O presidente do México, Enrique Peña Nieto, demonstrou mais uma vez sua total subserviência aos interesses dos Estados Unidos. Nesta quinta-feira (7), seu governo ordenou a expulsão do embaixador da República Popular Democrática da Coreia, Kim Hyong Gil.
O diplomata terá até 72 horas para deixar o país, sendo tratado por seus pares mexicanos como “persona non grata”, que justificaram a ação devido a supostas “flagrantes violações do direito internacional”.
“Com esta ação diplomática, o México expressa ao governo da Coreia do Norte absoluto repúdio a sua recente atividade nuclear, que significa uma franca e crescente violação do direito internacional e representa uma grave ameaça para a região asiática e para o mundo”, afirma o comunicado da Secretaria de Relações Exteriores do governo mexicano.
Trata-se de uma séria atitude a expulsão de um oficial diplomático de tão alta categoria, como é o caso do embaixador Kim Hyong Gil. Podemos nos perguntar se o governo mexicano já sequer pensou em fazer algo parecido com algum funcionário da embaixada dos EUA, nem que fosse um faxineiro.
O governo de Peña Nieto vem se caracterizando pela completa subordinação aos ditames de Washington. Em plena campanha presidencial, o atual mandatário estadunidense, Donald Trump, prometeu que construiria um muro na fronteira entre os dois países.
Pouco tempo após assumir o cargo, o magnata reafimou sua disposição de erguer o muro e fazer com que os próprios mexicanos pagassem pela construção. E como o presidente mexicano respondeu a tal insulto? Afirmou apenas que o México não pagaria pelo muro (!). Ou seja, deu carta branca para os EUA construírem uma das mais absurdas monstruosidades das últimas décadas, mostrando que não passa de um cãozinho medroso diante do dono opressor.
O povo mexicano sofre com um alto índice de desemprego, com uma extrema violência do Estado em que todos os dias pessoas são assassinadas ou desaparecidas (vide os 43 estudantes em 2014). Somente no primeiro semestre de 2017, mais de 12 mil pessoas foram assassinadas no país. O governo neoliberal de Peña Nieto, privatizador e entreguista, prefere se meter nos assuntos de um pequeno país do outro lado mundo do que se esforçar para arrumar a própria casa.
E se está tão incomodado com as ações de países estrangeiros, por que o Sr. Peña Nieto não tem coragem de olhar nos olhos de Trump e denunciá-lo por estar à frente do país que mais prejudica o México e o mundo inteiro? Por que o presidente mexicano não tem culhões para denunciar os EUA, que bombardearam sete países em 2016? Por que ele não expulsa o embaixador estadunidense, cujo país detém cerca de 7 mil ogivas nucleares, foi o único na história e despejar bombas atômicas sobre civis e mantém atualmente meio milhão de soldados espalhados pelo mundo? Por que ele não diz uma palavra sobre as frequentes violações do direito internacional realizadas pelos EUA, como a invasão do Iraque, do Afeganistão, da Líbia ou recentemente o bombardeio e instalação de bases militares na Síria sem a permissão do governo daquele país? Por que o governo mexicano não chama os EUA de ameaça à paz global? A resposta todos sabemos.
A RPD da Coreia está em seu direito soberano de se proteger das hostilidades dos EUA, que mantêm mais de 60 mil tropas estacionadas em seus arredores (Coreia do Sul e Japão) e realiza exercícios militares frequentes para tentar intimidá-la. A RPDC tem total direito de desenvolver mecanismos de dissuasão para não ter o mesmo destino de países como Iraque, Afeganistão, Líbia… ou mesmo o México.
Todo apoio ao Exército Popular da Coreia, todo apoio ao governo revolucionário da RPDC e todo o apoio ao Marechal Kim Jong Un na luta pela sua sobrevivência contra o imperialismo estadunidense e seus capachos!
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Eduardo Vasco
Diário Liberdade
Realmente, com o isso o governo mexicano mostra ser um vassalo, ou melhor, um lacaio do imperialismo norte-americano. É uma vergonha esta política de hostilidade em relação à RPDC. Acho que o povo mexicano não merece um governo tão desprezível assim.
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