que vão contra os objetivos prometidos nas cúpulas intercoreanas do ano passado.
A seguir, reproduzimos o comentário na íntegra:
Porta-voz do CRPP comenta “discurso pelo dia da libertação” do governante sul-coreano
O porta-voz do Comitê pela Reunificação Pacífica da Pátria fez pública no dia 16 a seguinte declaração:
“Há uma expressão famosa que diz: muito barulho por nada.
O governante sul-coreano pronunciou o ‘discurso pelo Dia da Libertação’, que foi avaliado como o ‘discurso fútil’ e ‘enumeração de provérbios’ porque não buscou nenhuma medida para fazer frente às sanções econômicas impostas pelo Japão nem um projeto para superar a recente crise econômica.
Na ocasião, ele disse, apartado do motivo de seu discurso, que não foi destruído o ambiente de diálogo apesar das reiteradas ‘ações preocupantes’ da Coreia do Norte e que foi mudada a circunstância ao comparar com a anterior em que a situação da Península Coreana piorava devido a uma ‘provocação da Coreia do Norte’.
Se leva-se em consideração este palavrório, eles se esforçam para manter o clima de diálogo, construir a economia pacífica mediante a cooperação Norte-Sul e estabelecer o sistema da paz na Península Coreana, o que resulta muito descarado porque neste momento também se realiza em solo sul-coreano o treinamento militar conjunto contra a RPDC.
É muito suspeito o pensamento de quem fala de ‘diálogo’ neste momento em que são efetuadas as manobras militares conjuntas para levar à guerra real o roteiro bélico cujo conteúdo principal é a ‘exterminação’ dentro de 90 dias das forças medulares do Exército Popular da Coreia, a eliminação das armas de extermínio massivo e a ‘estabilização da vida da população’, e os exercícios de contra-ataque.
É um homem extraordinariamente descarado.
Então, como escusará a compra dos drones e dos caças dos Estados Unidos?
E como explicaria o ‘plano de tempo intermediário para a defesa nacional’ que tem como meta o desenvolvimento e a garantia da capacidade do projétil teledirigido de precisão, o de impulsos electromagnético, o navio transportador de grande tamanho com míssil múltiplo, etc?
Tudo isso persegue o objetivo de exterminar a RPDC.
Embora seja um pronunciamento ante à população sul-coreana destinada a melhorar seu carisma manchado, não devia dizer disparates mas sim palavras sérias.
É tão sem vergonha na cara que fala que induzirá a Coreia do Norte a optar não por armas nucleares mas por economia e prosperidade.
Devido ao pronunciamento do governante sul-coreano, foi estancada a implementação da histórica Declaração de Panmunjom e foi perdida a força motriz do diálogo intercoreano.
As autoridades sul-coreanas tentam tirar proveito do próximo diálogo RPDC-EUA, esperando sem nenhum cálculo que viria por si só a conjuntura de diálogo depois de terminar as presentes manobras castrenses, porém em vão.
Não manteremos conversações com as autoridades sul-coreanas por mais tempo.”
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Com informações de KCNA
Centro de Estudos da Política Songun – Brasil
O povo brasileiro está sedento de notícias verdadeiras sobre a República Popular e Democrática da Coréia.
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